Thursday, November 09, 2006

Greve

Fez-se sentir, e bem, a greve marcada para hoje. Esperemos por amanhã para ver no que dá.
Ainda assim, há alguns aspectos que devem ser referidos, no tocante ao dia de hoje.
O primeiro aspecto a destacar é a forma como são tratados os funcionários que fazem greve. Como se não houvesse desconto no salário dos dias em que fazem greve, nem fosse um direito constitucionalmente garantido, qualquer trabalhador do Estado não se livra de ouvir umas quantas acusações, a meu ver, infundadas. Coisas como: "são parvos, não? Marcam a greve para 5ª e 6ª para terem um fim-de-semana porreirinho", ou mesmo "nós é que pagamos", isto quanto às greve dos transportes públicos. Nesta matéria estou muito à vontade para dizer que quem fala assim arrisca-se a que as afirmações, independentemente da relevância que tenham e terão certamente, caiam em saco roto. Estou, porque tenho família na administração pública e ninguém fez greve e ainda porque defendo que tem de haver, obrigatoriamente colaterais quando ocorrem greves. Quanto aos dias da semana, só se fosse marcada greve para quarta-feira, nesse dia só, é que não haveria falatório. Se fosse segunda, era fim-de-semana prolongado, se fosse terça era porque aproveitavam e faziam ponte da greve, se fosse quinta, faziam ponte sexte e se fosse sexta era fim-de-semana prolongado. Quanto aos prejudicados, há transportes alternativos. Por outro lado, compreenda-se que, se é um direito constitucional, pode ser feito, é feito e ninguém desrespeita a lei. Tudo o que tem causa tem efeito.
Um segundo aspecto prende-se com os números. Sindicatos puxam, Governo desce-os, ninguém sabe. Não se pode confiar em ninguém.
Por fim, os resultados. Se é verdade que é tudo legal, tudo se resolve e por aí em diante, alguma greve deu resultado, isto recentemente? Para haver concretização de objectivos, o sindicalismo tem de ser mais influente, dominar, concretizar. Cada classe tem de ser protegida, independentemente de estar no sector público ou privado, independentemente da forma como é vista pelo resto da sociedade.

2 Comments:

Blogger epb said...

olha, eu tava a brincar tá bem!
Tem que se mandar sempre aquela piadinha ao funcionário público.
Eu respeito bastante as greves e defendo que se façam, mesmo que às vezes, até muitas vezes, não concorde com o motivo pela qual são feitas.
abraço

2:30 AM  
Blogger Лев Давидович said...

Oh caro companheiro da blogosfera, achas que me referia a ti? Já te conheço há 3 anos e sei bem o que queres dizer quando falas, disso não haja dúvidas.
Este post era só uma exposição de argumentos, com prós e contras, sem Fátima Campos Ferreira, para se perceber onde é que se quer chegar.

12:55 PM  

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