Wednesday, November 29, 2006

11 de Fevereiro 2007

So said The Man.
Eu vou votar.
Não sou um role model, mas siga o meu exemplo.

Tuesday, November 28, 2006

Socialismo em Forma Legal

Os compadres de um dos meus blogs de referência, o Blasfémias, têm lá uma coluna que diz aquilo que é o título deste post.
Eles acusam o Governo de exercer políticas que de Esquerda.
São os mais engraçados.
Pergunto eu o que é a Flexigurança. Socialismo em forma legal?
Dos economistas, poucos se mostram capazes de acreditar que o modelo sirva em Portugal. Dos Empresários, sabemos que vão esfregar as mãos. Dos trabalhadores...são a base da cadeia alimentar.
O Flexigurança é um esquema importado da Dinamarca, que consiste num pacote de medidas que flexibiliza o emprego ou despedimento, por parte do empregador. Têm contrapartidas: o trabalhador que optar por não ver o seu salário aumentar pode receber acções de formação que se traduzem na sua melhor esepcialização. Terá também, quem essa opção tomar, ver alongados os dias de férias. Quem está no desemprego pode ver o subsídio com um valor igual ao do seu salário anterior, criando-se, todavia, fortes incentivos ao re-ingresso no mercado de trabalho.
Mas isto é muito bonito. Como é que eu me fui pôr a escrever contra estas coisas? Como? Mas isto é perfeito!
Calma.
Terei escrito que facilita os despedimentos? Ah, escrevi!
No, mas bem lá no fundo, tudo é uma troca: troca-se a estabilidade no emprego, pela estabilidade no desemprego.
Mas o português não é Dinamarquês, nem Portugal fica no Norte da Europa.

Friday, November 24, 2006

Favas Na Cabana

José Cid - A Pouco e Pouco (Favas com Chouriço)

"E às cinco e meia em ponto..."
Este Homem está em todo o lado. Cumprindo a rotina habitual de pequeno-almoço, seguido do D.E, qual não é o meu espanto quando vejo, num dos suplementos, um autor a escrever sobre este senhor, sobre esta música. "É um fenómeno", diz-se. Pedem-na nos concertos, ficam delirantes.
Pela minha parte, acho que, quando a vi, pela primeira vez, ter-me-ei rido tanto como num sketch do Bruno Nogueira. Estou mesmo em crer que se trata de uma paródia à família portuguesa da época.
O nosso país não produz muitos espécimes destes. Não me lembro de ninguém no mesmo cumprimento de onda. Este tem grandes êxitos, grandes baladas. Não que o aprecie, longe disso, toda e qualquer composição do individuo dá-me vontade de rir...e isso é inexplicável.
"Na cabanaaaaaaaaaaa, junto à praiaaaaaaaa, entre as dunaaaaaaaaaaaaas e os canaviais! Só o Vento e o mar...e as gaivotas falam desse amor...." Aposto que o bafo da gaivota cheira a peixe.

Thursday, November 23, 2006

Do Fan

Sou Fan dos filmes do James Bond, já desde há muito tempo.
O primeiro filme que vi, da saga, foi o "Vive e Deixa Morrer", com o Roger Moore e Jane Seymour. Bateu forte. Toda a magia voodoo, toda a aventura, acção e engenhocas fizeram-me sentir bem realizado. Devia ter uns 6 anos.
Desde então, vi-os todos, mesmo todos, até aqueles "não-oficiais", como é o "Nunca digas Nunca", que não passa de um remake do thunderball.
Faltava-me ver o último, com nova cara, nova dinâmica. Foi o que fiz, já esta noite. Há algumas coisas que acho pertinentes.
A começar, acho que se deve establecer um antagonismo entre este filme e todos os outros. Este começa a história,tudo começa deste ponto. Pode começar-se uma nova serie de filmes, sendo este o marco inicial, isto porque se reinventa a personagem, dá-se outro passado, outras características físicas, mas também psicológicas. Está-se longe do Sean, do Roger ou do Timothy, eu arrisco a dizer que não tem nada a ver.
Por outro lado, o filme, per se. Tem bom enredo, muita, mas mesmo muita, acção. Do meu ponto de vista, também aqui difere dos outros: não tem fim. Pode significar sequela, mas também pode não significar nada.
Uma terceira palavra para a Bond Girl: Eva Green. Será, provavelmente, a melhor de todas, acompanhada de Sophie Marceau. Não por ser bonita, que o é. O que a faz brilhar é a interpretação, a maneira de agir no filme. Não se trata de uma boneca boazona. É subtil.
Concluindo, recomendo. Todavia, se forem fans, como eu sou ou mais ainda, poderão achar algumas diferenças de estilo. Mas se forem para ver um filme mexido, está altamente recomendável.

Monday, November 20, 2006

Presidente de Direita, Causas de Esquerda

Não votei no actual Presidente da República. É, até, com grande á vontade que o digo. Não sou de Direita, nem gosto de dirigentes da Direita.
Todavia, este, e só este, está a fazer um óptimo trabalho.
A mais recente tarefa é o EIS - Empresários para a Exclusão Social. Depois de um roteiro, outra iniciativa a favor dos mais desfavorecidos.
Começaram por ser 10, às 20h já eram mais de 100, com nomes como Teixeira Pinto. Tudo por boas causas.
Há muito que não se via um P.R tão interventivo no primeiro mandato, um P.R com vontade de trabalhar. Não é que os anteriores fossem maus, mas este está, a meu ver, excepcionalmente bem. Só discordei de uma medida, mas se assim não fosse, seria perfeito, e ninguém o é.
O PSD talvez não ache. Mas acho eu.

Saturday, November 18, 2006

Ele

O Santana:

- É o único militante que diz PPD antes de PSD;
- Põe as mãos em forma de reza quando acaba uma frase diplomática;
- É a grande matéria prima para argumentistas e humoristas;
- Tem bué filhos;
- Não guarda rancor a ninguém;
- Usa gel;
- Está igual a si próprio.

Não podemos dizer isto de muitos militantes do PPD/PSD.
Pela minha parte, devia ser candidato a tudo e mais um par de botas. Pode ser que aprenda a ter juízo.

Friday, November 17, 2006

Final

Este blog já anda a criticar a raça humana há tempo demais.
Vou deixar-me disso. Deixar de aplicar teses económicas às relações, deixar de chamar nomes feios aos seres meus correlegionários, enfim, deixar de citar, sequer, a sua existência.
Ficam os desabafos para outros encontros pessoais.
A partir daqui, só vou falar do que interessa, como seja a crise da lagarta da chuva Queniana, o tamanho da cereja transmontana ou mesmo a velocidade dos pingos de chuva, ou da tinta a secar.
Confesso que terei sido pouco educado. Mas ser o que sou implica isso mesmo.

Na Mesma

Modo Geral, o ser-humano é uma mistura de cagalhão com vinho tinto. Por um lado o corpo, por outro o sangue.
Há excepções, claro que sim, toda a regra a tem.
Mas a grande maioria é como vos disse.
Mas saber uma coisa não é o mesmo que senti-la.
E ele há coisa que não tolero sentir. Como não as tolero, não as provoco. Se não as provoco, não entendo como chegam a mim. Se chegam a mim sem eu as provocar, pior é aturá-las.
Hoje passou-se algo que nunca tinha ocorrido: bateu-se um record no desrespeito. Hodie bona, Cras mala.
Alias, até se passaram duas: descobri que uma individualidade pode morrer sem que haja cessação das funções vitais. É que só vivemos enquanto os outros reconhecem a nossa vida.
Eu deixei de reconhecer.

Tuesday, November 14, 2006

Um Quarto de Milhar

Este é o Post nº250.
Como tal, aproveito-o para lançar, na blogosfera, um novo espaço de discussão e debate, sobre o tema da interrupção voluntária da gravidez.
As intenções são sérias, a troca de ideias pede-se e em Janeiro lá estaremos para aplaudir a decisão dos Portugueses, que se pronunciarão no melhor sentido.
O Link encontra-se na coluna da direita.
O blog é: http://pelo-sim.blogspot.com/

Visitem!

Posts insonsos e Dias amargos

Limp Bizkit Break Stuff

É mesmo um desses dias.
Saudosos anos em que frequentei o ensino básico, onde tudo era tão maravilhoso, tão fácil, tão sem responsabilidade, tão tão tão e pareço um sino.
Sou muito original em postar um video do Youtube, coisa que nunca se viu. Mas é que na falta de inspiração e mesmo de tudo, fiquei com um som de que me lembro em dias assim...

Monday, November 13, 2006

Os Caravalhos

O Salário Mínimio subiu. Pelo que sei, não subiu pouco. Pelo que ouvi, subiu acima da inflacção.
Carvalho da Silva protestou.
Cabe perceber o que se passa.
O Salário mínimo é, essencialmente, um preço. Quando o Estado intervém a regular, seja o que for, tem má fama. Eu não acho, mas tem. Neste caso, convém entender o seguinte: o mercado é o espaço onde se formam os preços, como tal, haverá um preço de equilíbrio, naturalmente, o melhor preço para se proporcionarem as transacções. Como referi, o salário é um preço. O Estado fixou-o. Pergunto eu, acima ou abaixo do preço de equilíbrio?
Acima.
Isto gera, entre outras coisas, um desincentivo à contratação. Repare-se, se se deixasse que o mercado funcionasse, livremente, o salário era um salário de equilíbrio. Haveria mais emprego não era?
Não.
Haveria um aproveitamento escravizante de qualquer ser-humano sujeito às regras de um patrão com a unica logica do lucro. Não o censuro, está no mundo para enriquecer. Mas também é para isto que serve o Estado, para proteger quem precisa.
Assim fez e subiu o salário. Subiu-o acima da inflacção.
Vamos lá ver: o preço da prestação de serviços mínimo é maior, protege-se o trabalhador, dá-se-lhe mais com que comprar melhõezinhos. Ataca-se a logíca de mercado, contra tudo e todos.
Mas porque é que Carvalho da Silva veio protestar? Porque queria mais? Ok, compreendo.
Apenas acho que, de vez em quando, podia perceber que já o facto de haver salário mínimo, e ele aumentar frequentemente, é já bastante satisfatório.

Friday, November 10, 2006

El Rei Gipsy

Quaresma

Este devia ser guitarrista nos Ciganos d'Ouro

Thursday, November 09, 2006

Greve

Fez-se sentir, e bem, a greve marcada para hoje. Esperemos por amanhã para ver no que dá.
Ainda assim, há alguns aspectos que devem ser referidos, no tocante ao dia de hoje.
O primeiro aspecto a destacar é a forma como são tratados os funcionários que fazem greve. Como se não houvesse desconto no salário dos dias em que fazem greve, nem fosse um direito constitucionalmente garantido, qualquer trabalhador do Estado não se livra de ouvir umas quantas acusações, a meu ver, infundadas. Coisas como: "são parvos, não? Marcam a greve para 5ª e 6ª para terem um fim-de-semana porreirinho", ou mesmo "nós é que pagamos", isto quanto às greve dos transportes públicos. Nesta matéria estou muito à vontade para dizer que quem fala assim arrisca-se a que as afirmações, independentemente da relevância que tenham e terão certamente, caiam em saco roto. Estou, porque tenho família na administração pública e ninguém fez greve e ainda porque defendo que tem de haver, obrigatoriamente colaterais quando ocorrem greves. Quanto aos dias da semana, só se fosse marcada greve para quarta-feira, nesse dia só, é que não haveria falatório. Se fosse segunda, era fim-de-semana prolongado, se fosse terça era porque aproveitavam e faziam ponte da greve, se fosse quinta, faziam ponte sexte e se fosse sexta era fim-de-semana prolongado. Quanto aos prejudicados, há transportes alternativos. Por outro lado, compreenda-se que, se é um direito constitucional, pode ser feito, é feito e ninguém desrespeita a lei. Tudo o que tem causa tem efeito.
Um segundo aspecto prende-se com os números. Sindicatos puxam, Governo desce-os, ninguém sabe. Não se pode confiar em ninguém.
Por fim, os resultados. Se é verdade que é tudo legal, tudo se resolve e por aí em diante, alguma greve deu resultado, isto recentemente? Para haver concretização de objectivos, o sindicalismo tem de ser mais influente, dominar, concretizar. Cada classe tem de ser protegida, independentemente de estar no sector público ou privado, independentemente da forma como é vista pelo resto da sociedade.

Analisando os Prós e Contras

A Rússia proibiu o filme do "Borat", com o argumento de ser "humilhante para certos povos".
Bem, a priori pensei que teriam razão. Coloquei-me na pele naqueles povos de leste e pensei como seria mau sermos gozados por um inglês com a mania que tem graça (atenção, eu acho-lhe graça, só estou a colocar-me na pele deles), que, ainda por cima, só diz mentiras.
Eu, como tuga, não gostava nada que troçassem de mim, dos meus costumes, dos meus hábitos e do meu sotaque a falar inglês.
Até que me lembrei que já "sou" gozado. Basta lembrar-me do "Gato Fedorento", do Herman, da "Conversa da Treta", de qualquer sketch do "Levanta-te e ri" ou qualquer coisa dos "Malucos do Riso".
Mais ainda: todos os dias há brasileiros que, nas series, imitam o sotaque Português, colocam um bigode às senhoras e repetem insistentemente a palavra Bacalhau.
Ou seja, proibir um filme, seja ele qual for, sobre o que quer quer seja não tem fundamento nenhum. Quanto mais não seja pelo valor absoluto da liberdade em assistir a tudo e saber de tudo, mesmo de quem faz pouco de nós.
Fazendo fé que a Rússia também sabe isto, ou seja,é natural brincar com as culturas e relativizar todos os aspectos delas, resta concluir uma coisa: A Mother Land não se conseguiu desprender dos seus ideais aglutinadores, nem da ideia de URSS, que ainda parece querer manter a vigorar, só que de uma outra forma.

Wednesday, November 08, 2006

Diálogos Mentais

Só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.
Quando alguém afirma isto, tem que ter em conta que são apenas dois factores infalíveis, que sempre se aplicam, independentemente da pessoa. Todavia, cada ser-humano é continente de, pelo menos, mais dois ou três factores que aparecerão sempre, em qualquer fase da vida.
Eu não sou excepção.
Para além de saber que um dia lá terei de morrer e que até no café que compro à DªFernanda no Bar Novo, todas as manhãs, pago imposto, ciclicamente, há mais "coisas" certas, na minha existência.
A primeira é a mais gritante. Quase como se tratasse de um exercício matemático, tudo começa com um "oi", continua com "tá tudo bem" e termina, passados dois dias com coisa nenhuma. De grandes amigas, passam a distâncias só visíveis a binóculo. Isto está por explicar. Porque é que algumas se mantêm e outras não?
A segunda é a imperfeição. Não ser bom a coisa nenhuma choca-me. Ninguém olha para mim e diz que és um perfeito qualquer coisa, porque não o sou a nada. Numa conversa que terceiros tenham sobre mim, não podem elogiar nada, porque não há nada que elogiar. Já defeitos tenho a pote.
Como três foi a conta que Deus fez, há uma tertia res que é a falta de paciência. Não há muito que dizer. Sou daqueles que passados 5 minutos a ouvir a mesma coisa têm instintos assassinos e pretendem qualquer coisa que envolva sangue.
Á medida que me revejo mentalmente, percebo que não passo de uma roda dentada na engrenagem na sociedade. Ok, sempre ajudo, até tenho uns dentes, mas se me tirarem aparece outra e seguese para bingo.

Tuesday, November 07, 2006

Da minha (falta de) Legitimidade

Para colocar um acção de interdição ao Presidente do Governo Regional da Madeira, não a tenho.
Há que seguir uns certos requisitos materiais, epá, aquelas tretas...como é que se chamam...ah, as leis!
Segui, atento, este dia de debate sobre a Lei do Orçamento. Acabei, saí, vim para casa e oiço nas notícias que o homem que hoje mais falou é"mentiroso, mal educado e doentio", não necessariamente nessa ordem.
Vejam bem como é fácil falar.
Como catalogar, então, alguém, que atropela o bom-senso, o direito ao bom-nome e outras tantas coisas começadas com "bom, como é o Presidente de que falo? Não dá.
Por mim, era uma sentença de interdição e eu nomeado tutor dele, que ele pobre não pode estar, pelo que o benefício era bem jeitoso.
Mas podem perguntar: "não é uma beca chato lidar com deficientes?". Eu digo que sim, mas estando tudo pago, a Madeira é grande o suficiente para eu estar na praia e ele onde quiser, a mandar as bujardas que bem entender.

Monday, November 06, 2006

O Preço da Imigração

Como defensor dos ideais de Esquerda, não fujo à regra, como todos aqueles que apoiam uma política de imigração de integração, sustentada pela enquadramento do indíviduo na sociedade, de forma a que se torne um membro inserido na comunidade.
Sou pela mobilidade social, o que me faz legitimar qualquer tentativa de melhoramento das condições de vida. Ora, uma forma de o atingir é imigrando e buscar a felicidade em terras um pouco mais longe.
Isto é ponto assente.
Sabendo que grande parte da criminalidade tem origem na pobreza, e entendendo que muitos que contribuem para assaltos, raptos, entre outros crimes, são estrangeiros, imigrantes no nosso país, acho que a noticia de reabilitação da Cova da Moura é uma das melhores notícias que se pode ouvir.
De facto, não raro vemos os telejornais a abrirem com rusgas ao bairro, noticias de homicídios ou mesmo números do tráfico de droga. Sendo que o importante é perceber que, dentro do bairro, estão pessoas que querem ter uma vida digna, decente, limpa e honesta, a obra a que a C.M da Amadora tem contornos de urgência, para que se preservem valores e pessoas, dentro de um espaço como é aquele.
Muitos dirão que é dinheiro mal gasto, visto que tudo se prevenia fechando as fronteiras. Outros dirão, numa linha de raciocínio próximo, que um belo de um genocídio era bem mais eficaz, barato e ainda saciava a vista. Eu digo que o dinheiro serve para este tipo de investimentos, porque é de pessoas que falamos, porque num ser-humano, nunca se gasta.
110 milhões de euros representam um futuro risonho, que pode afastar o medo do crime, o fim do tráfico, o termo da pobreza.
Porque não é com vinagre que se apanham moscas.

Sunday, November 05, 2006

A Queda Previsível

Agora é que se lhe acabou o "estado de graça".
Com corolário de muitas medidas anti-populares, faltava a cereja no cimo do bolo.
Que se atacassem os rendimentos do deficientes, ainda se percebia, porque há alguma justiça que se pode repor, agora, pérolas destas dispensam-se muito bem.
O nosso P.M, depois da sondagem que saiu que apontava a sua queda na popularidade, parece já não acertar com nada.
Só lhe vale uma coisa: a oposição.

Saturday, November 04, 2006

O Nascimento de Cristo

Caminha-se para o Natal.
Hoje, na Televisão, já havia noticia de luzes, na Baixa, Bonecos mais pretendidos, brinquedos já esgotados.
Deixem-me ser bem claro: adoro o consumismo. Como eu, milhares de empresas e comerciantes o devem adorar. Não obstante, tem os seus muitos contras. Por exemplo, é nestas alturas que o crédito tem mais pedidos e as familias se endividam. Estou contra isso, claro está, mas pelo consumismo manter-me-ei sempre, com limites.
E esse limites são os seguintes: desde que se invista na felicidade dos pueri que fazem crer num bom amanhã, não se deve poupar a custos. Já não penso da mesma forma, falando de adultos. É que se para as crianças o bem material é essencial, porque não há uma mentalidade para atingir outros níveis de alegria, a posse dum John Cena ou de um Action Men é muito e traduz num amor perante o comprador da oferenda, leia-se, os pais. Já para um adulto, tem que haver outro modo de ver as coisas.
Pessoalmente, o Natal é muito mais saboroso agora. A presença de toda a família é a melhor prenda que me podem oferecer. Ainda que seja culpado no crime de enriquecimento sem causa, por volta das 0 horas do dia 25 de Dezembro, sem esse "ilícito" não acontecesse, seria feliz, com todos os que gosto ao pé de mim.
Vou voltar a falar do Natal.
Mas, para já, fico feliz ao ver que os putos ainda se preocupam com a educação, se foram ou não bonzinhos, só para poderem receber o que querem. Mesmo mentido, não deixa de ter a sua piada vê-los a responderem ao reporter qualquer coisa como: "Sim, fui muitooooo bonzinho" ou "mais ou menos", estes últimos muitoooo mais honestos.
Viva o melhor momento do ano!

Fretes e Cotas

O tema não é actual, mas dei comigo a pensar nele, agora que acabo de assistir à edição semanal do Top+.
Amiúde, vemos interpretes da música portuguesa a queixarem-se de não se ouvir mais música Portuguesa nas rádios. É frequente haver manifestações de opinião em programas de audiência forte, na T.V, mesmo daqueles que não têm nada a ver com a industria discográfica portuguesa, por ficar bem e mostrar um nacionalismo populista que sempre faz ganhar umas palmas.
Tudo isto é mais que descabido.
Na tabela dos 30 mais, é certo que mais de 33% são discos Portugueses. Mas estes números desarmam os apologistas das cotas, se tivermos em conta que, nos 10 mais ouvidos, os três primeiros lugares são de música Portuguesa, a saber: André Sardet, Sérgio Godinho e Floribela, ficando ainda outros nomes na berlinda, como são exemplos de Paulo Gonzo e Bebé Lily, um pouco abaixo.
Pelo que sei, não tenho ouvido muito Sérgio Godinho, Floribela muito menos, nas rádios. Pelo contrário.
Esta batalha tuga tem sempre os mesmos protagonistas: os cantores da música popular Portuguesa, vulgo "Pimba". Como é óbvio, esses senhores têm grande parte das suas receitas em espectáculos ao vivo, e não pela venda de CD's, pelo que uma forma só de sustento será pouco. Concordo com eles, num certo sentido. Pelo que se prova, a qualidade tem sempre uma força para fazer prevalecer o bom-senso, sem que seja necessário rádio ou divulgação da TV para que se comprem cd's. E os artistas que citei têm, uns mais que outros, qualidade. Não se podem confundir com os Emanueis e Marantes, que, não obstante a sua importância na caracterização da cultura de um povo, e preenchimento de festas, servindo de base para alguns momentos de diversão, não são vendedores de discos per se.
A rádio deve continuar a fazer as escolhas livremente, seleccionar quem quiser e emitir o som que bem lhe aprouver. Os grandes vultos da música lusa hão de ser sempre reconhecidos.

Thursday, November 02, 2006

3 Perguntas

"Ah,olha, obrigado"
"A outra dá-lhe 30 a 0"
"Nunca peguei em nada semelhante"

Torna-se complicado percebê-las.
Todavia, há umas melhores que outras.
Sou um info-excluído, mas, com jeito, dou-lhe uns toques.

Qualquer dia tenho que voltar à escrita sobre temas da actualidade.
É que falar todos os dias nas filosofias á moda de caixeiro-viajantes (adoro e tenho maior respeito por esta profissão) que, criadas por mim, são más e não se recomendam, já cansa.

Posto isto, amanhã volto à escrita sobre qualquer coisa importante e pomposa, como seja o fracasso das negociações da ronda de Doha (a quem doer), e o impasse Hungaro.

Wednesday, November 01, 2006

Feriados

Diz que hoje é dia de Todos os Santos. Não sei o que isso seja. É dia de St.António, S.Pedro e todos os outros todos juntos?
Como bom ateu, adoro isto. É quase como sair a lotaria, sem ter jogado.
Em boa linguagem económica, é o exemplo mais que perfeito do efeito boleia. Não acredito, não quero acreditar, acho que nem deveriam existir, mas gozo-os, faço pleno uso deles e ainda escrevo posts idiotas acerca deles.
Sou um demente, mas ao menos digo o que penso.
E como digo o que penso, mas ninguém me ouve pensar, nem sabe que o faço, isto nunca terá existido.
Eu nunca terei existido.
O blog não terá existido.
O post não existe.
Gente sem Amor à Sanidade Mental