Findas as férias, volto. Volto a este serviço cívico.
A meu ver, Setembro começa bem, ainda que não comece com nenhuma novidade, própriamente dita. Para ser mais específico, a novidade tem 80 anos, muita experiência, no mundo político. É alguém que conhece as manhas, os truques e dicas que levam qualquer comum cidadão a transformar-se em alguém de suma importância. Os meus leitores não estão desatentos e sabe, decerto, de quem estou a falar.
Num discurso actual, cativante, proferido no meio de algumas adversidades tecnológicas, Mario Soares anunciou, de forma oficial, que está pronto e em forma, para suceder ao Dr. Jorge Sampaio, no cargo de mais alto magistrado da nação.
Irónico, sagaz, sobe abordar, com classe, todas as temáticas e todas as consequências da sua candidatura.
No meu entender, é essencial que este vulto se erga e volte. Para além de todas as acusações e problemas que a candidatura levante, o país, os partidos e as pessoas sabem que se trata da pessoa certa para combater a direita, no combate pela presidência da República.
Lamentavelmente, penso que parte em desvantagem. É tudo uma questão de status. Habemus: Crise, descontentamento, enganos, desilusões e sobretudo um fantasma: O do Dr. cavaco Silva.
A meu ver, trata-se da parte mais engraçada e curiosa da questão, que, de resto, acontece sempre que de fantasmas falamos. Repare-se: Não há certezas, o Doutor ainda não se pronunciou, todos falam dele, ninguém o vê.
Há uma espécie de força invisível que compelirá, eventualmente, Cavaco a avançar.
Dogma: Portugal anseia pelo derradeiro combate entre as duas últimas personalidades de maior valor político, da nação.
Acontecerá?
Não costumo jogar na lotaria.
Acredito que haverá um bom, alias, óptimo combate, esquerda vs direita, mas o segundo pugnador, ao contrário do que se pensa, será outro.
A meu ver, quem se encontra na pole position é Marcelo Rebelo de Sousa.
Veja-se o enquadramento, a popularidade e a diferença de idades. Melhor ainda, ninguém se lembra da nulidade política que é o Professor. Excelente comentador, simpático, relativamente acessível, é o típico Presidente wannabe.
Acrescento isto: a verificar-se este contenda, ainda que amigável, quem ganha são os Portugueses. Haverá ideologia, optima comunicação e verdade, de parte a parte.
Num plano mais religioso, imagine-se um Ring, onde dois galos lutam. A maçonaria já apostou no seu, veremos em quem aposta a Opus Dei.