Saturday, November 05, 2005

Liberdade, Igualidade e Fraternidade

São vergonhosos os acontecimentos que, ao longo deste mês, têm assolado Paris e arredores.
De um acontecimento, ainda por clarificar, numa estação eléctrica, onde dois jovens morreram, e um ficou ferido, estalou uma bomba social que deu que reflectir a algumas cabeças, por toda a Europa.
Desde carros incendiados, pessoas feridas, confrontos sociais, actos de vandalismo, está montado um palco de violência, em terras Gaulesas.
Para além dos tumultos, que têm consequências negativas directas para os habitantes, quem sente e observa, pergunta agora: que futuro?
A resposta não é nada fácil. Há alguns aspectos em ter em linha de conta.
Tudo resulta de um longo processo de contínua abertura das fronteiras, a povos exteriores. A imigração não tem limites. Entram todos. Depois de entrarem, pergunta-se, para onde vão? Que vão fazer? Terão empregos?.
A integração é nula, o preconceito e exclusão são totais. Passam a existir cidadãos de primeira e segunda. Passa haver desigualdades, injustiças, miséria, fome. O fosso vai ganhando fundo.
Nenhum ser-humano, digno dessa designação, aceita esta situação facilmente. O resultado? Temos Paris a ferro e fogo.
Num primeiro olhar, a culpa seria dos jovens que levam a cabo estes actos.
Numa segunda perspectiva, sabemos que sim, os autores materiais dos actos são os jovens, mas percebemos que nada acontece sem uma razão. E essa "ratio essendi rerum" é a politica, totalmente errada, de imigração, não só Francesa, mas também Europeia, latu sensu. Inclui-se Portugal, nessa lista.
Todos temos direito a uma vida melhor. Não se questiona isso. Mas como permitir a vinda de outros povos, se é sabido que não será possível criar-lhes as condições que merecem? Não se pode encarar como acto de egoismo o facto de se bloquear a entrada, excessiva, de pessoas de fora.O que prova o que digo é a situação que perante nós temos.
Estas acções terão corolários, e graves. O mais visível será a força que a Direita Europeia ganhará. A Direita demagógica, defensora de uma solução fácil, para problemas deste tipo. Le Pen será lembrado e elogiado, os Franceses cairão num caminho falacioso.
O fim pacífico não está no horizonte. Os políticos e governantes Franceses terão de procurar uma solução que una todos os cidadãos num esforço que ponha fim a estes incidentes. Terá que se proceder a acções rápidas e incisivas. Por fim, terá que se perceber que a situação, como está, não pode continuar. A politica de imigração/integração tem de ser revista e depressa.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home

Gente sem Amor à Sanidade Mental