Saturday, October 15, 2005

And so on

Passaram as autarquicas, com os seus bons e maus momentos.
Há dias escrevi um texto onde exprimia a minha felicidade pelo facto de Avelino Ferreira Torres ter perdido a câmara de Amarante e, portanto, não "mandar" em mais nada deste bocado de Europa.
O momento passou. A semana que se seguiu tratou de trazer aos jornais os mais célebres comentadores e críticos para que estes fizessem o que lhes competia.
Uma verdade foi constatada: O P.S perdeu. É uma realidade. Perdeu.
O que importa agora constatar e perguntar é: contra quem?
Perdeu para o PSD? Para o CDS?
Não.
Perderam-se câmaras à esquerda, mais propriamente, para o PCP.
É um facto bizarro.
Então, pretende-se fazer uma leitura nacional: O PSD é alternativa, o PSD está mais forte. O CDS congratula-se porque tem muitos vereadores, o Bloco segue o exemplo...
O verdadeiro vencedor das autarquicas é o PCP, ou melhor, a coligação democrática unitária (CDU).
Ganhou força, autarquias e prestígio.
Num golpe de mágica e de muito sucesso, destroi-se um rival antigo, através de uma campanha que realça os aspecto menos positivos das medidas de quem está no poder.
Neste ponto, há que referir o seguinte: se Jerónimo de Sousa consegue subir o número de câmaras pela campanha contra o governo, afinal pode haver uma leitura nacional sobre a popularidade do governo, sobre o impacto das suas medidas e resoluções.
O executivo tem que trabalhar acima de tudo, mas não é de descurar qu, á sua esquerda, estão mais difíceis e poderosos adversários.
Se antes, numa eventual dificuldade de formar governo, haveria possiblidade de coligação, agora se sabe que há luta eternas e que certas forças nunca se encontrarão fundidas

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