Thursday, March 31, 2005

Termo do Ocio

Este post é dedicado a todos que, como eu, estudam, ou fazem por isso, e a todos que ainda estão envolvidos no meio académico.
Hoje, trata-se do último dia de férias. Não me digam que há o sábado e o domingo. Nesses dias nunca há aulas.
Faço então um apanhado: 2 semanas, comemorou-se a pascoa, conviveu-se, comeu-se, bebeu-se. Em suma, uma inutilidade. Resultados práticos: zero, produção: zero.
Agora finda isso.
O estudante volta, para aquele que será o periodo mais dificil da escola. Não se pense que está tudo decidido. É agora altura de seguir para o sucesso.

Wednesday, March 30, 2005

Não sou da selecção

Leitores, a selecção Portuguesa jogou hoje na Eslováquia. O jogo acabou empatado a uma bola.
O treinador gostou, os jornalistas disseram "muito bem", os comentadores da televisão pública aplaudiram.
Empatamos com a Eslováquia.
Terei eu percebido bem? Ficaram contentes?
Como é isto possível, haja alguém que me explique.
Portugal: Terra de lendas como Eusébio (embora este seja de um Portugal mais africano), Rui Costa, Figo, Néné, Damas, Jordão, como tantos outros; Portugal, vice-campeão europeu, 3 lugar no mundial de Inglaterra, grande lote de jogadores, pátria do melhor treinador do mundo...
Empatámos com a Eslováquia.
Não desprezo esta selecção de leste, merece-me respeito, como qualquer outra.
O busilis é outro: Há comparação futebolistica entre estes dois paises? Haverá? Estou em crer que não. É um pais que tem meia duzia de anos. Tem uma história muito recente. Que individualidades tem para nos fazer frente? Que tradição enverga?
Não é uma selecção que se possa comparar á nossa.
Somos bons, somos melhores.
Empatámos com a Eslováquia.
Que foi isto?
Se tem sido contra a Holanda, cairia o pais numa felicidade brutal?
Estamos a falar de uma selecção sem palmarés, sem ninguém, sem nada...
Este empate é uma derrota e uma vergonha.
É uma vergonha que querem disfarçar. Desde o treinador, passando pelo Presidente, chegando até aos próprios jogadores e culminando na onda que se entrou pós-europeu de futebol, tudo está errado com aquele ramo do futebol. Tudo.
Alguém que ganha 20 000 contos/mês tem o dever de treinar melhor. Qualquer Presidente é melhor que aquele. Que jogadores estes! A quantas substituições de defesas direitos a meio de um jogo estão habituado a ver? Pauleta? Maniche?
Está tudo errado.
Esta mentalidade do "está tudo bem", "deixa andar" e "está garantido" é um cancro.
Esta não é a selecção de todos nós. Digo isto, porque não torço por esta vergonha.
Talvez um dia, quando se perceba que selecções como o México (veja bem) estão á frente desta selecção, no ranking internacional, está tudo explicado.
Talvez seja mesmo melhor agradecer este empate. Faça-se uma festa. Viva a mediocridade.
Ninguém pensa nisto, mas ponham-se 2 escolas á experiencia: uma eslovaca e outra portuguesa. Tem ou não tem o nosso ensino de ser melhor?
Estamos a falar de profissionais.
Já todos esqueceram aquele grande empate com um pais que até me custa dizer...
Faz-se, cada vez que joga a selecção, um apelo á mediocridade, ao pontinho que sirva para passar.
Passou-se uma semana em que foi incutido medo, receio e pavor aos jogadores: cuidado com as bolas altas, ai que bons que eles são...
O melhor jogador, Nemeth, é suplente de uma equipa que o SCP recentemente eliminou da taça UEFA, com relativa facilidade.
Temos medo de um suplente?
Não é esta a minha selecção.

Tuesday, March 29, 2005

O Medo

Já espreita o sol. Já está melhor o tempo. Choveu, choverá, mas por agora temos sol.
Isto respeita ao meu anterior post.
Mas centremo-nos neste.
Falo-vos, hoje, sobre a minha perspectiva do medo.
Curiosamente, é um sentimento muito parecido ao amor, ao sentimento de amar. Eu explico porque. Veja-se: há amor de mãe, amor carnal, fraternal, toda uma gama de "amores", que no geral têm o mesmo nome, mas no caso concreto são bem diferentes. Amor entre mãe e filho ou amor entre namorado e namorada é amor no geral, mas o sentimento será o mesmo? Até ficamos agoniados de pensar confundir amor materno com o outro tipo...
Pois bem, com o Medo passa-se exactamento o mesmo. O Medo, no geral, é sentir receio de alguma coisa. Mas é o mesmo ter medo do escuro e ter medo de perder quem amamos? Não, são coisas completamente diferentes.
Hoje percebo isso.
Há coisas que se dizem e que se escrevem, que nunca mais serão esquecidas. Há consequencias disso. O Mundo pára quandohá crises. Crises entre pessoas, crises entre coisas. Muito do que se passa, passa-se por não ter havido medo.
É o medo que nos impede de dizer o que não devemos, sob pena de sofrermos uma pesada consequência. É o medo que nos trava e nos impede de queimar as mãos, pois sabemos que, quando o fazemos, nos queimamos, temos medo disso. O Medo é uma defesa.
Mas, como em tudo, há o reverso da medalha. Com Medo não há progresso. Da mesma maneira que nos trava e nos impede de fazer o errado, também nos trava e impede de seguirmos em frente. Volta-se à temática da consequência. Há uma dicotomia entre ela e o medo. São um par indissociável.
Já pensaram?
Posso resumir nisto: o Medo é o mais completo dos sentimentos. Tem tudo nele: a força para proteger e a força para retrair. A força para cingir e a força para libertar.
Foi um pequeno pensamento.
Espero que a pascoa tenha sido do vosso agrado, tenha sido "santa", como agora se apelidam as festas religiosas.
Por acaso aprecio o termo.
Alturas como estas, são sempre ideais para meditar um pouco.
Muito bem, eu medito a toda a hora, mas nestas datas, onde se fala de hipotéticos acontecimentos miracolosos, penso no engraçado que terá sido viver aquela época.
Cristo, o primeiro dos Comunistas, deve ter sido alguém extraordinário. Teve uma força que ainda hoje se sente, e de que maneira. Teve uma força que lhe "deu" e "conferiu" actos que hoje espantam.
Teria Ele medo? Acho que não.
Sinceramente, a confirmarem-se os acontecimentos, do que dizia, do que proferia, do que lhe sucedeu, era, de facto, alguém sem medo.
Vejam, o que alguém sem medo, "fez" á história...
Um curso mudado, a data conta-se desde o seu nascimento, é idolatrado por milhões. È uma figura de peso, talvez a mais pesada, perdoem-me o abuso.
Agora, de repente, vejo que o "largar" do Medo criou muitas vedetas e figuras de peso.
Qualquer pessoa que diga mal do regime é considerada sem medo, pois não há nada pior que sofrer as consequências ligadas a esse factor.
Quem lutou por causas.
Quem disse que a terra girava á volta do sol...
É de facto o mais completo, e talvez importante, dos sentimentos.

Monday, March 28, 2005

Mau tempo

Abateu-se o mau tempo.
Sobre mim paira uma negra nuvem...
Para o meu actual momento remeto
A tristeza que a ninguém convém.

A chuva molha a rua
Como as lágrimas inundam o meu rosto
No momento em que minha alma se encontra nua
E despida, sentida a dor que sinto

É o adivinhar de uma nova aurora
Chega um novo espaço
Uma nova Vida, diferente da que tive outrora...
Pelo novo momento tudo faço

Porém, é duro lembrar os póstumos dias de sol
Em que boas eram as horas que passavamos
Naquele espaço virtual, que nos aquecia, como um cachecol
E nossos pensamentos se uniam...

Acabou.
Resta abrir o guarda-chuva
Esperar que acabe esta obra de belzebu
E contornar esta curva.


Peço, desde já, desculpas.
É mau, mesmo muito mau.
Mas, para o meu momento actual, não me lembrei de nada melhor.

Resta dizer que inaugura-se um novo ciclo na minha vida. Hoje chego a uma importante conclusão. O ser-humano é todo ele idêntico. Tem diferenças físicas e pouco mais. O que nos distingue uns dos outros é mesmo a inteligência. Quanto a atitudes vistas no caso concreto, somos todos iguais. Não há volta a dar.
Reagimos de maneiras certas e não há volta a dar.
Constato isso hoje.
Mesmo que as coisas se corrijam, coisa de que duvido, isto é prepétuo. Será sempre, sempre, sempre assim.
Não vou perder mais tempo com isto.
Temos pena.
Nem vou dizer que foi bom enquanto durou.

Thursday, March 24, 2005

Pascoa

O humilde escritor deste flog aproveita para desejar (a todos que delas disfrutem) umas boas férias.
Que o chocolate abunde e as amendoas saibam a mel.



BOAS FÉRIAS !!!

Sunday, March 20, 2005

Ins Kino Gegangen

Por que fase negra passo hoje.
De facto, um dia que até foi bom, da minha optica, e até porque não me sentia particularmente bem, poderia ter sido bem melhor, não fosse o actual desentendimento que tive recentemente, e algumas situações que tiveram lugar hoje, no cinema.
Primeiro que tudo: compra dos bilhetes. Com a minha irmã conversava, quando, até por iniciativa dela, fico acordado que pediriamos bilhetes para um recondito canto, de forma a não sermos perturbados. Assim pedimos, assim fomos atendidos.
Chega a hora, entramos, não sei se foi presentimento, ou outra coisa qualquer, vi o sitio onde me iria sentar e fiquei logo mal disposto. Via naquele sitio especies raras de pessoas que devem ir ao cinema 2 vezes num ano, quando o carcereiro dá folga.
Não sou mulher, mas o meu 6º sentido foi certo.
Durante todo o filme tive o "prazer" de ouvir um comentário audio ás cenas mais "apertadas" do filme. Tratava-se do Aviso 2. Curioso era ver que, no vocabulário daqueles seres, apenas existiam duas palavras: Qualquer coisa como "cousa-se" e "aralho". Claro está que não reproduzo os vocábulos.
E foi isto, todo o filme. Em altos sons.
Imediatamente uma fila atrás de mim, era isto que o destino me reservava...
Vou parecer velho, mas enfim, venha de lá o rótulo: não há cultura cívica. Quando pago para ver um filme, tenho direito a vê-lo em paz e longe de criaturas destas.
A juntar a isto, de boca aberta comem-se pipocas, em estranhos sons se bebem sumos e refrigerantes.
Bem, safou-se o filme. Não está mau. Recomendo a quem quiser passar um bom bocado.
Sou pouco paciente, admito-o. Mas quem paga, tem de ter direito a sossego.
Que haja reserva ao direito de admissão, que sejam proibidos alimentos nas salas de cinema.
Permitam-me o desabafo.
Por aqui me fico.
Aproveitem o periodo que se avizinha.
Percebam o porquê dele, saibam o que aconteceu, ou terá acontecido.
É sempre uma boa altura de acordarem. Ou para uma vida em que se religam à divindade, ou para uma vida mais filosófica, em que procurem alternativas.
Voltando ao "cinema", fica a sugestão, para as cerca de 6 ou 7 pessoas que não viram, graças à parte, "A paixão de Cristo". Não sou crente, mas não faz mal sabermos mais qualquer coisa sobre religião. Aprendi qualquer coisa no filme. O que não compreendi, perguntei a quem "de direito".
Nada mais a declarar.
Até uma próxima.

Friday, March 18, 2005

Pvt

-Epá, desculpa lá, mas não gostei
-Então?
-Não gostei, pronto?
-Mas não gostaste do quê?
-Não gostei simplesmente.
-Mas...
-Epá não tinhas nada que pôr aquelas cenas
-Que cenas
-Cenas que atrapalham
-Mas
-Foi mau
-Ya, o pessoal não anda a gostar
-Não foi isso que eu disse...pronto, até foi, mas não foi o que eu quis dizer
-Tão?
-Desta vez, só desta vez
-Ah
-Mas desta vez não gostei
-Pronto
-vá


Dedicado ás longas e prazerosas conversas com a minha grande amiga, aqui, na net :D

Saturday, March 12, 2005

Ele vem, ele vai

-Meu Deus, aí vem ele...
-Tá a chegar a vez de lhe apertar a mão...
-Mas eu dou-me mal com ele...
-Mandei a foto dele para o Rato...vão pensar q sou cínico...
-Ele tratou-me como uma coisa...Não lhe aperto a mão, viro a cara...
-Não lhe aperto a mão, tenho que ser firme...
-Caramba, estão aqui umas centenas de pessoas...parece mal
-O meu partido é dos sem-medo, vou em frente!
-Já foi o P.M, tá a chegar a hora...
-Aí vem ele...

"Boa sorte"
"Obrigado!"

-Ufff, não custou nada
-Foi rápido e suave, mesmo como eu gosto
-Afinal de contas, quem está no poder sou eu, tenho de ser forte!
-Eu saí do poder, mas tenho de ser forte na mesma!
-Assim como assim, daqui por uns anos volta para aqui, era mau demais
-Não durá lá muito tempo, foi pelo melhor.
-Já comia qualquer coisa...
-O moço dos croquetes tem um ar apetitoso...
-Esta barriguinha não se sutenta assim...
-O dos pasteis de bacalhau também ia...
-Bem, vamos lá abastecer
-Pode ser que ele goste de pessoas famosas...


Que dialogo triste...
Gente sem Amor à Sanidade Mental