Thursday, December 30, 2004

Um melhor Ano Novo

É hoje. O último dia do ano chegou.
Ao fim de 365 dias, chega o momento que, para alguns, significa uma transição, ou até uma mudança de vida.
Ao soarem as 12 badaladas vira-se um página no livro da História.
Não foi um ano fácil, para ninguém.
Portugal termina o ano com 500 000 desempregados, um governo, ou ex-governo, contra o Presidente da República e um sentimento de insatisfação geral.
Apesar de um Euro 2004 bem sucedido e uma boa campanha no Jogos Olimpicos, Portugal quer qualquer coisa mais.
Acima de tudo mais dinheiro. Não se pode permitir que se mexa com o fundo de pensões. Mais humanidade. Na altura em que o Governo de Durão Barroso foi eleito não se ouviu, uma unica vez, da sua boca, a palavra "pessoas". Até hoje, só ouvimos falar em défice, contas públicas, presidente malvado e outras tantas coisas...Há lugar para o Português? Há lugar para se pensar naquele que passou um Natal mais "apertado"? Há lugar para pensar porque é que as vendas de carros de luxo sobem, e em Vale do Ave não há dinheiro para uma simples despesa de mercearia? Há lugar para isto?
Quando falo, parece-me que só me estou a lembrar de coisas más. É bem verdade. O Mundo não é só desgraças. Nada disso. O melhor exemplo é o do dono do Chelsea, o patrão o emergente Mourinho, o russo Abramovich. Para ele não há tristeza, é verdade. Com ele, podemos pensar que o mundo não é só desgraça, é um facto. O capital gasto naquele clube de bairro dava para matar a fome a milhares, comprar um pais de 3º mundo e ainda ir jantar fora durante 1000 anos ao melhor restaurante. O mundo é belo.
No ano que se avizinha, Os Portugueses são chamados às urnas, por 3 vezes. Deixo aqui o meu apelo: não faltem à chamada. Não deixem que decidam por vocês. Votem em consciência e em verdade. Pensem, ainda que não estejam habituados a fazê-lo.
Não é altura de me pôr com sentimentalismos idiotas e patéticos, mas é que chega um novo ano e gostava de não saber a percentagem de abstenções.
É um momento fulcral para avaliar e reprovar um governo que atestou a incompetência da Direita. É altura de encostar ao eixo da via. Para bom entendedor...
Para além de apelos, vou deixar os meus votos.
Que o Dinheiro não falte,
Que a Saúde não escasseie
Que o amor vos visite
Que a felicidade não se escape
Que 2005 seja aquilo que 2004 não foi. Que agora, mais que nunca, se abram os olhos e se entenda que se vive no século XXI, já não é altura de haver manipulações, violência nem guerra. Há flagelos que têm de ter um fim.
A minha luta está definida, os meus desejos também.
Façam o mesmo.
Um melhor 2005.

Saturday, December 25, 2004

Já Passou

Recomendo este posto só aqueles que me conhecem, ou quem pensam que conhecem.
Passou a quadra natalicia. Ok, já sei que falta o dia de Reis, há mais umas "coisas", mas o essencial esfumou-se...
Doi perceber isto.
Ano após ano verifico que algo passa...O entusiasmo foge...As pessoas perdem o fulgor...
É um sentimento, não pode ser explicado, tem que ser vivido.
Apenas escrevo hj, dia de Natal, para apelar a vivacidade e à luta. Não por estarmos em baixo que acaba tudo...
Outro ponto: Entendi o consumismo na quadra.
Já não há comunicação. As pessoas não se entendem entre si...Tem que haver algo que mostre uma reciprocidade amorosa entre duas almas, sejam familia, amigos ou namorado: eis a deixa da prenda, recolocar o que falta entre duas partes.
Aqui me fico.

Saturday, December 18, 2004

O Crepusculo Estundatil

Caros leitores: Estou de férias.
Chegou finalmente o periodo mais desejado por toda a gente que, ainda que pouco, faça alguma coisa. Falo mais própriamente do estudante, que vê neste momento uma oportunidade de relaxar e voltar a acompanhar a materia.
Tenho que dizer várias coisas.
Começo, então, pelo principio: Acabo de regressar de um jantar muito animado. Os convivas eram os meus ex-colegas, da minha turma de 9º ano.
Foi muito bom.
Revê-los foi verificar a natural evolução do Homem e da vida deste. Todos estavam diferentes. Uns mais gordos, à minha imagem, outros mais magros, uns mais saidos da casca outros nem por isso, embora a essencia lá estivesse, algo estava diferente. Hoje, confirmei algo que venho defendendo há muito: é muito melhor ser cirnaça a vida toda. As responsabilidades aumentam, as complicações também. Todos parecem formigas às portas do inverno sem nenhuma provisão: ocupados, saturados...
Posso aplicar uma metáfora: um homem dá marteladas na cabeça. Estranho, diz o leitor, mas eu explico: é que enquanto aplicava o martela na sua cabeça, o levantar deste era um alivio. As férias são isto mesmo: o intervalo entre uma marretada e a próxima.
Segundo ponto: a vida política deixa-me cansado. Torna-se impossível falar de política com alguém. Já não há ideologias nem ideias. Nada, nadinha. Cheguei mesmo a ouvir, hoje, que o PS não era um partido de esquerda. Quem o disse foi uma grande amiga minha. Não achei mal ela dizer isso, simplesmente percebi que não há conhecimento de doutrinas.
Terceiro: Daqui por uns anos vou ter o prazer de dizer que conheço grandes cabeças nacionais.
Aqui me fico, não há muita inspiração. A vida não é para ser escrita nem contada, é para ser vivida.
Resta-me só dizer uma coisa: foi no ultimo dia de aulas que voltei à filosofia. Fui ordenado a escolher um poema e levar, para a disciplina de história, assim fiz e fiquei a pensar que teorizar aquilo que é prático é um erro.
Sergio Godinho: "Vem-nos à memória uma frase batida: hoje é o primeiro dia do resto da tua vida". Não podia estar mais de acordo.

Saturday, December 11, 2004

Nada haver

Decidi que não vou comentar o actual momento do país, pelo menos até daqui a uns largos tempos. Tudo tem explicação: estou tremendamente revoltado com o protagonismo que está a ser dado ao governo cessante. É escandaloso! Os noticiários são "cheios" com horas e horas de coisa nenhuma. São acções, reacções, contra-reacções e nada adiante. Ninguém parece perceber uma coisa simples: Governo demitiu-se, antes a assembleia tinha sido dissolvida e agora é esperar pelo dia 20 para se fazer e exercer a justiça popular. Não há necessidade de andar a dar protagonismo e audiência a seres que já não representam a esfera governativa em Portugal.
Sendo assim, vou debruçar a minha reflexão noutro tema: Música.
Sou um adorador da música moderna, não desprezando a boa música clássica (simplesmente não tenho grande entendimento sobre a matéria), como tal, ao assistir, como faço todas as semanas ao top +, deparei com algo bastante interessante: o novo album dos u2 continua no 1º lugar.
Sou um fan.
O vocalista, Bono, é alguém que construiu uma bela carreira, baseada em causas e enorme talento.
Como tal, não posso deixar de salientar que a comunidade compradora de música em Portugal está muito bem ciente do que tem, ou não qualidade.
Parabéns.
Outro aspecto, outro tema: Actualidade.
Tive oportunidade de assitir a uma reportagem que me chocou e me fez relembrar uma triste realidade quotidiana: os maus tratos a animais.
Num determinado circo, animais são transportados em condições deploráveis e, em treinos de determinados exercicios, ao mínimo erro, são espancados impiedosamente.
As minhas palavras pouco ou nada podem expressar a minha ira.
Embora não me reconheça um activista nessa luta, sei que a dignidade animal tem cada vez mais ser parecida com a humana.
A propósito dessa descoberta, de maus tratos, um grupo manifestou-se contra estas repugnantes acções. Ao assitir a isto, uma senhora que por ali estava disse o seguinte ás câmaras: Em vez de ali estarem, porque não pagarem um bilhete a uma criança que nunca teve oportunidade de ir ao circo?
A resposta a esta pergunta poderia ser: se lhe dessem tantas cassetadas como estavam a dar ao cão que praticava um exercicio, e eu pudesse assistir a isso, pagava-lhe eu um bilhete para ir ao circo. Haveria de ser giro.
Ok, foi das piores ( senão a pior) coisas que escrevi. Têm que me dar desconto.
Já tou velho para criticar a sociedade, sinto-me já parte dela. Criticar uma coisa da qual de faz parte é duro: primeiro, tem que se ter um grande espirito crítico e conseguir dar a volta, segundo, ser parte de algo que criticamos faz ser igual a isso, o que me faz concluir que são um escroque igual a tantos outros...
Hoje é mesmo para esquecer.
Obrigado a todos os leitores que têm vindo a acompanhar, parabéns a todos os que leram este bocado de coisa nenhuma.

Thursday, December 09, 2004

Falarei

O título é esquisito, bem o sei.
Há uma coisa que me faz duvidar da minha essencia: ainda não falei do tema da ordem do dia: a dissolução do parlamento.
Foi numa visita a um blog, deveras interessante, que me apercebi desta triste realidade.
Vou então opinar, dentro da medida do possível, sobre este complexo e delicado assunto.
Para começar, mostro-me frontalmente contra esta atitude do Dr.Jorge Sampaio, o Presidente da República. Vou explicar porquê: Vivemos há 4 meses com um governo de censura, um governo de lobbies e de corrupção. São 4 meses dificeis para a carteira dos Portugueses, onde foi notório um sacrificio ("prometido" pelo ministro das finanças) que não deu em coisa nenhuma. O primeiro indicador é o relatório do governador do banco de Portugal, Victor Constancio, que desde cedo disse que a retoma estava longe...
Por todas estas razões estou contra a atitude do Presidente...Parece estúpido, irrealiste, apradoxal até, mas não: eu explico.
Se bem estou recordado, foi há 4 meses que o Dr.José Barroso (como gosta de ser tratado) abandonou a nação, deixando-a orfã de governo e mergulhando-a numa crise política.
Nessa altura havia 2 hipoteses: ou se mantinha o Governo de maioria, ou se assumia a crise e partia-se para o cenário de eleições antecipadas.
A opção tomada foi a primeira.
Um presidente vindo de um partido de esquerda, eleito com os votos da esquerda brincou com os Portugueses que tinham esperança numa vida melhor.
Manteve-se no poder um governo, que agora perdera a legitimidade, pois não tinha ido a votos, independentemente de ser dizer que já vinham do passado, facto é que se construiu uma extrutura governativa que nunca tinha sido aprovada. Não me queiram convencer que o Dr.Santana ganharia as eleições, depois do abandono de Durão, não se sabe sequer se seria ele o candidato do PSD.
Instalou-se um Estado do regabofe, Um Estado de "tias", bons vivants" e aparencias.
Volto a avisar: pode parecer paradoxal, mas o que digo terá "remate" digno.
Por todas estas razões, é mais que obvio: é obrigatório dissolver o Parlamento. Não, não é.
Com esta atitude há duas coisas que acontecem: O Presidente "limpa" a sua imagem, e reconcilia-se com a Esquerda, de onde veio, e os Portugueses livram-se de um emplastro político.
Isto tudo é bonito, mas a verdade é outra: O presidente só conseguiu atrasar o País 4 meses: estamos hoje em pior situação.
Dissolver agora o parlamento cheira, tresanda, a manobra pessoal, para que haja boa figura e aparencia.
Pior ainda: Não nos livramos, de vez, do emplastro Santanista.
Vão começar a surgir agora as campanhas contra a pessoa do Presidente, argumentos baseados na falta de tempo e de confiança...para não falar do eleitorado inconsciente que vota em quem melhor fala.
Isto é grave.
É como municiar um canhão que já tem o rastilho acesso. Agora, de incompetente, Santana passa a incompreendido. São os imcompreendidos que se tornam mitos, lideres incontestados e que, pior que tudo, ganham eleições.
Não nos livramos de um problema: arranjamos novos e mais graves.
Portugal é hoje um circo: Desde monstruosas margens de abstenção, passando pelo fenómeno jet-set no poder, culminando num presidente que não acerta uma, já não falta nada para dizer que isto é uma palhaçada.

Saturday, December 04, 2004

Mensagem Natalicia

Caro leitor, é a vinte dias do Natal, assim establecido pela Igreja, que deixo a minha mensagem Natalicia.
Ao contrário do que é costume, não vou falar dos sem-abrigo, da fome no mundo nem da peste negra do século: a SIDA. Não é que estes temas não mereçam devido tratamento e discussão, nada disso, quero este ano que se tome consciencia de uma outra vertente: A Pessoa enquanto ser na sociedade
É a partir do dia 1 de Dezembro que começa a maior corrida, a seguir ao Dakar: Falo da corrida às lojas.
É um fenómeno interessante.
Dinheiro fresco nas mãos dos consumidores, é musica para os ouvidos dos produtores e comerciantes. É ver os cidadãos a acorrerem às lojas para lá deixarem os subsidios, os 13ºs mêses e tudo o mais que possam. Em troca, exigem bens. Bens como perfumes, brinquedos (sobretudo), peças de vestuário e tanto, tanto mais...
Janeiro já não interessa, o dinheiro gasta-se como se não existisse.
Isto faz-me pensar todos os anos.
Determinado dia, ouvi na rádio alguém levantar a questão que levanto hoje. A indignação era notória: pugnava-se pelo fim do consumismo, pelo aumento da caridade e por um fim a este gasto desmedido. Na altura, devo dizer que quem falava me meteu um asco tal, que tive de mudar de sintonia, para me refazer do choque.
Hoje, aquelas palavras fazem um sentido "terrível". Parece que se tratavam de uma profecia, algo inevitável, como o fado é...
Ao fim de alguns anos, cresceu o consumismo, cresceu a procura e cresceram as dívidas entre a população nacional.
Os comerciantes dizem que há crise, dizem que não há venda, não há escoamento...Conversa...
Quem, assim como eu, esteve num centro comercial, no dia 1 deste mês, sabe do que estou a falar: milhares de almas dedicadas ao gasto e à compra cega.
Porquê?
Eu tenho uma resposta, que, está sujeita à discussão.
Tudo vem de uma sociedade de conveniencias: Se alguém comprar, eu tenho de comprar - eis o principio.
Ela não pode ter mais prendas que eu, mãe faz qualquer coisa - eis a atitude.
É da familia, fica mal não oferecer nada - eis o pensamente e a lógica, se é que se pode chamar a isto lógica...
Trata-se tudo de convenções sociais e comportamentos massificados e concertados, que se dão em determinadas alturas do ano.
Na mente está um dever ser na compra, no consumo.
Isto tem dois culpados: o comprador e o vendedor. Tudo se trata de um ciclo vicioso que se vai fortalencendo ao longo dos anos. Ao vendedor cabe criar novas necessidade, a comprador cabe ter algum sitio para gastar o seu dinheiro. Cabe-lhe também passar a ideia de que é "bom" consumir. Vendedor cria, comprador sente necessidade. Comprar, gastar, voltar a comprar, entretanto já pensa de forma ostenciva, quer mostrar mais e mais...
Nos dias que correm é assim que funciona. Já não interessa a companhia, o bem estar, a família e os amigos, o que importa é manter as aparencias e uma falsa alegria.
Não pense o leitor que quero marginalizar os vendedores ou produtores. Eles têm de fazer o seu negócio, são seres-humanos que sobrevivem de alguma maneira. Eu estou a culpar uma sociedade de exageros, uma sociedade de excessos, em que eu me incluo.
Não tem que haver esta procura infinita. Não têm que haver estes excessos.
Quero então deixar o meu desejo para este natal: esqueçam-se as compras, esqueçam-se as horas passadas num shopping a comprar e comprar...esqueça-se tudo isso.
Ao invés de passar essas horas nessas actividades, porque não investir num tempo familiar ou mesmo numa comunidade de amigos?
Na noite de Natal, substitua-se a hora de abertura das prendas por um bom momento de alegria e de união. Um bom jogo, uma boa conversa, um bom convivio.
Parece irónico escrever isto, ainda por cima quem me conhece bem sabe que eu adoro prendas, não o posso negar, de forma alguma.
Quero é que não se excedam tanto os habitos do ano que acaba. Desejo que haja união e não dever, prazer e não obrigação.
Foi, então, a minha mensagem de Natal, a vinte dias do acontecimento, mas quem diz que nunca é tarde, eu digo que nunca é cedo.
Boas Festas

Thursday, December 02, 2004

Vade Retro

Aprecio, definitavamente, um bom génio intelectual e uma cabeça pensante.Porém, é impreterivel dizer algo a todos (os poucos) que ainda me acompanham: Não queiram, nem caiam na tendencia de ser anti-qualquer coisa. Façam-me esse favor.
"Que raio diz este pacóvio", dirá o leitor, com toda a razão. Eu explico: A minha pesquisa pelos imensos blogs da net, levou-me ao encontro de um, detentor de um conteúdo algo peculiar: Á medida que são feitas as crónicas e as críticas a determinado acontecimento, não podemos de deixar de reparar num vertente esquerdista, de louvar, mas também numa repulsa notória pela doutrina comunista.
Não sou ninguém para isto, mas queria esclarecer algumas mentes, sem querer, de forma alguma, influenciá-las:
O comunismo nunca exitiu.
O comunismo poderá existir
O comunismo não é estaline
Vamos por partes.
Pelo facto de ser dizer que a experiencia vivida na URSS era comunista, permitam a um modesto leitor d' "O Capital" que refute isso. O que se assitiu foi a um socialismo bárbaro, sem exemplo e cruel para milhares de almas. Socialismo, não comunismo.
Posto isto, se não existiu, não há hipotese de criticar o seu fracasso. Repare-se, eu não crítico o método de viagem no tempo, por uma simples razão: isso não existe.
Quanto à possibilidade de existir, confesso que estou pouco optimista. Mas eu também sou do Sporting, vivo sem estar optimista, mas de vez em quando, lá vem uma vitória para alegrar a malta.
Terceiro ponto: Quando nos vêm dizer que Estaline era um maléfico ditador comunista, eu digo assim: Fiquem-se pela parte do ditador. Não podemos confundir as coisas.
Explicados que estão os 3 pontos, reservo-me então no direito, afinal o blog é meu, acrescento mais qualquer coisa:
"De cada um, segundo as suas capacidades. para cada um, segundo as suas necessidades". Quem não concorda?
"A religião é o opio do povo". Haverá pessoa mais insensata do que aquela que encontra na religião a resposta para o que não é explicável? Haverá pior cego do que aquele que não quer ver?
São só algumas dúvidas.
Se algum nazi fanático ler isto. bem posso dizer adeus, mas o que é a vida senão uma luta eterna, o que é a História Humana senão uma luta de classes?



Gente sem Amor à Sanidade Mental