Tuesday, October 31, 2006

Existência

Só existimos se formos reconhecidos como existentes pelo próximo.
Não haja duvidas: Se não souberem que existimos, então não existimos.
Daqui, uma conclusão: apenas contamos para o círculo dos amigos e familiares. Para todos os outros somos carne sem alma.
Na última semana, passei a esse estado para 4 pessoas. Apesar de saber que é assim, gostava de saber por que é que é assim.

Saturday, October 28, 2006

As Mulheres da Nossa Vida

Cada blogger, em particular, ou Homem, no geral, já teve as suas.
Não querendo cair nos lugares comuns de citar umas personalidades, ou rematar com uns ditados, é certo que o Ser-Humano tende a completar-se com uma companhia que pode ter, tanto a curto, como longo prazo. Seja o tempo que for, há singularidades no sexo oposto que jamais nos fazem esquecer de cada uma, tenha ou não a nossa relação com ela cessado.
No meu caso, para além das mulheres da família, totalmente marcantes (mãe, irmã e avó), há, fora dessa esfera, um número bem reduzido de figuras marcantes, de uma forma ou outra.
A primeira é a Laura. O nome é lindo, como era a sua portadora. Infantis que eramos, a coisa fez-se durante umas semanas. Passou, e é com pena que nunca mais a vi.
A segunda é alguém cujo nome não me recordo. Sei que é tia de um amigo meu, sendo mais nova que ele. Foi um episódio que teve início nos pirineus, onde esse camarada me manda uma mensagem a dizer que tinha uma modelo ruiva de olhos verdes interessada em mim. Conversa vai, conversa vem, ele estava era a brincar e quem estava "interessada" não era modelo nenhuma, era mas é a tia, que tinha conhecido (muito mal) numa festa de anos dele. O nosso reencontro, passado um ano de sms e toques, foi algo parecido com coisa nenhuma. Viu-me, assustou-se. Morreu ali.
A terceira é uma grande (ainda que já tenha sido mais) amiga minha. Sem nunca lhe referir o nome, já a terei lembrado, bem como às nossas conversas, aqui no blog. Já a conheço vai para alguns anos. É uma voz sensata que oiço amiude, é uma conselheira de muitas ocasiões menos boas. Sempre me ajudou a seguir o melhor caminho. Apesar de raramente estar de acordo com ela, é das pessoas que mais estimo, mais considero. Nunca senti nada por ela, senão amizade. O que acho incrível, porque a nossa ligação terá sido mesmo forte.
Depois, há 3 paixões. Poucas bonitas.
Duas colegas de escola.
Uma vizinha.
Agora não sinto nada. Já quase não falo a nenhuma, ainda que preservem as características que me levaram a pensar numa hipotese viável de relação.
Passados os anos mais pueris da minha efêmera (como todas) existência, a idade passou a ser factor decisivo. Desde então que mais é melhor. Não estou a ir ao ponto de Maria Adelaide dos Gato Fedorento, mas a experiência é decisiva.
Terão sido bastante mais que as citadas. Mas o que acontece é que, no meu leito de morte, vou lembrar-me destas.
Da parte má, há uma que mistura uma atracção intelectual incrível e que me faz querer qualquer coisa, com uma maldade interior gritante.
Pensando bem, há duas. Mas só uma é que me chegou a tirar o sono á noite.
Como viver sem mulheres?

Thursday, October 26, 2006

TVI na Prisa

Em qualquer tasca de Lisboa, o bom tuga diria ao ler este título: "Foi presa, a gaja"?
Não, não foi.
O Miguel Pais de Amaral vendeu a sua participação na MediaCapital, abaixo do custo de mercado e a um Grupo de Españoles.
Não sei, mas talvez venha aí uma OPA concorrente.
Mas alguém que perceba, ou veja aqui outra razão, me diga, vai.

Tuesday, October 24, 2006

"Deves ter uma vida mesmo má"

Olhando para coisa nenhuma, eis que me dizem isso, depois de me perguntarem se pensava na minha vida.
Toda a semana nisto. Começou a apertar o regime avaliativo das aulas práticas, com bastante estudo, muito trabalho e o aluno a não chegar para as encomendas.
Que miserável me senti. Um zero que perdeu uma discussão, um pequeno empresário de uma padaria, numa aldeia de doces.
Até hoje.

"Tirando o óbvio, não sabe lidar com as pessoas."
"É um preconceituoso."
"Sim"

Aulas hoje, trabalho, incapacidade, falhanço, e amanhã já há obrigações com aquele amontoado de gente. Que vida a minha.

Na imagem, um Pai que empurra uma cadeira de rodas na direcção de uma mesa cheia de caloiros e caloiras. Devia ser o seu primeiro almoço em que estavam todos juntos. Numa espécie de impasse, esperou que vagasse um espaço entre colegas, de modo a que coubesse a cadeira da sua filha.
A alegria estava estampada no seu rosto. Não terei visto laivos de alegria tão evidentes, ultimamente.
Depois de conseguir o lugar, e de ver que a menina socializava com a turma, foi-se retirando, satisfeito.
Ali ficou ela. Os colegas olhavam-na com algum receio, talvez por ser uma situação nova. Mas, ainda assim, não se coibiram de lhe endereçar algumas mensagens e de encetar uma comunicação. Ela é que, muito tímida, com um ar misturando medo, curiosidade, aflição e alegira, sobretudo pelo olhar, ficava na expectativa.

Foi sobretudo o ar dela. Foi também o ar dos pais. Primeiro, do progenitor, que mostrava uma vitória que transbordava nos pequenos gestos corporais que mal conseguia conter.Depois, da mãe, que, aparecendo mais tarde, abraçou a sua filha por trás, beijo-a e seguiu, contente como se tivesse ganho o Euromilhões.

Os meus problemas são uma página do manual de Tratado de Direito Civil do Menezes Cordeiro e eu sou um fútil.

Monday, October 23, 2006

Personalidade

Ser titular de Direitos e adstricto a obrigações. Centro de imputação de normas jurídicas.
Diz certa individualidade que começa a personalidade com o ingresso na polis. Não poderia estar mais de acordo. De facto, o ser, ingressando, entra num caminho sem retorno, apenas com um fim. É esse caminho que se torna o suco da existência. Trilhar uma recta repleta de encontros, desencontros, e ler banalidades semelhantes a esta.
Mas até isso tem a sua graça.
Considero uma das mais enriquecedoras experiências de vida a altura, em que, numa conversa fortuita, o nosso companheiro, ou comapnheira, de diálogo exprime uma opinião sobre nós, sobre a nossa maneira de ser ou estar na vida. Naturalmente, digo isto porque essa opinião tanto pode estar certa ou errada. O gozo de vos transmitir isto culmina no seguinte: estão 90% das vezes errados. 90% deles, ainda que houvindo da nossa boca que não, não se passa assim, continuam na deles.
Isto faz tirar uma conclusão: somos o que projectamos perante as almas que nos circundam. Somos aquilo que pensam que nós somos.
Ilustrando, se um A. diz a um B. que o considera capaz de fumar umas substâncias psicotrópicas, para o A., B. é fumador. B. poderá nunca ter fumado tal coisa. B. poderá ser um Ser incapaz de conceder às drogas qualquer espécie de oportunidade.
C. diz a D. que devia arranjar uma namorada e deixar de ser virgem. D. pode ser o maior putanheiro das redondezas, pode ser um profissional da arte, mas naquela mente, será sempre o virgem encalhado.
Não somos o que somos.
Nisto o Direito Civil está à nossa frente uns milhares de anos. A memória de um morto merece preservação. Podem agir os familiares para requerer providências na medida em que tal seja necessário para o resguardo dessa memória vital.
Posto isto, sou o que fizerem de mim. Sou o que moldarem na mente.
Só na minha sou o que sou.

Sunday, October 22, 2006

Quase, Sempre Quase

Deixei de acreditar no SCP no dia em que passei a método B a IED e E.P.
Coincidiu com o dia em que, eu e uma colega minha, ficamos na FDL para ver a Final da Taça UEFA.
Nesse dia, em que assisti á transmissão do desafio, numa T.V de 30 cm, a 5 metros de distância dela, deixei de acreditar que algum dia seriamos um grande clube Europeu, isto a nível futebolístico. Jogávamos em casa. Começamos a ganhar. Perdemos.
Se o SCP pudesse escolher as condições de início de um jogo, não poderia escolher melhor do que jogar em casa e com um de avanço. Mesmo assim perdeu.
Hoje empatou, mesmo jogando muito melhor, mesmo começando a ganhar.
Como é que se pode acreditar nisto?

Friday, October 20, 2006

Do Movimento Associativo

Começo este post pelo que seria o seu fim: faz já algum tempo que o Dr.Marco Capitão Ferreira, numa aula prática, perguntou duas coisas. A Primeira foi se alguém pertencia a alguma Jota, ou seja, um juventude partidária. Não me acusei, nem ninguém o fez. Seguidamente, a outra pergunta:"Sabem como é que se ganha o cargo de Presidente do Nucleo de Residência? Juntam uns 100 amigos, todos inscritos e votam em massa". Disto nunca mais me esqueci, sobretudo porque achei descabido. Mas não é.
Faço parte de uma faculdade que outrora fora conhecida como o ninho dos políticos. Quando comecei a tomar o pulso ás dificuldades de um curso de Direito, interroguei-me: como seria possível formarem-se políticos e estudantes de Direito ao mesmo tempo? Ou se é uma coisa, ou outra. Mais uma vez, verde, percebi que se fazem as duas coisas, é tudo uma questão de tempo.
Dismitificadas estas realidades,pergunto-me: este movimento associativo, esta luta académica, é o quê?Sabe-se tudo, sabe-se como conseguir tudo, o que é ela, de facto?A luta académica ganha um sentido bem diferente. Se antes havia uma demanda pro-discente, hoje tudo o que resta é a luta pelo cargo. Não o cargo pela possibilidade de fazer qualquer coisa, mas o cargo pelo cargo. Como se isto não bastasse, são escabrosos os meios de o conseguir: vale tudo, das mais elementares tácticas até à guerra de trincheiras, recurso a guerrilha e ataques directos por pessoal anónimo. Isto é a verdadera luta do "hoje em dia".
Entram para a faculdade pessoas sem a perspectiva de se tornarem verdadeiros profissionais do curso que escolheram. Preferem profissionalizar-se na amizade de circunstância, do calor do momento e da fuga para a frente. Formam autênticos gangs políticos, constituem blogs, publicam cartazes, escrevem panfletos. Todos ainda no berço.
And hells freezes over, à medida que Janeiro se aproxima, momento eleitoral, naquela espécie de instituto público. Terei dito que não votava, a muitos dos meus amigos, mas acho que mudei de ideias. Este circo merece que vote. É que a partir do momento em que deixe de decidir o que me compete decidir, na medida em que posso decidir, perco toda e qualquer legitimidade de me manifestar contra este oportunistas que enchem o meu local de estudo com as luzes da ribalta na cabeça.
Termino, como deveria ter começado: São anos da minha vida em que o comportamento humano, na sua vertente de sede pelo cargo, pelo poder, ainda que muito mitigado, será mais que comprovado, reprovado e intolerado. Os trapezistas de hoje serão os mágicos de amanhã. Como tal, resta saber quantos coelhos podem sair da cartola, em momentos de crise real, como é exemplo da reforma que Bolonha implementará.

Tuesday, October 17, 2006

Neminem Laedere

Confesso que gosto pouco do Direito Civil. Coisas minhas.
Mas este princípio é incrivelmente poderoso: haverá algo mais importante do que não lesar o próximo?
O Direito é recheado de grandes princípios, exemplificando com a Proporcionalidade a Igualdade ou mesmo o Primado do Direito à vida. Mas este, mitigado que é, tem uma força bruta porque profere a mensagem fundamental que tem de reger o comportamente das sociedades hoje em dia e para todo o sempre. Não prejudicar, não dominuir qualquer direito, muito menos alguma condição que seja.
Mas as sociedades, hoje, são diferentes, mesmo não indo muito longe, ficando apenas no tempo dos nossos avós. De um dominio avassalador da Igreja (perfeitamente justificado), do poder Burguês ou mesmo político, a autodeterminação dos povos, numa vertente sobretudo interventiva, na palavra que têm de ter para com as decisões de quem dirige os seus destinos, ganha uma nova vida. As questões territoriais deram lugar às questões ideológicas e sobretudo monetárias, isto numa relação com o custo de vida. No tocante a estas últimas: nunca se pensou tanto em termos económicos como nos últimos 20 anos. Nenhuma decisão politica descura as consequências economicas que possa desencadear. Pense-se: a própria CRP consagrava, na sua versão originária, a transição para o Socialismo, ou seja, um ideário totalmente económico. Isto já há mais de 30 anos. Recentemente, mais do mesmo, só que com uma tendência no sentido oposto que é o de lutar pela total liberalização de tudo. Matar o Estado e deixar que as forças económicas privadas actuem livres, quais passarinhos. Isto vê-se todos os dias. Há muitos diários jornalisticos com a temática da economia. A leis de financiamente são debatidas em televisão. O Dinheiro tomou conta de nós. Fomos nós que o criámos, mas ele toma conta de nós. Ele é o passaporte para comprar a comida, um carro uma casa, ter vida.
Isto terá um corolário lógico: a perda de valores. Valerá tudo.
Depois surgem as causas fracturantes. O nome é bom. É chocante, tem uma boa sonoridade e chega bem. Em vez de se discutir qual a melhor maneira de acabar com o analfabetismo, acabar com o problema, ou os problemas, em África, tirar os sem-abrigos das ruas ou mesmo exterminar o défice de democracia que se instalou no mundo, nos últimos 10 anos, optou-se por prevenir outra crise petrolífera, semelhante à de 73, atacando países soberanos. Sempre o vil metal, como negócio base da guerra.
Portugal é igual. Referendos ao aborto. Ilicitude da eutanásia. Adopção por parte de casais homosexuais. O problema é outro. Falando no país, a primeira coisa que ouvimos é: "apertem o cinto". Isto sem um "porquê", sem um "como". Vamos sair da crise. O que é a crise?
Gostava que fossem esclarecidas as minhas dúvidas. "Porquê", "Como". Só isso.
Quando souber e me disserem, só aceito fazer um buraco no cinto se isso se traduzir num aumento da minha qualidade de vida. Coisa que duvido.




levaresim tsop o meplucsed. mob out oan ejoh
Amantes do Russo

Saturday, October 14, 2006

Flores Da Moita

Numa especie de delírio colectivo, pensemos nos seguintes seriados (isto bem à Brasileira) que passaram, na RTP1, aqui há uns tempos:

"Polícias"
"Polícias em acção"
"Processo dos Tavora"
"Ballet Rose"
"A Ferreirinha"

Qual é, aqui, o denominador comum? Filomena Gonçalves.
Não falha. Não querendo pôr em causa o talento da Primeira Dama Santarena, que é bastante, tudo o que Moita Flores escreve tem, invariavelmente, um papel que assenta, qual luva, a Filomena Gonçalves. Ela foi uma chefe de esquadra, dona de uma casa de prostituição e a magnata do vinho do Porto. Volto a referir, sempre muito bem, sempre cheia de talento. Mas, se pensarmos neste "fenómeno" a fundo, e levantarmos umas quantas sub-hipóteses, chegamos a conclusões pouco satisfatórias que poderiam pôr em causa a vida profissional de ambos, dela como actriz, dele como argumentista. Chega uma altura em que temos que fazer algumas perguntas ao Mundo:
Como é que era se o Moita Flores quisesse fazer uma mini-série baseado no "Fernão Capelo Gaivota"?
E se a série fosse sobre o Teófilo Braga?
A menos que umas asas ou um bigode servissem, lá ia a senhora ter que procurar emprego noutro lado.

Arbeit Macht Links

Está aberta a secção de links, como podem ver na margem Direita do blog.

Até que enfim, digo eu.

Friday, October 13, 2006

Prémios

Confesso que a decisão da atribuição do Prémio Nobel da Paz não me deixou satisfeito. Também posso dizer que não me deixou insatisfeito. Apenas surpreendido.
É que os critérios têm de ter sido diferentes. Têm de ter mudado. Ainda que nenhuma escolha seja pacífica, esta deve ser a decisão menos consensual. Premiaram-se, primeiro, Muhammad Yunus, e o "seu" Banco, o Banco Grameen.
Acredito que esta pessoa e esta instituição tenham um grande contributo na melhoria de vida das populações, mas para esse feito há o Nobel da Economia. Terá esta melhoria relação directa com a Paz?
Estou em crer que sim.
Basta lembrar ao que levaram as Guerras Comerciais, periodo entre Guerras Mundiais. Basta pensar no que pode acontecer se for seguido um Proteccionismo exacerbado.
Outro ponto é a relação que os paises pobres têm com a guerra. Pela falta de dinheiro gera-se uma crise generalizada de valores, de educação e condições de vida, de tudo um pouco. Ora, combatendo o mau nivel de vida, investe-se na valorização do ser-humano, investe-se na auto-estima.
Naturalmente, o meu raciocínio leva a uma tendente aceitação das razões que conferiram o prémio às personalidades em causa.
Ainda assim, tudo tem tempo e espaço próprios. Modestamente, acredito que nunca se poderá comparar o trabalho de alguém como D.Ximenes Belo e Ramos Horta ou de um Dalai Lama a um sistema creditício, porque é disso que se trata. Não de um esforço, mas de um sistema. Não de uma acção contínua e progressiva, mas de uma ideia. Aplaudiria de pé se fosse o prémio Nobel da Economia. Assim, só aplaudo sentado.

Tuesday, October 10, 2006

Descobertas do Dia

1ªNão sei nada a respeito da CRP, leio-a mal e cito mal os artigos
2ªEm caso de dúvida, num electroencefalograma inconclusivo, matava uma criança
3ªNão digo nada de novo.
4ªO Omega é o representante do Alentejano
5ªNenhum artigo se lê sozinho
6ªToda a gente pensa que eu sou do PCP
7ªSe for importante, o CC será todo revogado.
8ªTenho de descobrir quantos danoninhos tenho de comer para completar o bocadinho que falta
9ªSerei sempre um trabalhador por conta de outrem, resta-me esperar que seja o Estado
10ªVivendo e aprendendo.

Tardes/ Noites Noites/Madrugadas

Momentos do dia. E há momentos de um dia que se manterão para sempre.
21h e qualquer coisa. 18:10h.
Batido, vencido, estarrecido e convencido que há coisas tão intangíveis que chegar lá é para alguns... e eu não sou alguns.
Tudo bem que estou sempre a escrever sobre mim, sobre o quão mau sou, sobre a vida mazinha que me é tão injusta.
Não é, é tudo merecido...e até é pouco. Devia haver sangue, até. Devia haver cabidela da boa, papas de serrabulho ali a dar-lhe. Era para aprender. É mesmo do que preciso.
A partir de hoje, será tudo questionado, mas mesmo tudo. Vou exemplificar:

Vou comprar pão. Será que devo comprar pão? Quais os prós e os contras da compra de pão? O Pão é saudável?

É por aqui.

Outra novidade é que não mando bitaites nem tomo decisões. Só o básico indispensável.


Amigos e leitores: serei assim.
A ex-protagonista dos meus sonhos e o Omega fizeram com que isto ficasse assim.
A prova disso, é este texto descabido.

Saturday, October 07, 2006

Os "Colegas"

Trago na bagagem, depois de um lanche de anos em família, coisas que me fazem sentir um projecto de jurista honesto. Não é que me esteja a vangloriar, antes pelo contrário. A questão é que acabo de conferenciar com um familiar que estuda Direito noutra academia de Lisboa, vá lá uma pista, é privada.
"Eu enfrentei o Germano Marques da Silva"
"Eu fui convidado para Presidente da Associação Académica"
"Eu escolhi Penal já"
"Eu só não tive 18 por que não ia com 14"
"O Jorge Miranda é meu padrinho, num jantar do caloiro até me sabia dizer o que é que distinguia o House do Tecno e disse que não tinha uma carreira de D.J porque era muito barulhento" "O Jorge Miranda passou-me na Oral porque gosta de mim, porque a assistente chumbava-me"
"A minha irmã teve 17 a Economia Politica com o Soares Martinez, no último ano dele"
"Quero ir para o Germano Da Silva e associados"

Depois de cerca de uma hora de conversa, chega a mãe do sujeito em questão e apenas diz o seguinte:
"Já sabes que este gajo chumbou por faltas?"

Ele, não se sentindo incomodado, continuou, como se nada fosse.
Calculo que o sujeito se torne uma Grande, senão, Enorme advogado. Mente, com quantos dentes tem na lingua. Fala como se o que dissesse fosse dogmático e o mundo terminasse ali, com a verdade absoluta.
Devo confessar que deu algum gozo. Vá lá, bastante, é que parecia um daqueles papagaios que diz palavrões. A graça é semelhante.
Não que eu tenha alguma coisa contra os advogados. Se tudo correr bem, lá vou parar. Mas este ganha as causas todas, isto se os juizes forem pessoas que não percebam nada de Direito.

Parada SIC

Que a TVI era má, vá lá, péssima mesmo, já todos sabiamos.
Que a Dois era o melhor canal do serviço público, tinha a certeza.
Mas quando a SIC se põe a inventar...

Diálogos inesquecíveis

Para o bem e para o mal, há conversas de que jamais nos esqueceremos.

-"Oh tia, então...subi"
-"Mas subiste para quanto?"
-"Oh, pouquinho, acabei com X"
-"Só??? Oh filho, andas tu nisso para quê?"

Isto passou-se há duas horas. Não me esqueço nem daqui a 2 centenas de anos.
Não porque seja inconveniente, simplesmente, porque é verdade.
E como ela pode doer...

Friday, October 06, 2006

Os Referendos

Ao escrever o título, vem-me à memória o exame nacional de Português. O Reverendo Bonifácio...memórias dos idos de junho, e que junho.
Não é do que falo hoje. Hoje é para reflectir sobre referendos.
O primeiro referendo digno de uma analise neste conceituado espaço que assombra a blogosfera, será aquele que é meramente hipotético, ou seja, não existe, não está marcado, nem nas cogitações de quem manda. Falo da questão República vs Monarquia. Levantou-se a questão, achou-se por bem. Obice: é proíbido, ohhhh. De jure condendo, era bom que não houvesse proíbição, de qualquer espécie. Perde-se, ano após ano, a possibilidade de esclarecer o País, e quiçá o Mundo, acerca das preferências regimentais do lusos. Repare-se, a monarquia poderia ganhar (yeah right), mas ao menos estaria tudo esclarecido. É que é enfraquecedor dizer que a república subiu pela via da força, pela morte, por um regicidio. Pela via democrática era remédio santo. Factos são factos, e aCRP não deixa.
Segundo referendo, esse sim, mais que querido, mais que desejado: o referendo à despenalização do aborto. Possível, obvio, talvez inutil, por haver a possibilidade, alias forte possibilidade, de se resolver a matéria na A.R.
No meio disto tudo pensei cá para comigo: e se o TC não deixa? É que "reza" o artº115/8 da CRP: "O Presidente da República submete a fiscalização preventiva obrigatória da constitucionalidade e legalidade as propostas de referendo que lhe tenham sido remetidas pela Assembleia da República ou pelo Governo."
Vá lá ver, supondo que o Tribunal Constitucional diz, tipo, naaaahhhh, como é que é? Deixa-se cair uma questão tão importante? Ou volta-se à carga e tenta-se passar a Lei na A.R? Se optarmos pela segunda, qual é a necessidade, portanto, de fazer um referendo.
Mais: supondo que não votam mais de 50% dos eleitores, esquece-se a causa? Ou volta-se à A.R?
Eu votarei. Lá estarei. Mas se perder, ficamos assim para sempre?

Thursday, October 05, 2006

O meu 5 de Outubro

Foi feriado.

Aahahahahaha.
Não, vou comer salada de atum.
É? Então vou lá buscar.Ah, então vem tu.
É, querem disfrutar do empreendimento.
O Preço do Pão não sobe demais.
É a vida.
Não posso, tenho de estudar.
Tá bem.
Ahahahahahahahahah.
Golo.

Tuesday, October 03, 2006

Pós-Prós e Contras

Já é usual assistir, quanto mais não seja a cinco minutos, do programa apresentado por Fátima Campos Ferreira.
Neste caso específico, em vez de ter escrito "programa apresentado por Fátima Campos Ferreira", dar-me-ia bem mais alento ter escrito, apenas, Prós e Contras.
Como se vê, não o fiz.
Como tudo, há uma razão: o talento e esforço emprestados pela apresentadora eram notáveis, até certo ponto, agora, um ponto sem retorno. Começa a ser impossível a parcialidade com que trata os convidados, a forma mais cordial com que se dirige a uns, e menos cordial a outros, a forma mais violenta de colocar questões que varia conforme o destinatário. Fê-lo no programa em que convidou a Ministra da Educação, fê-lo quando convidou o Major e fê-lo ontem à noite.
Não é que a Fátima esteja impedida de acreditar no que quiser. Não é que tenha de ser totalmente apartidária, como as forças armadas, nem muda. O que se exige é que lide com os temas, como vinha fazendo, de forma virgem, ou seja, como se tudo fosse discutido pela primeira vez, num claro sentido de fazer passar a mensagem ao menos atento dos telespectadores. Tem de perceber que Carvalho da Silva e Pais Antunes, apesar de diferentes, sobretudo nos interesses, são ambos convidados e acreditam ambos que o que defendem é o melhor para o país. Tem de tratar o Major como trata o Secretário de Estado para o Desporto. Não é sossegá-lo durante o programa e depois pedir-lhe desculpas, no final e ouvir "quanto mais me bates, mais gosto de ti".
Não que esteja em causa o talento da jornalista citada, que é bem elevado. Trata-se de promover uma maior dignificação de um espaço televisivo que é cada vez mais uma referência, para políticos e populares, povo e burguesia, economistas e humanistas.

O Seu a Seu Dono

Cumpre-me cumprimentar a entrada na Blogosfera de um novo espaço.
Para além de pertinente, espera-se dele a acutilância própria que qualquer jurista deva emprestar ás novas formas de comunicação, mas sobretudo um texto genuíno capaz de provocar uma reacção pensante na esfera vitual.

As Coisas Como Elas São

Agradeço, desde já, o link que se disponibiliza nesse blog, para rápido acesso a este, e reitero votos de sucesso.
Gente sem Amor à Sanidade Mental