Capitalismo vs Comunismo - Parte I
Passados alguns anos, (valentes anos) da revolução de Outubro, o mundo percebe a vitoria do capitalismo. Posso parecer ridículo, claro que a guerra fria acabou há alguns anos. O muro de Berlim caiu, assinaram-se diversos tratados organizaram-se várias cimeiras e pensa-se que a paz e a defesa dos interesses do comum cidadão estão salvaguardados. É mentira. Nada do que se fez foi útil ou humanitário.
Para começar, lançam-se autênticos ataques á mentes menos informadas. Os meios de comunicação, cada vez mais burgueses, persistem numa campanha de aniquilação de todo e qualquer valor de esquerda. Nem mesmo ao mais liberal dos partidos esquerdistas são perdoadas críticas. O jovem consumista, nos próprios jogos que joga no computador é ensinado a odiar a esquerda. Tome-se como exemplo a serie Comand & Conquer. No segundo jogo da serie, Red Alert, podemos optar por duas facções: a facção comunista, comandada por Estaline, cujo objectivo é conquistar toda a Europa e fazer valer uma dura ditadura, e a facção aliada, composta pelas forças Americanas, Francesas, entre outras. Porque têm os Russos de serem os maus da fita? Neste caso, o capitalismo sai vencedor duas vezes: o comunismo é um alvo a abater, logo é feita a apologia do capitalismo, e, por outro lado, o jovem para ouvir toda esta dissertação teve de comprar o jogo. Comprou, gastou, obrigado consumidor.
Obviamente que falar mal do comunismo é natural, eu falo mal do capitalismo. O mal não vem daqui. O mal vem das mentes pouco habituadas a pensar. Enquanto doutrina fácil, sem nada para entender, senão a lógica do lucro fácil, o capitalismo opõe-se ao comunismo. Embora aparentemente fácil, sendo esta uma doutrina que mostra "ás claras" uma defesa do homem enquanto ser-humano, e ele é o centro das atenções, as ramificações que daí derivam são ultra-complexas e só uma mente que reflicta sobre o que ouve, pensa e lê pode entender. O Homem, como tende a utilizar o caminho mais fácil, vai enveredar por uma via que só lhe traz prejuizo e o condena a um estado de servidão permanente.
Claro que falar de servidão é muito vago. Não querendo correr o risco de não me fazer entender, eu explico a servidão em que nos encontramos: Imagine-se um empregado de uma fabrica de uma qualquer empresa de desporto Americana. Como se , necessariamente, sabe, um operário não tem um grande ordenado, alias, os grandes empresarios procuram sempre paises de baixo nivel de vida para implantar as suas fábricas. Vamos estimar que este operário tem um salario bruto de 500 euros. Parece pouco? Não estou longe da verdade, mas continuando. Este operário chega ao princípio do mês, e paga, imediatamente, impostos. Entre descontos, irs e afins, o operário tem agora 300 Euros. Porém com familia, tem que alimentar os filhos e mulher, tem que pagar renda da casa e vestir a prole. Se consegue o leitor fazer boa vida com 300 euros e todas estas contas para pagar, envie uma carta ao ministério das finanças, publique a teoria, e acaba de resolver um problema de anos. Porém, se é como o resto da população, acabou de perceber que com 300 euros, para além de chegar ao fim do mês sem um unico tostão, vê que não comprou nenhum livro, nenhum dvd, não comprou nem um produto que produz na fábrica, de tão caro e aumentado que está no mercado, nem conseguiu simplesmente ir ao futebol, de que tanto gosta. Para além disto, os impostos que pagou servirão para amortizar uma qualquer dívida que o estado tem perante um país de grande desenvolvimento, e esse país, que usa a patria do operário para produzir, recebe o dinheiro do que produz, colhe o proveito dos juros que tem a haver de uma divida antiga, e assim, controla aquela nação. Dessa simples companhia, se algo não estiver do seu agrado, ele desmonta a fabrica e segue para outro sitio. Sendo assim, cria desemprego, o PIB desce, as familias não têm o que comer e o próprio país fica com a "corda na garganta", pois os trabalhadores não produzindo, não trabalhando, não pagam imposto, porque não têm dinheiro. Assim se cria miséria. Pensa o leitor que se trata de uma situação pontual. Antes fosse.
Claro. O visitante deste blog ficará nitidamente irritado, até pelo tamanho do texto, mas pense nisto: embora tenha um computador, porque tem que ter se quer ler estas linhas, se tem um emprego fixo e se até tem alguma qualidade de vida, pense também que o deve alguém. Claro que o sucesso próprio ajuda, mas não é tudo. Vejam-se algumas profissões: Professor. Se é professor deve-o aos alunos que tem. Parte desses alunos nascem de relações frutiferas, são o resultado de uma noite. Outra parte são seres educados por pais trabalhadores que não têm outro remédio senão deixar o filho á responsabilidade da escola. Aí entra o professor que o "guarda" educa e ensina. Se é ele que o faz, não são os país. Se não são os pais é porque o enorme horário de expedientenão o permite. Os pais têm que trabalhar se querem subsistir. Outra profissão: Vendedor. Aqui, a sua inteligência vale pouco, ou nada. Por melhores intenções que tenha, o seu objectivo é vender. Não lhe interessa o cliente, embora se mentalize do contrário. A venda e o lucro resultante é que interessam. Ora, a para vender é preciso haver alguém que compre, alguém que necessite do seu produto. Além disso, deve o dinheiro que ganha a uma doutrina económica que está instalada. Assim como citei duas profissões podia citar outras.
Encerro o meu primeiro comentário ao estado da luta de que fala o titulo. Está em vigor uma doutrina errada, já o comecei a provar.
Para começar, lançam-se autênticos ataques á mentes menos informadas. Os meios de comunicação, cada vez mais burgueses, persistem numa campanha de aniquilação de todo e qualquer valor de esquerda. Nem mesmo ao mais liberal dos partidos esquerdistas são perdoadas críticas. O jovem consumista, nos próprios jogos que joga no computador é ensinado a odiar a esquerda. Tome-se como exemplo a serie Comand & Conquer. No segundo jogo da serie, Red Alert, podemos optar por duas facções: a facção comunista, comandada por Estaline, cujo objectivo é conquistar toda a Europa e fazer valer uma dura ditadura, e a facção aliada, composta pelas forças Americanas, Francesas, entre outras. Porque têm os Russos de serem os maus da fita? Neste caso, o capitalismo sai vencedor duas vezes: o comunismo é um alvo a abater, logo é feita a apologia do capitalismo, e, por outro lado, o jovem para ouvir toda esta dissertação teve de comprar o jogo. Comprou, gastou, obrigado consumidor.
Obviamente que falar mal do comunismo é natural, eu falo mal do capitalismo. O mal não vem daqui. O mal vem das mentes pouco habituadas a pensar. Enquanto doutrina fácil, sem nada para entender, senão a lógica do lucro fácil, o capitalismo opõe-se ao comunismo. Embora aparentemente fácil, sendo esta uma doutrina que mostra "ás claras" uma defesa do homem enquanto ser-humano, e ele é o centro das atenções, as ramificações que daí derivam são ultra-complexas e só uma mente que reflicta sobre o que ouve, pensa e lê pode entender. O Homem, como tende a utilizar o caminho mais fácil, vai enveredar por uma via que só lhe traz prejuizo e o condena a um estado de servidão permanente.
Claro que falar de servidão é muito vago. Não querendo correr o risco de não me fazer entender, eu explico a servidão em que nos encontramos: Imagine-se um empregado de uma fabrica de uma qualquer empresa de desporto Americana. Como se , necessariamente, sabe, um operário não tem um grande ordenado, alias, os grandes empresarios procuram sempre paises de baixo nivel de vida para implantar as suas fábricas. Vamos estimar que este operário tem um salario bruto de 500 euros. Parece pouco? Não estou longe da verdade, mas continuando. Este operário chega ao princípio do mês, e paga, imediatamente, impostos. Entre descontos, irs e afins, o operário tem agora 300 Euros. Porém com familia, tem que alimentar os filhos e mulher, tem que pagar renda da casa e vestir a prole. Se consegue o leitor fazer boa vida com 300 euros e todas estas contas para pagar, envie uma carta ao ministério das finanças, publique a teoria, e acaba de resolver um problema de anos. Porém, se é como o resto da população, acabou de perceber que com 300 euros, para além de chegar ao fim do mês sem um unico tostão, vê que não comprou nenhum livro, nenhum dvd, não comprou nem um produto que produz na fábrica, de tão caro e aumentado que está no mercado, nem conseguiu simplesmente ir ao futebol, de que tanto gosta. Para além disto, os impostos que pagou servirão para amortizar uma qualquer dívida que o estado tem perante um país de grande desenvolvimento, e esse país, que usa a patria do operário para produzir, recebe o dinheiro do que produz, colhe o proveito dos juros que tem a haver de uma divida antiga, e assim, controla aquela nação. Dessa simples companhia, se algo não estiver do seu agrado, ele desmonta a fabrica e segue para outro sitio. Sendo assim, cria desemprego, o PIB desce, as familias não têm o que comer e o próprio país fica com a "corda na garganta", pois os trabalhadores não produzindo, não trabalhando, não pagam imposto, porque não têm dinheiro. Assim se cria miséria. Pensa o leitor que se trata de uma situação pontual. Antes fosse.
Claro. O visitante deste blog ficará nitidamente irritado, até pelo tamanho do texto, mas pense nisto: embora tenha um computador, porque tem que ter se quer ler estas linhas, se tem um emprego fixo e se até tem alguma qualidade de vida, pense também que o deve alguém. Claro que o sucesso próprio ajuda, mas não é tudo. Vejam-se algumas profissões: Professor. Se é professor deve-o aos alunos que tem. Parte desses alunos nascem de relações frutiferas, são o resultado de uma noite. Outra parte são seres educados por pais trabalhadores que não têm outro remédio senão deixar o filho á responsabilidade da escola. Aí entra o professor que o "guarda" educa e ensina. Se é ele que o faz, não são os país. Se não são os pais é porque o enorme horário de expedientenão o permite. Os pais têm que trabalhar se querem subsistir. Outra profissão: Vendedor. Aqui, a sua inteligência vale pouco, ou nada. Por melhores intenções que tenha, o seu objectivo é vender. Não lhe interessa o cliente, embora se mentalize do contrário. A venda e o lucro resultante é que interessam. Ora, a para vender é preciso haver alguém que compre, alguém que necessite do seu produto. Além disso, deve o dinheiro que ganha a uma doutrina económica que está instalada. Assim como citei duas profissões podia citar outras.
Encerro o meu primeiro comentário ao estado da luta de que fala o titulo. Está em vigor uma doutrina errada, já o comecei a provar.
1 Comments:
Meu nome é Rafaella e antes de tudo gostaria de parabenizá-lo pelo texto. Escreves muito bem, trazendo à luz idéias que ficam obscurecidas pelo nefasto sistema denominado capitalismo. Pode-se até mesmo dizer que és dialético inato. Muito bom mesmo!!
Por isso venho convidar-te para participar de nossas comunidades no orkut, que visam mostrar a verdadeira realidade por trás desse sistema elitista.
Eis uma delas:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=9009222
.................................
Mais uma aqui:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=17151100&tid=5311626290313702081&start=1
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