Wednesday, July 05, 2006

Um Zé no Meio de Zés

"Porque é que toda a gente tem que ser o melhor do Mundo?
Porque não o quinto, quarto, terceiro ou segundo?"

Sam, the Kid, disse isto, numa música que costumava ouvir nos meus saudosos tempos de ensino secundário.
Eu acreditava nisto. Qual seria o sentido de ser o maior? O Sumo Pontifice fosse do que fosse?
Hoje achei essa resposta, ou melhor, reencontrei-a.
É que custa muito ser vulgar. Custa ficar pelo caminho, custa não conseguir, não se ser suficiente, custa perder.
Só quem se encontre num estado de capacidade tal, será capaz de me perceber. Será capaz de entender o que é a excelência. Esse devia, de resto, ser o culto base da humanidade. Deviamos procurar em nós só o melhor, procurarmos o que nos distingue do resto dos nossos pares humanos. É que o Homem é um fim em si mesmo. Porquê contrariar isto? É um dogma acertadíssimo! E se o Homem é esse fim, não tem que se associar ás desgraças alheias, tem de lutar para conseguir superar as adversidades. Tem de fugir do que não lhe convém, tem de suprir deficiências. Caramba, tem de ser ele mesmo!!!
Neste momento, não sou eu mesmo. Fujo da realidade que sou há tempo imenso.
Mas há algo que me pode alegar: a onda, que como vai, também vem.
Mas sou só um Zé no meio de Zés...um vulgar humano. Sobressaio? Não. Precisava? Não. O que me faria feliz era conseguir atingir os objectivos a que me proponho.
Mas não.
Nada disso.
Como acreditar em Deus? Se ele existe, serve-me para alguma coisa?
Tenho tudo, inclusivé eu mesmo, contra mim. Não me suporto. Não me suportam.
Vivendi et discendi

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Já dizia Shakeaspeare... Não há nada mais vulgar do que querermos ser especiais...

5:49 AM  
Blogger Macambúzia Jubilosa said...

E aproveitei frase anterior para sub-título, lá no novo espaço. Agora com J.

A resposta ao "Porque".

:)

2:42 AM  

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