Saturday, April 30, 2005

Para ler só depois das 2 da manhã

Volto, com este post, á minha fase instrospectiva, sendo que só deve ler isto quem realmente achar interessante opiniões sobre coisa nenhuma...
Encontro-me, pois, numa madrugada de sábado onde acordei para um pensar sem pensar. Acordei para uma realidade da vida: o tempo.
Não se pode fugir dele, é inevitável.
Hoje creio que não fiz nada de útil neste tempo que passei na terra. Comi, dormi, discuti, sofri...
Nem amei, nem senti, não acreditei, nada, nadinha...
Cresce-me a barriga e isso é um sinal. Estou gordo da preguiça, do fare niente, da paragem a que me submeto diariamente. Sou um barrigudo folgado.
Não fiz nada por mim, sou um ser dependente. Se partisse hoje, não teria como sobreviver.
Sou nada. Quando muito um pedaço singelo de matéria.
A minha vida não encheria 2 páginas de um livro de bolso. Uma bola de futebol é 100 vezes mais interessante que eu.
Mas, impressionante, sei isto e não me irrito.
Não me irrita ser nada...
Porquê???
Porquê???
Sei porquê: não sei ser de outra maneira.
Não me vejo magro, sábio, simpático e feliz sempre.
Não sou assim, não sou assim.
Sou o que disse. Sou quem sou.
O mundo é redondo, tudo volta, numa volta completa á esfera...
Creio que o sei hoje.
Agora, o fim está longe.
Admiti o que sou, sei o que sou.
Acabou-se o carpe diem, acabou-se a ilusão de que vivo feliz.
Não.
A minha vida é obesa.

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