Wednesday, November 08, 2006

Diálogos Mentais

Só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.
Quando alguém afirma isto, tem que ter em conta que são apenas dois factores infalíveis, que sempre se aplicam, independentemente da pessoa. Todavia, cada ser-humano é continente de, pelo menos, mais dois ou três factores que aparecerão sempre, em qualquer fase da vida.
Eu não sou excepção.
Para além de saber que um dia lá terei de morrer e que até no café que compro à DªFernanda no Bar Novo, todas as manhãs, pago imposto, ciclicamente, há mais "coisas" certas, na minha existência.
A primeira é a mais gritante. Quase como se tratasse de um exercício matemático, tudo começa com um "oi", continua com "tá tudo bem" e termina, passados dois dias com coisa nenhuma. De grandes amigas, passam a distâncias só visíveis a binóculo. Isto está por explicar. Porque é que algumas se mantêm e outras não?
A segunda é a imperfeição. Não ser bom a coisa nenhuma choca-me. Ninguém olha para mim e diz que és um perfeito qualquer coisa, porque não o sou a nada. Numa conversa que terceiros tenham sobre mim, não podem elogiar nada, porque não há nada que elogiar. Já defeitos tenho a pote.
Como três foi a conta que Deus fez, há uma tertia res que é a falta de paciência. Não há muito que dizer. Sou daqueles que passados 5 minutos a ouvir a mesma coisa têm instintos assassinos e pretendem qualquer coisa que envolva sangue.
Á medida que me revejo mentalmente, percebo que não passo de uma roda dentada na engrenagem na sociedade. Ok, sempre ajudo, até tenho uns dentes, mas se me tirarem aparece outra e seguese para bingo.

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