Saturday, October 28, 2006

As Mulheres da Nossa Vida

Cada blogger, em particular, ou Homem, no geral, já teve as suas.
Não querendo cair nos lugares comuns de citar umas personalidades, ou rematar com uns ditados, é certo que o Ser-Humano tende a completar-se com uma companhia que pode ter, tanto a curto, como longo prazo. Seja o tempo que for, há singularidades no sexo oposto que jamais nos fazem esquecer de cada uma, tenha ou não a nossa relação com ela cessado.
No meu caso, para além das mulheres da família, totalmente marcantes (mãe, irmã e avó), há, fora dessa esfera, um número bem reduzido de figuras marcantes, de uma forma ou outra.
A primeira é a Laura. O nome é lindo, como era a sua portadora. Infantis que eramos, a coisa fez-se durante umas semanas. Passou, e é com pena que nunca mais a vi.
A segunda é alguém cujo nome não me recordo. Sei que é tia de um amigo meu, sendo mais nova que ele. Foi um episódio que teve início nos pirineus, onde esse camarada me manda uma mensagem a dizer que tinha uma modelo ruiva de olhos verdes interessada em mim. Conversa vai, conversa vem, ele estava era a brincar e quem estava "interessada" não era modelo nenhuma, era mas é a tia, que tinha conhecido (muito mal) numa festa de anos dele. O nosso reencontro, passado um ano de sms e toques, foi algo parecido com coisa nenhuma. Viu-me, assustou-se. Morreu ali.
A terceira é uma grande (ainda que já tenha sido mais) amiga minha. Sem nunca lhe referir o nome, já a terei lembrado, bem como às nossas conversas, aqui no blog. Já a conheço vai para alguns anos. É uma voz sensata que oiço amiude, é uma conselheira de muitas ocasiões menos boas. Sempre me ajudou a seguir o melhor caminho. Apesar de raramente estar de acordo com ela, é das pessoas que mais estimo, mais considero. Nunca senti nada por ela, senão amizade. O que acho incrível, porque a nossa ligação terá sido mesmo forte.
Depois, há 3 paixões. Poucas bonitas.
Duas colegas de escola.
Uma vizinha.
Agora não sinto nada. Já quase não falo a nenhuma, ainda que preservem as características que me levaram a pensar numa hipotese viável de relação.
Passados os anos mais pueris da minha efêmera (como todas) existência, a idade passou a ser factor decisivo. Desde então que mais é melhor. Não estou a ir ao ponto de Maria Adelaide dos Gato Fedorento, mas a experiência é decisiva.
Terão sido bastante mais que as citadas. Mas o que acontece é que, no meu leito de morte, vou lembrar-me destas.
Da parte má, há uma que mistura uma atracção intelectual incrível e que me faz querer qualquer coisa, com uma maldade interior gritante.
Pensando bem, há duas. Mas só uma é que me chegou a tirar o sono á noite.
Como viver sem mulheres?

7 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O Homem farta-se de mulheres, beber, cantar e dançar mais cedo que da guerra.

Como não te vais alistar na Legião Estrangeira, procura outra guerra com que te entretenhas: uma guerra intelectual, uma guerra de comiseração, uma guerra de fastio, uma guerra de constatação, uma guerra de ironia ou uma guerra de atrito. São tantas as opções. Acho que já as experimentei a todas, sendo o teu tão comum!

Neste momento talvez vá para a guerra de negação. Depois para a guerra de negociação. Finalmente chegará a de aceitação. E o ciclo é infindável...

6:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

Errata: onde está "sendo o teu" dever-se-á ler "sendo o teu mal"

6:01 AM  
Blogger Лев Давидович said...

És um homem muito experimentado, acho que a tua barba tudo dirá.
Quanto ás tuas guerras, isso é contigo, dos meus males sei eu e nunca que disse que as mulheres são um mal...
Obrigado pelo comentário

1:04 PM  
Blogger epb said...

É uma grande questão.
A resposta mais fácil seria: muito bem, afinal se elas vivem sem nós, nós também vivemos sem elas.
Pois, seria a resposta fácil, aquela que nós usaríamos para nos defender-mos, para nos sentirmos fortes, para provarmos o machismo, sim, se elas nos quiserem que venham atrás de nós que nós estamos muito bem sem elas.
Mas na realidade bem sabemos que isso é uma mentira pegada!
No fundo nós precisamos delas, precisamos de afectos, de carinho, de uma pessoa que esteja junto a nós para os bons e os maus momentos. Não precisa de ser uma namorada, uma esposa, precisa de ser "ela", porque lá bem no fundo sabemos que elas são as que nos comprendem melhor, seja a nossa mãe, irmã, avó, amiga, colega, etc etc.
Podemos viver sem elas?
Não!
Não, porque somos seres sociais, seres que vivem de relações e afectos.
Nós somos os machos, os insensiveis, os brutos, os autónomos, etc, etc, etc. Mas quando precisamos, todos estes grandes valores vão abaixo e lá vamos à procura de conforto nos braços delas.Sim, porque se se diz que um homem não chora têm que o ver a desabafar com uma mulher.
Enfim, nós precisamos delas e elas de nós, é assim que nós funcionamos, independentemente do que se diga!

1:13 PM  
Blogger Лев Давидович said...

É, se não fosse assim, nem se escrevia este post.

1:15 PM  
Blogger Flecha Ruiz said...

This comment has been removed by a blog administrator.

8:23 AM  
Blogger Flecha Ruiz said...

Sem mulheres não conseguimos mesmo viver, isso é ponto assente e indiscutível.

Dificuldade é ter a perseverança/paciência para a busca/espera/procura daquela que é exactamente "AQUELA". Tal como o epb refere, não é a mulher ou a namorada (pelo menos não necessariamente), é uma que de alguma maneira tem a especial habilidade (e não capacidade) de nos confrontar e apoiar em qualquer altura.

O pior é quando vivemos elucidados que já a encontramos, já estamos satisfeitos e, depois, nos apercebemos que vivemos algum tempo iludidos com alguma capacidade e iliusionismo por parte dela. Isso sim é penoso à séria. Quando batemos no chão recomeçamos. Mas as memórias ficam..custa erguer o copo e começar o brinde de início.

Paixões de criança já todos tivemos. Umas mais a sério que outras. Algumas plausíveis, outras apenas apostas com os amigos...

Mulheres? O ser mais imcompreensivel do Mundo! O que mais nos faz sofrer, o que mais nos magoa.
Dispensável? Nunca. E se algum dia alguém pensar nisso a sério deverá ponderar a sua existência.

Eu adoro-as

8:25 AM  

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