Tuesday, October 31, 2006

Existência

Só existimos se formos reconhecidos como existentes pelo próximo.
Não haja duvidas: Se não souberem que existimos, então não existimos.
Daqui, uma conclusão: apenas contamos para o círculo dos amigos e familiares. Para todos os outros somos carne sem alma.
Na última semana, passei a esse estado para 4 pessoas. Apesar de saber que é assim, gostava de saber por que é que é assim.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Terry Pratchett têm uma teoria muito curiosa: para que um acontecimento se produza, seja ele um som, um movimento, uma cor, etc, ele tem de ser presenciado. Efectivamente, sem um testemunho humano ele será esvaziado da sua essência.
Para ilustrar essa sua teoria ele dá um exemplo: que som faz uma árvore a cair, numa floresta, sem ninguém por perto? A resposta mais lógica é a de que não faz som algum, porque ninguém o ouve.

Ora se estender esta teoria ao ser humano então teremos que: só existimos se percepcionados e processados por outros. Até aí o teu raciocínio está correcto. Para mim, ele falha quando dizes que ao "romperes" com pessoas passas a "corpo sem alma". Aqui, lembrar a bela regente de Processo: a partir do contacto perde-se a neutralidade. Logo, a alma está lá, o seu conteúdo é que se altera. Mas nunca serás um corpo vazio!

4:17 AM  
Blogger Flecha Ruiz said...

Não obstante do conteúdo final do post ter outro objectivo permitam-me que manifeste a minha discórdia com essa teoria da "existência só o é quando presenciada".

Se eu estiver sozinho no meio do nada, num campo abandonado entregue a mim mesmo e ninguém me conhecer...deixo de existir? Deixo de pensar? De ter frio? Calor? Desejos? Lá porque não tenho ninguém para me confrontar na minha identidade não quer dizer que não a tenha, que seja "carne sem alma". Tenho a alma mais pobre e não sou tão presente como agora sou...mas isso não sinifica que dixe de não ser preenchido com todos os requisitos que fazem de mim um ente, um ser, uma existência.

Lev, compreendo o que sentes.

11:26 AM  
Anonymous Anonymous said...

Caro Flecha, a teoria não é sobre a "existência", é sobre "acontecimentos". Se estiveres sozinho num deserto, sem ninguém a presenciar, existes, mas não aconteces para o Mundo. Consegues perceber? O acontecimento tem de ser relatado, presenciado, relembrado, para existir. Neste momento, no fundo do atlântico, um peixe deve ter acabado de desovar. Mas como chamar a tal um "acontecimento"? Agora, ele existe... disse não duvido!

11:33 AM  

Post a Comment

<< Home

Gente sem Amor à Sanidade Mental