Sunday, July 25, 2004

Ano diferente, iguais tragédias

Até parece que foi ontem que 13 dos 18 distritos Portugueses estavam a arder. No passado verão, de má memória, era este o balanço que se fazia:Portugal estava a arder. Negligência, incompetência e tudo mais. Porém, nada justificava a perda de património natural a que se assistiu.
Hoje, ao chegar a casa, qual não é o meu espanto: "Serra da arrábida em chamas" e "Fogo que destroi casa em Monchique" são as noticias da noite. 
Quer isto dizer que se voltou ao mesmo. Do passado ano, até ao presente verão, nada se fez para prevenir estes incendios. Nem foram trazidos à justiça culpados, não houve resultado nas investigações, não se fizeram as devidas limpezas nas matas, não se investiu o suficiente em equipamento eficiente de combate a fogos. Ou seja, aos olhos de quem viu o que aconteceu o ano passado, o presente ano não apresenta mudanças.
Nem as mensagens do P.R, nem as de Marcelo Rebelo de Sousa, ou mesmo Silvia Alberto, serviram para despertar uma civilização que se encontra inconsciente, insconciente de uma vergonha nacional.
Saliento que quando se sabe, nos noticiários estrangeiros, que Portugal arde, qual braseiro, não se encontra um culpado, pelo contrário, culpados somos todos. O leitor, eu, todos. Nenhum de nós foi capaz de produzir um esforço de prevenção. Nenhum de nós fez nada para evitar. Quando se houve que "Portugal arde", arde um Portugal de Portugueses irresponsáveis.
Posto isto, gostava de estar esperançado, mas não. Temo bem que este cenário se repita durante os proximos verões. Pode ser, que por alguma acção superior, haja justiça e se condenem os incendiários, também eles são assassinos, também eles são violadores, também eles são criminosos! Pode ser, que por alguma acção superior, se perceba o prejuizo que se está a causar á raça humana com estes incêndios.Haja prevenção, equipamentos e bom-senso.
O verão ainda agora começou e as florestas nacionais já estão em sobresalto. O que é que se segue?

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