Saturday, September 16, 2006

Dos números e realidades

Anda meia blogosfera FDLiana a lamentar-se.
113 é um número que parece trazer anexadas várias outras questões, como a preferência por outras faculdades de Direito, como a Nova ou Coimbra, mas sobretudo, parece trazer alguma vergonha por haver tantas vagas, por ser tão fácil entrar ali, em suma, por existir uma aparente bandalheira, que contraria um elitismo que se queria, para quem frequentasse a Faculdade de Direito de Lisboa.
Devo dizer que não é algo que me preocupa.
A considerar, há factos: a média é baixa, as vagas assustam pela quantidade, as "concorrentes" avançam e ganham terreno. Tudo isto é indesmentível.
Proponho, todavia, um outro angulo: alguém reparou na média para Engenharia civil, no IST, a dita elite? 130. Alguém reparou na média de economia do ISEG? 10 e qualquer coisa, no melhor instituto de estudos económicos. As correntes têm o condão de levar tudo atrás, a fdl não podia ficar isenta. Quanto ás vagas...Se dissesse que eram demais seria um egoista: a númerosa quantidade de vagas alarga a todos aqueles que querem saber o que é o Direito, sem lerem o Ascenção, a sério. Dá a todos a oportunidade de estudarem e tentarem pertencer a um grupo restrito de bons juristas. Quanto á concorrência, cito Blanco de Morais: Católica é filha, Coimbra é irmã. Não existe outro grau de parentesco, pelo que não cito mais nenhuma.
Ainda não se disse tudo.
Por experiência própria, ao entrar, conheci colegas com medias superiores á minha. Hoje, faz tempo que não os vejo. Acrescente-se um facto: o secundário não se confunde com a Faculdade, seja ela qual for. Há ritmos diferentes, ambientes diferentes e , sobretudo, mentalidades diferentes.
113 não será o motivo que fará rastejar a FDL. Esse dia só chegará se de lá sair algum mau jurista. Ainda lá está o edificio, firme.

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