Ramificios do Medo
Já dizia o filosofo: O Medo e Eu somos irmãos gemeos".
Hoje presenciei uma manifestação de Medo puro, e isto deu-me para reflectir, já vem sendo habito.
Passa-se na faculdade que frequento. Há, como em tudo, responsáveis para as mais diversas actividades, neste caso específico, os responsáveis da praxe académica são os pontos sobre os quais cai a minha reflexão.
A "Tertulia", como se auto-intitulam, é a grande organizadora do dia de praxe: a ela cabe idealizar, tornar disponíveis certos meios e concretizar a chamada "integração no meio". Isto é muito bonito, mas quem conhece o processo, como eu, sabe que a teoria é mais bonita que a prática. Para além de ser privado de almoço e ser sujeito a bizarras tarefas, foi, no final do acontecimento, condicionada a minha vida estudantil naquele establecimento. No culminar do evento, foi-me dada uma "prenda": Um diploma. Este diploma serve para não voltar a ser praxado. Quer então dizer que se não apresento este diploma volto a sofrer as consequencias daquele dia. É bonito e original.
Nos últimos dias esta "organização" visitou o anfiteatro, que costuma ser o local onde são ministradas as aulas teoricas, e obrigou-nos a permanecer e a responder a um testes com perguntas ainda piores que o conteudo deste blog. Veja bem o leitor.
Para além de ter perdido a Comboio, senti que estou nas mãos de vermes. Quer então dizer que se quisesse sair não sairia? Quis e não sai...
Aqui começa um dos ramificios...
Hoje, surge o boato de nova visita. No seio dos caloiros presentes na sala instalou-se um pavor que se podia apalpar. Entre o meu grupo de amigos chegava-se até a pôr a hipotese de sairmos mais cedo ou então mudar de lugar, mais para o pé da porta.
Foi a gota de àgua. Agora que escrevo vejo que estamos subordinados a um grupo de frustrados, idiotas e prepotentes, que vê naquela "fossa" uma realização pessoal.
Vou resumir: É o Medo que cinge a nossa capacidade de reacção. Dele apenas podemos esperar nada. Graças a ele somos submissos e cobardes.
Mas agora pergunto: Porquê esta reacção???
A resposta é Medo.
Medo de exclusão
Medo de retaliação
Medo da situação
Medo, Medo Medo...
Se a nossa liberdade termina onde começa a do próprio, esse limite é imposto pelo Medo.`
É o Medo que nos faz pensar duas vezes, é Ele que nos obriga a recuar, é ele que não nos deixa pôr a mão no fogo.
Medo é o limite.
Mas como todos os limites, pode ser transposto. Quando isso acontece, temos duas situações: ou o castigo, que corresponde ao sofrer de consequencias, ou então, o derradeiro postulado: A Morte.
Termino, por agora uma primeira reflexão.
Voltarei em tempo útil para uma nova.
Hoje presenciei uma manifestação de Medo puro, e isto deu-me para reflectir, já vem sendo habito.
Passa-se na faculdade que frequento. Há, como em tudo, responsáveis para as mais diversas actividades, neste caso específico, os responsáveis da praxe académica são os pontos sobre os quais cai a minha reflexão.
A "Tertulia", como se auto-intitulam, é a grande organizadora do dia de praxe: a ela cabe idealizar, tornar disponíveis certos meios e concretizar a chamada "integração no meio". Isto é muito bonito, mas quem conhece o processo, como eu, sabe que a teoria é mais bonita que a prática. Para além de ser privado de almoço e ser sujeito a bizarras tarefas, foi, no final do acontecimento, condicionada a minha vida estudantil naquele establecimento. No culminar do evento, foi-me dada uma "prenda": Um diploma. Este diploma serve para não voltar a ser praxado. Quer então dizer que se não apresento este diploma volto a sofrer as consequencias daquele dia. É bonito e original.
Nos últimos dias esta "organização" visitou o anfiteatro, que costuma ser o local onde são ministradas as aulas teoricas, e obrigou-nos a permanecer e a responder a um testes com perguntas ainda piores que o conteudo deste blog. Veja bem o leitor.
Para além de ter perdido a Comboio, senti que estou nas mãos de vermes. Quer então dizer que se quisesse sair não sairia? Quis e não sai...
Aqui começa um dos ramificios...
Hoje, surge o boato de nova visita. No seio dos caloiros presentes na sala instalou-se um pavor que se podia apalpar. Entre o meu grupo de amigos chegava-se até a pôr a hipotese de sairmos mais cedo ou então mudar de lugar, mais para o pé da porta.
Foi a gota de àgua. Agora que escrevo vejo que estamos subordinados a um grupo de frustrados, idiotas e prepotentes, que vê naquela "fossa" uma realização pessoal.
Vou resumir: É o Medo que cinge a nossa capacidade de reacção. Dele apenas podemos esperar nada. Graças a ele somos submissos e cobardes.
Mas agora pergunto: Porquê esta reacção???
A resposta é Medo.
Medo de exclusão
Medo de retaliação
Medo da situação
Medo, Medo Medo...
Se a nossa liberdade termina onde começa a do próprio, esse limite é imposto pelo Medo.`
É o Medo que nos faz pensar duas vezes, é Ele que nos obriga a recuar, é ele que não nos deixa pôr a mão no fogo.
Medo é o limite.
Mas como todos os limites, pode ser transposto. Quando isso acontece, temos duas situações: ou o castigo, que corresponde ao sofrer de consequencias, ou então, o derradeiro postulado: A Morte.
Termino, por agora uma primeira reflexão.
Voltarei em tempo útil para uma nova.
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