Friday, September 29, 2006

Outono Marcelista

O "Grande" já tem blog: Blog do MarceloRSousa

A juntar à Catedra, à Fama, à Obra escrita, também à lida, espero que não se inclua um Palácio, daqui por uns anos:


É que ouvi dizer que o Cavaco só lá fica 5 anitos e depois arruma as botas.

A Maldade que Merece um Post

Digamos que tem tiques e voz de mau.
Possui uma corcunda, ainda que camuflada pelo impertigado ar com que se passeia naqueles corredores, umas vezes localizados em cima, outras ad inferos.
Aprende-se que o mal tem mais uma faceta, aprende-se (e isto é o mais importante) que o cancro está á vista, muitas vezes à nossa frente.
Longe de mim querer o fim da besta. Todavia não quero que siga, que sobreviva. Mas assusta-me pensar naquele sítio sem a essência que aparenta ao passar por outra alma, incomparavelmente menos pérfida.
Palavra de honra que aquilo assusta. É impossível ficar indiferente. Duvido que quem nunca o tenha visto fique impávido e sereno à sua passagem. Não. Há relatos de instrutores de condução da margem sul que o conhecem...Vejam bem a fama do bicho.
Há coisas incríveis. Na última aula do mestre da IED, procuravamos por ele. Do catálogo exposto, só apostavamos, claro que não estava lá. Porque havia alegria.
Deve faltar pouco para que troque algumas palavras nalguma catacumba. Agora que penso nisso, não sei será bem assim. É que Deus rege o sofá. E até nisto a religio está presente: Lucifer não está longe do controlo do Pai Nosso. Naturalmente um Pai Nosso de lentes, mais gasto mas, ainda assim, um Deus.
So me resta esperar.
E quanto a rezas?

Thursday, September 28, 2006
























Talvez a banda do século, eheheh
Nem ponho cá. Nem sei pôr cá. Mas vão lá vocês.

Wednesday, September 27, 2006

Os Carneiros

Sabida é a agitação na alameda, nestes dias que nascem.
Vampiros altivos, com paus, com cornetas, mas sobretudo com carneirinhos, e que sonoros que eles são. Uns machos, outros femêas, mas todos ordeiros, queitinhos, obedientes e burrinhos.
Ele é no decímetro, ele é na relva, ele é em todo o lado, o que conta é a exibição, joga-se o carácter distinto destes ratos com asas que com alma e coração montam o ridículo da situação.
Eu da varanda vejo. Lá de cima percebo que já ali estive...calma aí, não estive nada! Fui tudo feito dentro da gruta, qual seria o morcego que sai da sua gruta em pleno dia?! Nã nã! Ali, naquele corredor despido de tecto, naquele ar puro carregado de aftershave. Corri uns metros quadrados perguntando por um soutien vermelho. Azar o meu, ninguém o tinha.
No fundo,trata-se de um lobbie.
Até compreendo que as intenções sejam boas.
Mas o giro disto é o barulho. São os risos. Certa rata grita: "esperem por mim, mas q'é isto?". "Aahahahahahahahaha". Também acho giro, mas giro a valer. "Psicologia laranja, laranja, é uma cor de merda, mas é o que se arranja". Cá está, isto, sim, é uma piada.
Depois as interrogações: ceder ou não? Conversão em rato preto, sim...não?
Quem não quer ser lobbie não lhe veste a pele.
De boas intenções está o inferno cheio.

Friday, September 22, 2006

Luso-Compromissos

Confesso que poderia ter mais jeito para as ciências económicas.Poderia, mas não tenho.
Apesar disto, há coisas que me fazem alguma confussão, coisas que arranham um ouvido e chateiam o outro. Ouvi, ontem, alguém do compromisso portugal referir algo como: "se uma empresa fosse gerida como era o estado, já não existia."
Uma pergunta, para quem quiser discutir capitalismos: é suposto o Estado da lucro? Atenção: a Espanha teve superavit, há paises com um desenvolvimento melhor, mas a intenção é dar lucro? É ser totalmente eficiente? Se sim, o que é que distingue o Estado de uma Empresa? Melhor, para que é que ele serve? Porque não atribuir a gestão das contas públicas á Sonae? Ou a á corticeira amorim? Não entendo. Faz-me confusão ver o Estado assim.
Não digo que seja salutar ter deficit, não é. Mas se o contrário implicar despedimentos, fome, desemprego e miséria, só para ajustar as contas...sou um qualquer tuga

Tuesday, September 19, 2006

Frases de dois Anos

-"Monsanto...isso parece estranho"
-"Você lá sabe..."

-"Espero que a oral seja curta, como a sua saia, e boa como as suas pernas"

- "Se A tem fome, come o Bife"

- "Essa discussão é meio exotérica"

- "Já deixou o P.R à espera, o Ministro á espera e, agora o Presidente da A.R. Fez a sua oral"

- "O contrário da Regra é a excepção"

- "Eu digo à Samantha que quero comprar a lapiseira"
- "Agora dê cá o dinheiro."

- "Vá estudando o Mandato para ter com que se entreter"

- "A mulher pode comer carne de porco à vontade, que a bicha solitária não faz parte dela"

Umas com alguma graça, outras sem graça nenhuma, é disto que se ouve por ali.

Algo divino

Diz o best-seller da Igreja que Deus fez o Mundo nuns dias (rapidamente) e descansou um.
Eu sonhei com Ela duas vezes, hoje vi-a e estava de trombas.

É que por dentro, isto tem graça.

Sunday, September 17, 2006

Engano

Faz já um par de anos, desde o primeiro post deste blog.
A contar da data, já tenho escrito sobre os sentimentos próprios do ser-humano:amor, medo e amizade, são exemplos.
A propósito da amizade, quem for assíduo e histórico do blog, sabe que apliquei á amizade e situações de confronto entre amigos, a teoria de Adam Smith, da mão invisível: uma mão que viria, pela lógica natureza do sentimento, e que corrigiria os conflitos, restablecendo a paz.
Abandono isso.
Há uma mão (salvo cacafonia) mas ela não é eterna. O tempo, na minha perspectiva, assume um papel essencial para o abandono desta analogia para as ciência económicas. Passados uns anos, não será um mão que conseguirá juntar seja quem for. Haverá sempre ligação, mas quanto ao resto....mais ainda: essa mão jamais servirá para sanar o insanável: litigios a mais, discussões de sobra, choques permanentes.

Aproveito o abandono de uma, lançando outra analogia: a taxa de substituição. Quem percebe, como eu, o mínimo de economia (eu nem o mínimo...) sabe que há determinadas taxas de substituição, consoante assunto. Na amizade é igual: quanto maior a ausencia, maior a taxa de substituição de amigos velhos, por outras personalidades emergente.

Vi uns slides e ocorreu-me isto.

Saturday, September 16, 2006

Dos números e realidades

Anda meia blogosfera FDLiana a lamentar-se.
113 é um número que parece trazer anexadas várias outras questões, como a preferência por outras faculdades de Direito, como a Nova ou Coimbra, mas sobretudo, parece trazer alguma vergonha por haver tantas vagas, por ser tão fácil entrar ali, em suma, por existir uma aparente bandalheira, que contraria um elitismo que se queria, para quem frequentasse a Faculdade de Direito de Lisboa.
Devo dizer que não é algo que me preocupa.
A considerar, há factos: a média é baixa, as vagas assustam pela quantidade, as "concorrentes" avançam e ganham terreno. Tudo isto é indesmentível.
Proponho, todavia, um outro angulo: alguém reparou na média para Engenharia civil, no IST, a dita elite? 130. Alguém reparou na média de economia do ISEG? 10 e qualquer coisa, no melhor instituto de estudos económicos. As correntes têm o condão de levar tudo atrás, a fdl não podia ficar isenta. Quanto ás vagas...Se dissesse que eram demais seria um egoista: a númerosa quantidade de vagas alarga a todos aqueles que querem saber o que é o Direito, sem lerem o Ascenção, a sério. Dá a todos a oportunidade de estudarem e tentarem pertencer a um grupo restrito de bons juristas. Quanto á concorrência, cito Blanco de Morais: Católica é filha, Coimbra é irmã. Não existe outro grau de parentesco, pelo que não cito mais nenhuma.
Ainda não se disse tudo.
Por experiência própria, ao entrar, conheci colegas com medias superiores á minha. Hoje, faz tempo que não os vejo. Acrescente-se um facto: o secundário não se confunde com a Faculdade, seja ela qual for. Há ritmos diferentes, ambientes diferentes e , sobretudo, mentalidades diferentes.
113 não será o motivo que fará rastejar a FDL. Esse dia só chegará se de lá sair algum mau jurista. Ainda lá está o edificio, firme.

Friday, September 15, 2006

Sensações

Se, depois de eu morrer...

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso fui o único poeta da Natureza.

Alberto Caeiro


Perdoar-me-ão os leitores a banalidade de citar o génio, mas há coisas a que não resisto.
Numa tarde separada, primeiro pela lembrança do longínquo 12º ano, que se fazia sentir na palavras do Heterónimo, segundo pela imagem do cão da minha vizinha, constatei.
Aquele pelo curto branco, há que anos com os pés para a cova, jazia na relva. A brisa passava por ele, os pássaros ali voavam, livres. Aquele cão nunca se preocupou com a teoria do negócio jurídico. Sabe bem ele o que é desvio de poder por motivos de interesse privado...jamais foi forçado a sofrer pelos entes queridos...porque não os tem. Nunca passou fome, sobrevive.
No dia em que tiver de partir, arrepender-me-ei de não ter sentido mais?

Renasceu...

...um dos melhores blogs dos últimos tempos.
Depois da pausa, o esperado regresso. Benvindos Monstros!

Visitem: O Monstro das Bolachas

Tuesday, September 12, 2006

Pelas Boas Relações Institucionais e Respectiva Cortesia

Descobri que este taciturno habitat de criaturas de mente complexa tem mais um link.
Como pela estética bloguista ficaria mal colocar qualquer ligação para o blog camarada deste, aqui fica uma bela sugestão, que é, alias, um espaço que visito amiúde:

http://manifumaopiniao.blogspot.com/

Continuação de bons Posts!

Interrogações

Falando de interrupção voluntária da gravidez, o "famoso" aborto, ocorre-me uma interrogação, interrogação essa que apenas pode ser respondida por alguém que não partilhe dos meus ideais.
Atente-se à seguinte prerrogativa: supondo que se chegava á cabal prova que, até às 16 semanas de gravidez, não havia aquilo a que se pode chamar vida, no interior da progenitora, continuar-se-ia a defender a criminalização do aborto?
A pergunta é simples: a autoridade médica dizia que em 16 semanas de gravidez, não se pode chamar vida ao feto. Como era?
Continuaria a haver manifestações "pro-vida" na rua?
Manter-se-iam as posições da Direita Cristã? E da "outra"?

Se houvesse coerência, sim, tudo teria o justo fim.
Acontece que penso que seria exactamente ao contrário. Se antes era porque havia vida, agora o aspecto seria moral: ao ter relações sexuais sem protecção, sem cuidado, o filho seria um castigo, em jeito de "se não querias, não andasses nessas porcarias".
É que no fim disto tudo, apenas uma coisa se torna verídica: a hipocrisia. De uns, porque defendem a moral com castigo para quem adopta condutas sociais diferentes, outros porque com tanta liberdade, esta passa a ser mais uma, acabando tudo por ser um acontecimento desprovido de qualquer significado.
O tema merecia um tratamento de uma dignidade mais palpável.

Sunday, September 10, 2006

Vamos falar de Moda

Naturalmente, sem a propriedade de um Augustus, Jean-Paul Gaultier ou mesmo um Armani, não vou falar da moda, num sentido Fashion. (Estou a rir-me a potes)
Falar de moda é falar dos temas em alta na sociedade. Aqueles temas sobre os quais qualquer mente iluminada quer discutir, debater ou mandar um ou outro bitaite.
Ao ler as madrugadoras noticias que serão primeira página da edição de hoje da grande maioria dos jornais, ou que pelo menos serão fortemente abordadas, "descobri" que datam 5 anos sobre o 11 de Setembro. Há bocado, também reparei que não dava mais nada na TV senão reconstituições, comentários, pareceres jurídicos, acrobacias e distribuição de limonada...sobre a data.
Naturalmente que me competia, enquanto blogger de alto gabarito, inteligencia de meter medo ao MRS e também elemento encapuçado das FARC, falar do tema, com a elevação que merece. fazer aquelas análises profundas, envolvendo conceitos de sociologia, económicos ou mesmo políticos. Também seria interessante reflectir sobre o papel dos EUA em todos estes anos de combate ao terrorismo, mas também sobre o papel do Irão, do Afeganistão, da Russia, avaliar as consequencias do facto de haver mais opio disponivel do que procura efectiva.
Claro que sim. Mas não vou fazer isso.
Para um Zé que sou, manifesto aqui uma só ideia: há medo. Tenho medo. Aniquilou-se a segurança. Tenho medo de estar no Colombo a ver um filme rasca e a explodir uma bomba, medo de ir no metro para ir á baixa ver como param as modas e explodir tudo. Tenho medo que morram amigos meus. Tenho medo que morram familiares meus. Ao fim e ao cabo, tenho medo da repressão que a ameaça de morte constante faz retroceder os meus planos.
Ainda não me cinjo a uma disciplina totalmente entregue ao medo.
Todavia, vivo com a sensação que um dia pode chegar a minha vez. E se há 5 anos não sabia isso, sei-o hoje, sei-0 desde 11 de março.

Lembranças

Lembrei-me que passou o teu aniversário. Mais estranho ainda: ocorreu-me que me tinha esquecido.
De uma data que não me recordo, de um dia que me esqueci, de companhia que jamais me lembrarei, jazia no aposento quando me veio tal (falta de) lembrança.
Acho que é digno de registo.
Afinal de contas, quão frequente será esquecermo-nos de datas? Quão grave será? Na persepctiva leonina, acho que há duas maneiras de ver estes eventos: se estamos a falar de idas ao médico que nos trata de salvar a vida, dos dias de exame, da data das orais, das efemérides quotidianas...todos nos lembramos. Há sempre uma data na nossa cabeça. Na minha há.
A outra maneira de observar é pensar em aniversários, dias em que o gato foi capado, aniversário da morte da prima da sobrinha da tia em 3º grau por parte da madrasta. Refirem-se coisas, para nós, pouco interessantes.

O problema é o "para nós".

Como será para os outros?
Atente-se no seguinte: o que acabo de escrever faz pouco sentido, even though, qual é o impacto? Qual é a perda de bem estar? Esse deadweight-loss será calculável?
Adoro que se esqueçam dos meus anos.
Será que adoram que me esqueça dos deles? Ou haverá um prazer no PARABÉNS!!! tão barulhento, bufo e inútil?

Thursday, September 07, 2006

Pactos na Volta do Leão

Fico sem escrever uns dias e pimba, aparece aquilo a que na gíria política se chama o "bloco central".
Adoro a expressão.
Ao que se diz na imprensa de hoje, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, numa ideia que já se pedia, decidiram unir forças para "reformar" a justiça.
O projecto é bom, é louvável e tem uma particularidade: apanhou os restantes representados na A.R de surpresa. Nao digo que isto seja bom ou mau, mas temos que reflectir em dois aspectos essenciais: O actual sistema político não se assemelha ao Inglês, pelo que há que respeitar todas as forças políticas. Não defendo que tivessem que ser chamadas, havia sim uma obrigação de as informar. O segundo aspecto prende-se com o que se diz aqui. Apesar de ser pertinente a questão, acho que os protagonistas hoje são mais capazes, mais eficazes, se se quiser.
Resta esperar resultados.

Sunday, September 03, 2006

Post 200

Duas centenas de posts, 2 anos de vida e mais de 4000 visitas. O Pacheco fez muito melhor.
Todavia, este post #200 tem apenas 3 perguntas. Serão perguntas sentidas, às quais, um dia, gostava de encontrar respostas. Têm um denominador comum: são sobre mulheres.

- Um Homem bate na mulher: Como é que há casos em que a dita ainda pode defender amor sentido pela besta?

- Um Homem trai uma mulher: Como pode ela vir tentar que ele volte, que esqueça a outra e ainda o possa amar.

-Porque é que uma mulher prefere um Homem de esbelta figura, mas que é bronco, estúpido, tem estilo de alguém que a vai desiludir na certa e não presta?


Sei alguma coisa sobre mulheres. Mas isto não.
Tudo bem que podem achar que quem não sabe isto, não sabe nada.

Então não sei nada...

Saturday, September 02, 2006

Prostituição e Salas de Chuto

Num acervo de locura, muito em parte causado pela atmosfera do dia em que vos endereço este post, meu pesado corpo se refastelou no sofá, e fazendo companhia aos meus avós, comecei a assistir ao "show" "Canção da Minha Vida". No meio do pó levantado pela idade das músicas interpretadas, surgem dois convidados, ambos interessantissimos:Maria de Belém e um descendente dos Pinto Coelho. A primeira terá sido Ministra da Saúde e o segundo terá relações com o combate á droga. Peço imensa desculpa por não conhecer a sua obra.
Adiante.
Maria de Belém escolhe o tema Amélia que aborda a vida de uma profissional do sexo, em pleno cais do Sodré. Na entrevista da praxe, a apresentadora pergunta: é ou não a favor da prostituição? Numa resposta, a qual eu não concordo, o que não é impeditiva de ser bastante válida, a ex-ministra respondeu que não era, por um motivo muito simples: excluindo aquelas mulheres que se prostituem pelo vício da droga, todas as outras são uma falha do sistema (ela não terá usado a expressão), ou seja, são mulheres pouco educadas, vítimas de exploração e não estariam naquela vida por opção, mas por obrigação. Já disse que é válido o que se afirmou, mas pergunto: só há esses dois tipos de pessoas? As viciadas e as obrigadas?
Não creio, nem assim é. Não é que a minha experiência com as senhoras do ramo seja muita, até porque é nula, mas facto é que há quem siga a via, esse caminho, porque quer. É bizarro? É. Será ignóbil seguir a mais velha profissão do mundo? Claro. Mas é mentira o que afirmo? Não. Como defende o Zé Povo, haverá gostos para tudo e aqui não se excepciona.
Seja como for, e se atentarmos bem ao que se diz, merecem ou não protecção aquelas que por motivos de vício, obrigação, seja ela qual for, ou gosto se dedicam ao sexo? Repare-se: por mais que se diga que há que combater, prevenir e eliminar aquilo a que alguns chamam cancro, as prostitutas são seres-humanos, e não existem seres humanos de segunda e de primeira. Um segundo passo é ajudar também aqueles que recorrem as serviços. Será discutivel, concerteza, mas são seres-humanos...Posto isto, quando falo em protecção, ela só se alcança, só será viável havendo profissionalização. tem que haver leis, tem que haver organização. Pode até ser encarado como um meio de combate, e se assim for, seria o mais organizado de todos.
Ainda que o cabeçalho do post seja semelhante ao título de um CD duma banda Heavy, de mau gosto, há que suscitar a admissibilidade da existência das salas de chuto.
O post já vai longo e o resumo é imperativo: 100% a favor. Quem começar a fazer perguntas como "quem será o dealer?" ou mesmo "pode consumir-se todas as drogas, mesmo tabaco?" será contra. Quem, como este cadáver escritor, acha que deve incutir-se na questão da droga um racionalismo capaz de admitir o uso destas substâncias como a nova epidemia e considerar todo e qualquer toxicodependente , mesmo aquele que arruma o carro ou assalta a casa, uma pessoa, com tudo isso que acarreta, será um correlegionário meu e nesse caso benvindo.

Friday, September 01, 2006

Diálogos Madrugadores

-Ena! Tantas?!
-É verdade, tenho de me ocupar de alguma maneira.
-Não será melhor arranjar uma namorada?

Seguiu-se um sorriso.


Há manhãs assim.
Gente sem Amor à Sanidade Mental