Friday, January 20, 2006

Parece dificil Aceitar a lei

Acabou a campanha. "Algo" que começou há anos, vê agora um fim.
Pela lei eleitoral, o dia anterior à votação não pode ver actos de campanha, nem de propaganda de qualquer espécie. É de lei que tem de haver um dia de reflexão, assim apelidado.
Ao leitor que agora começa a ler, naturalmente pensará que me vou referir a este dia de forma irónica, como fez Nuno Markl, ou de forma mais crítica, à imagem de Vasco Pulido Valente.
Desenganem-se.
Parece, todavia, absurdo comentar algo que é de lei, algo que está instituido há anos. Não é novo, não é de agora.
Parece patológico o problema de todo e qualquer Português com a lei, pelos vistos, seja ela de que espécie for. Se há qualquer coisa que contrarie o interesse ou opinião pessoal, há que denegrir, objectar e castigar. Até pela via humorística se tenta desvalorizar o papel da lei.
Não que queria fazer um ataque ad hominem contra as pessoas que refiro, muito pelo contrário, são veneráveis vultos culturais, cada um na sua area. Ao que me refiro é algo mais simples. É, no fundo, uma cultura enraizada. Uma cultura de desdém, de desgosto.
Por outro lado, objecta-se, critica-se, mas, na verdade, há alguma base que sustente o que é dito? Não.
Acha-se ridículo, acha-se absurdo, devia ter fim, mas a verdade é que o que nos é apresentado são opiniões, sem base, sem nexo.
Não será muito dificil de compreender que em cada Português há um pequeno anarquista que gostava de sentir alguma liberdade (extra).
Se, pela minha parte, achar que a existência de cota indisponível é ridícula, no dominio das sucessões, bem o posso dizer. Mas tenho razão?

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