As Contra-Filosofias
Meus caros, quem disse que o "Homem nasce puro, é a sociedade que o corrompe?" Eu sei. Sei uma coisa pior ainda: Estava irremediávelmente errado.
Eu apenas, face à minha pequenês mental e intelectual, posso responder com uma pergunta: O que é a sociedade senão um amontoado, um conjunto de Homens?
A ser verdade esta teoria, teria que haver uma ovelha ronhosa. Um elemento contra-natura, que servisse para deitar por terra o que é dito. Ao que se vê, a teoria não precogniza esse elemento.
O que proponho é o diametralmente oposto: Não há um único ser-humano que sirva os propósitos que a humanidade necessita. Todos nascem impíos. Acidentalmente, nasce uma espécie de Deus ex Humano. Um Cristo exemplar. Alguém que tem a excepcional habilidade de ser integro, razoável e justo.
Felizmente, a Humanidade não está tão mal como poderei estar a pintar. Assistimos frequentemente ao nacimento e emergência destes exemplares. Finalmente, é em momentos de ruptura que se fazem sentir.
Não vale a pena é, porém, cair no engano. Raras são as almas que possuem esta força nata.
Ao leitor, não querendo parecer mesquinho, é conveniente procurar dentro de si se é assim. Porque uma coisa é certa: se não se nasce diferente, é-se, portanto, igual a todos, com tudo o que isso possa significar.
Mas, por outro lado, nunca é tarde para emendar a mão.
É da reforma interna que se processam as mudanças palpáveis a que assistimos, quando o mundo muda, sempre para melhor.
Eu apenas, face à minha pequenês mental e intelectual, posso responder com uma pergunta: O que é a sociedade senão um amontoado, um conjunto de Homens?
A ser verdade esta teoria, teria que haver uma ovelha ronhosa. Um elemento contra-natura, que servisse para deitar por terra o que é dito. Ao que se vê, a teoria não precogniza esse elemento.
O que proponho é o diametralmente oposto: Não há um único ser-humano que sirva os propósitos que a humanidade necessita. Todos nascem impíos. Acidentalmente, nasce uma espécie de Deus ex Humano. Um Cristo exemplar. Alguém que tem a excepcional habilidade de ser integro, razoável e justo.
Felizmente, a Humanidade não está tão mal como poderei estar a pintar. Assistimos frequentemente ao nacimento e emergência destes exemplares. Finalmente, é em momentos de ruptura que se fazem sentir.
Não vale a pena é, porém, cair no engano. Raras são as almas que possuem esta força nata.
Ao leitor, não querendo parecer mesquinho, é conveniente procurar dentro de si se é assim. Porque uma coisa é certa: se não se nasce diferente, é-se, portanto, igual a todos, com tudo o que isso possa significar.
Mas, por outro lado, nunca é tarde para emendar a mão.
É da reforma interna que se processam as mudanças palpáveis a que assistimos, quando o mundo muda, sempre para melhor.
1 Comments:
A frase é da autoria de Rousseau mas também Hobbes reflectiu sobre ele dizendo que o Homem do Renascimento era o seu próprio lobo. E porquê? Muito simplesmente porque as novas regras e valores éticos,a competitividade feroz e a necessidade de sobrevivência assim exigiam. Se para Descartes todo o conhecimento se provava, dedutivamente, a partir da evidência "penso, logo existo", para Hobbes toda a estrutura política e social derivava de um postulado - essa necessidade de sobrevivência, que por sua vez conduzia ao estado de guerra constante. Para Hobbes era a guerra constante que levava à busca do social. E aqui surge o primeiro ponto de interesse: antes do social já o homem está em guerra, logo, a sociedade surge não para acentuar a guerra mas para a mitigar através da assunção simultânea de direitos e deveres.
A ideia de Rousseau era a de que todos nascemos puros e é o contacto social que nos corrompe. A tendência é a de se concordar dizendo que o quando se nasce estamos em "branco". Seríamos como um disco rígido formatado, receptivos a programação. Qual? A proveniente do que nos rodeia - da sociedade.
Mas será que somos assim tão puros?!! A minha opinião é a de que não o somos. Veja-se o exemplo dos nativos norte-americanos: diz-se que antes do contacto com o Homem branco eram puros, não conheciam o pecado.. Será? Parece-me difícil não conhecerem o ódio, a cobiça, a inveja, a traição.. O ser humano é uma entidade empírica e sentimental, já nasce com estes sentimentos e limita-se a desenvolve-los (uns mais do que outros) consoante a sua vivência social.
Conclusão, não é a sociedade que corrompe o Homem mas o Homem que corrompe a sociedade e que, assim, se corrompe a si mesmo. Esperemos que volte a acontecer o mesmo a que se assistiu no Renascimento, quando, por palavras de Engels:
"gigantes eram necessários e gigantes surgiram" ;)
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