Monday, November 15, 2004

O ser e o dever ser

Nas minhas aulas de Direito temos falado bastante de ser e dever ser.
Hoje trago parte desta discussão a público, para o bom leitor perceber alguns dos meus pontos de vista.
Tudo começa nos famosos flog que se propagam como cogumelos na rede.
Tive a honra de pertencer a uma turma que tinha alguns elementos manifestamente amados ou adorados, era de extremos.
Posto isto, começa a minha dissertação: foi colocado num flog dedicado a minha antiga turma uma foto de alguém que era, precisamente, odiado(a).
Isto deu azo às mais "barulhentas" manifestações. Contra aquela presença, mesmo que só em foto, é inaceitável para as pessoas aparecer ali aquela figura. Para eles isto é um dever ser, ou seja, aquela não deve aparecer ali.
Pois eu quero mostrar a parte do ser. Independentemente de ter sido quem foi, estamos a falar de alguém incontornável da turma. Alguém detentor de uma notável inteligência e até capacidade trabalho. A ela devemos um esforço para se realizar uma viagem de sonho: desde a organização de festas, até a acções pessoais cativantes e ajuda na concretização do baile de finalistas, a ela se devem algumas coisas.
Obviamente há o reverso da medalha: ela criou muitos inimigos devido ao comportamento dificil, separou muita gente e criou mau estar no seio turma.
Mas a história de todo o ser-humano é o que senão isto? Amores e odios são aquilo que nos distingue dos animais. Não podemos esquecer alguém só porque não gostamos dela. Nem pensar, essa pessoa pode conter qualidades inumanas e estupendas.
O ostracismo não é solução. Aquela foto não está ali por acaso. É o tal ser, que de facto é
Assim deve ser.

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