Saturday, November 20, 2004

A crónica

Esta é a pedido do meu amigo faze.
Trata-se da minha 1ª experiência com o perigo que são os encontros às escuras. É a minha tradução para blind dates.
Tudo começa numa natural festa de anos.
Convidado que fui para comparecer, lá estava à hora marcada, eu e mais uns camaradas de turma. Fui uma tarde bem passada, bebeu-se comeu-se e jogou-se.
Fui na terceira das supra citadas actividades que começa a minha história. Estava eu empenhado num grande jogo de matraquilhos, até que sou apresentado à famosa tia do aniversariante, tinha a particularidade de ser mais nova que ele, cerca de 2 ou 3 anos, não me recordo.
Estranho, fui logo a mim que ela foi falar primeiro, o que ate hoje não mais aconteceu.
Bem, daqui não há mais a dizer. Acaba a festa, segue-se a vida normal, um ano escolar e no final, as férias. Fui de férias e no regresso, parado que estava na estação de serviço da Covilhã, recebo uma mensagem do aniversariante: Tinha uma pretendente, que tinha estado na festa de anos dele e me tinha visto com bons olhos...Depois de boa insistencia, lá me contou que era a tia dele. Confesso que a ideia era macabra: se eu, por alguma hipotese, casasse com a rapariga, o meu colega seria meu sobrinho, meu deus.
Cheguei à escola, todos sabiam. Fui o alvo de gozo, saudável,claro, mas fui.
Até se realizar nova festa, foi assim que se passou.
Mas o dia chegou: o aniversariante convidou-me e disse: ela vai lá estar, eh eh eh.
Fui, apreensivo, mas fui. Entrei, falei à familia e aos convidados, fui jogar consola e então chega a altura pela qual esperei um ano: ela chega.
Corajoso, vou à sala, onde ela (supostamente) estava para lhe falar. Qual não é o meu espanto, vejo-a no corredor.Foi uma reacção, por parte dela, bastante simples: Cara de susto, meia volta e fuga. Eu fiquei uns bons 2 minutos a tentar recompor-me, depois segui o caminho de volta.
Pergunta o amigo leitor:não fizeste mais nada? Respondo: Fiz, claro, a festa não acabou ali.
Foram momentos de trocas de olhares, gestos e mais nada. Nem ai nem ui.
Um ano de gozo, um ano de paródia, para culminar disto. O desprezo foi o corolário disto.
Hoje riu-me, claro, porque sei bem a cara que me foi lançada, eh eh.
Mas este foi o ponto de partida para um futuro de (des)encontros que os chat rooms me criaram. Mas essas histórias já eu contei.
Como dizia a apresentadora: Tenham uma boa vida. Eu tento

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