Imperialismo Mental
Sabe-se, a priori, que o Homem é um animal político. Quem o disse não fui eu, não chego aos calcanhares de semelhante personalidade.
Convém, porém, adicionar algo: é que para além de animal político, o Homem é um animal guerreiro, sedendo de espaço, mais ainda, de conquista, pela guerra, pelo confronto, seja ele de que espécie for.
Quando digo que é indiferente a espécie de confronto, é num sentido simples: não é só pela força física que o Homem impõe a sua vontade.
A proêminencia do intelecto é uma via, deveras, poderosa.
Tal ocorre no quotidiano. No quotidiano podemos sentir o que vos transmito, em muitos aspectos comezinhos:
O exemplo, por excelência, ocorre na vida académica: Quantas e quantas vezes não somos espezinhados pelo conhecimento superior? Quantas e quantas vezes não somos humilhados pelo individuo que tirou, num teste, uma classificação brilhante?
Não que isso seja errado, não o é. A natureza dita esse comportamento.
Para além disto, há um aspecto que é, particularmente, preocupante: Há uma restrição quando queremos ser nós mesmos.
Há uma força exterior que nos compele a ser autómatos, a sermos ninguém, mais uma unidade, sem valor.
O ser-humano está condenado, quando num estado de inferioridade, a não ter acção própria. Está condenado ser permanentemente influênciado, por outros, por fora.
Não somos o que queremos, somos o que fazem de nós.
Num volte face, poderemos deixar de ser párias, para assumir o papel modelador.
Poderemos ser nós senhores do Destino.
Convém, porém, adicionar algo: é que para além de animal político, o Homem é um animal guerreiro, sedendo de espaço, mais ainda, de conquista, pela guerra, pelo confronto, seja ele de que espécie for.
Quando digo que é indiferente a espécie de confronto, é num sentido simples: não é só pela força física que o Homem impõe a sua vontade.
A proêminencia do intelecto é uma via, deveras, poderosa.
Tal ocorre no quotidiano. No quotidiano podemos sentir o que vos transmito, em muitos aspectos comezinhos:
O exemplo, por excelência, ocorre na vida académica: Quantas e quantas vezes não somos espezinhados pelo conhecimento superior? Quantas e quantas vezes não somos humilhados pelo individuo que tirou, num teste, uma classificação brilhante?
Não que isso seja errado, não o é. A natureza dita esse comportamento.
Para além disto, há um aspecto que é, particularmente, preocupante: Há uma restrição quando queremos ser nós mesmos.
Há uma força exterior que nos compele a ser autómatos, a sermos ninguém, mais uma unidade, sem valor.
O ser-humano está condenado, quando num estado de inferioridade, a não ter acção própria. Está condenado ser permanentemente influênciado, por outros, por fora.
Não somos o que queremos, somos o que fazem de nós.
Num volte face, poderemos deixar de ser párias, para assumir o papel modelador.
Poderemos ser nós senhores do Destino.
2 Comments:
Sim, Aristóteles foi um grande Homem e as suas afirmações são de reter. Abordas a questão de dois prismas, o físico e o intelectual:
i) no plano físico concordo que é inevitável o estado de guerra entre o ser humano. Vivemos num mundo onde os bens não existem em quantidade suficiente para satisfazer todos. Mas e se assim não fosse, se as quantidades fossem suficientes será que não haveria luta? Claro que sim dado que o Homem, por natureza, rivaliza com o Homem, procurando sempre uma posição de superioridade e controlo. Há até quem defenda que sem guerra seguir-se-ia a estagnação que, por sua vez, cederia lugar ao ócio que, por sua vez, conduziria à queda das sociedades. A guerra agudiza as capacidades e é um método de selecção natural - os mais fracos tendem a ser subjugados pelos mais fortes.
ii) já no plano intelectual discordo da tua opinião. A meu ver, é o intelecto humano que tende a anular o estádio de guerra, subordinando as necessidades físicas à razão e ao humanismo. Lembrar Platão: o Homem sábio é aquele que se desprende do físico, do material, do empírico, do sentimento.. Ora quem o faz deixará de sentir a necessidade de conquista, de opressão, de se mostrar superior. É esse o objectivo da aprendizagem, desviar o Homem dos instintos naturais e reforçar os vínculos de compreensão e entreajuda.
Agora, esta é a teoria. Lamento concordar que na prática cada vez é maior a segmentação social em função da inteligência, mas essa é uma consequência natural do actual estádio de desenvolvimento. Mas repara, a inteligência é apenas mais uma peça no tabuleiro da segmentação, senão que dizer da riqueza, da posição social ou das crenças?!!
Bom trabalho ;)
"in war, as in society, position is everything"
Caro Curunir, já és meu amigo há um tempo.
Tenho a dizer-te que tens comentários sumarentos.
Agradeço a tua colaboração, mas tenho de fazer 3 observações:
-És um elemento amigo, na medida em que informas o leitor da identidade do filosofo do qual comento uma afirmação (fizeste-o no post anterior, fazes o mesmo agora)
-Tens uma cultura forte
-Lendo o ultimo parágrafo do teu comment, acho que vais em favor da minha ideia, mesmo distinguindo prática de teoria. Elas fundem-se
Obrigado.Esta gerência aprecia comentarios de bom nivel, leia-se, os teus
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