Saturday, July 31, 2004

Personalidade do Mês: Julho

É nas primeiras horas de Agosto que é escolhida a personalidade de Julho. O prémio vai para o nosso "estimado" Presidente da Republica, Jorge Sampaio.
Para os que olham com espanto para esta nomeação, eu passo a explicar: Não estou a querer dizer que o trabalho da pessoa em causa foi bom; não estou a dizer que deu provas irrefutáveis da sua competência nem estou a dizer que é a pessoa mais interessante do país. Nada disso. Vai mais além.
Como se sabe, este mês fica ligado com a nomeação de Santana Lopes para o cargo de 1º ministro. Ora, como é sabido, quem foi o responsável desta situação? A personalidade do mês.
Com Santana Lopes, o governo e acções são incognitas: Um populista que ganhou a eleições para a câmara prometendo uma piscina por bairro e uma remodelação do Parque Mayer, não é sem duvida o paradigma da competência, não pelo que prometeu, mas por aquilo que não cumpriu.
Nomeados para certos ministérios temos nomes como Bagão Felix ou mesmo Nobre Guedes. Um homem cujo nome do meio deve ser Capitalista e outro com interesses na expeculação imobiliária. Um nome é o futuro negro dos Portugueses outro é alguém inqualificado para o trabalho, colocado pelos lobies.
Temos então um grupo de dirigentes neo-liberais, de direita, e até extrema-direita a governar. Temos a qualidade de vida das classes inferiores ameaçadas. Intenções de criar um sistema hospitalar misto, de acabar com o chamado "monopolio" do sistema de ensino público são medidas de uma indole demais evidente.
Sendo assim, tenho que nomear para este mês a personalidade responsável por tudo isto, a personalidade eleita pelos votos da esquerda que é contra tudo isto, a personalidade que falhou no momento da verdade: O Presidente da República, o Dr.Jorge Sampaio

Thursday, July 29, 2004

Férias

O aproximar de Agosto trás uma palavra mágica a várias bocas pro esse país fora: Férias. De facto, o 8º mês do ano mostra-se de boa memória: começam as férias, acaba o trabalhinho e até temos jogos olímpicos, este ano.
Porém, fazer férias em Portugal, para o geral Português, é impossível, ou quase. Comecemos por baixo: Algarve. Haverá algum trabalhador nacional que se atreva a ir passar os seus 15 dias de férias num hotel da zona turistica por excelência em Portugal? É obvio que não. Os preços são altissímos, seja nos hoteis, seja nos restaurantes e há ainda uma coisa que me deixa deveras espantado. É que no nosso país, quem realmente é bem recebido e bem tratado é o estrangeiro. No Algarve passa-se isso. O exemplo mais chocante ocorreu, há uns anos, num famoso restaurante algarvio. A potencial cliente entra, senta-se e, desde então, vai travar uma luta contra a espera. É que ninguém a atendeu. Alguns estrangeiros que chegaram depois tiveram direito a serem servidos com todas as regalias. Ou seja, Algarve é uma carta fora do baralho.
Para férias de verão, pouco mais resta, a nivel interno. Temos as costas, de norte a sul, o campo, mais no interior e as famigeradas zonas rurais .
Quanto ás costas, há de tudo um pouco: o turista pode encontrar magníficas praias rodeadas de magnificos e acessíveis restaurantes, ou então, miseráveis praias, onde o cenário involvente é tenebroso. É frequente a sujidade,  a exploração a que o comprador é sujeito, se quiser adquirir uma garrafa de água no bar da praia e ainda a delicadeza dos ocupantes do espaço, com factos como o desrespeitar da privacidade do utente da praia a serem bem reais.
O campo, devo referir, é o meu preferido. Quando falo em campo, falo no sentido lato, areas verdes, locais onde ainda se respira bem. Temos a Serra do Gerês e da Arrábida como exemplos. Em ambos os sítios se passam bons momentos, não são locais de particular exploração da classe mercantilista circundante, ou seja, são de considerar.
Por fim, as zonas rurais. Frequentemente chamados de Santa Terrinha, os locais da genese do turista têm alguma procura.
Conclui-se uma coisa: O português que queira fazer umas férias de qualidade em Portugal tem de se ver cara-a-cara com várias lutas: A exploração pelos comerciantes, que aproveitam a quadra para subir preços, as condições do espaço, sendo frequente a poluição, e ainda o desprezo de que pode ser alvo.
Era preciso isto? Um país magnífico, cheio de belezas naturais, de história e gente simpática, é um país que deve ser usufruído pelos seus habitantes. Mas parece que nesta altura, o português não importa.

Tuesday, July 27, 2004

O Programa de Governo

Já apresentado ao P.R, o programa de governo mostra as linhas mestras pelas quais se vai reger o executivo que (não) foi eleito.
Isto já toda a gente sabe. Porém, o que é desconhecido é o seu conteúdo. Neste caso, mais valia permanecer na ignorância. Mais valia seguir o caminho de Sófocles.
A minha opinião pessoal é que este programa parece o manifesto da "neo-direita". Camuflada e disfarçada, ela surge em documentos como este.
O príncipio do documento contém uma mensagem de optimismo. Diz-se, inclusivamente, que os Portugueses "ganham de novo confiança". Isto talvez se deva á polémica que houve no assunto eleições: uma esmagadora maioria a pedir o funcionamento das instituições democráticas, ou seja, pedindo eleições. Talvez essas pessoas, esses portugueses tenham a "confiança" que haja um acto superior e que sejam removidos do tabuleiro de jogo o cavalo, bispo e rei.
Isto é só o principio. Na qualidade de estudante, que ainda sou, dei particular atenção ao Ponto IV, onde se fala de educação. O escandalo começa onde se refere que o monopólio das escolas públicas não é um aceitável. Hoje, o deputado de B.E, Francisco Louçã, ainda citou o problema, mas não foi suficiente. Mas este modelo não é desejável porquê? Porque gasta dinheiro do estado? É uma "ajuda" ao sector privado, transformando a escola numa empresa? É triste. A escola tem de ser uma institução estatal. O estado tem de ser responsável pela educação dos seus cidadãos, ou futuros cidadãos. Como é que uma família, de pequeno e médio rendimento, aguenta educar os filhos? Não tem dinheiro para mandá-los para a escola, isto quer dizer que não podem estudar. Não podem estudar vão trabalhar. Como têm falta de habilitações, os únicos cargos que podem desempenhar são os que involvam força e esforço físico. Ou seja, a mão de obra infantil, embora ilegalmente, passa de novo a ser usada. Isto dá a impressão que não se evoluiu desde o século XVII, século da revolução industrial. Embora o documento diga que tem que haver um equilíbrio entre sector público e privado, já se sabe o que sito significa: a criação de um ensino de primeira e um ensino de segunda. isto é gravíssimo. O ensino de primeira deveria ser o do estado. Dessa maneira ganhava o cidadão e ganhava o país, pois este facto seria um claro indicador do grau de evolução da nação.
Se falei em declives, o governo prentende acentuá-los ainda mais. O executivo propõe-se a avaliar o resultado das escolas. Isto ja acontece, na medida em que a media do resultado de exames de cada escola é publicado no jornal. Isto gera á partida uma situação: os país, como protectores dos filhos, vão, a todo o custo, querer matricular o filho na escola mais bem cotada. Isto parece bem, mas estamos a esquecer outra coisa, como fica o resto das escolas? Perderão valor professores que tenham fracos alunos, o prestigio e confiança que lhes foi conferido pelo curso que completaram? É desprezar e criar escolas de primeira e segunda, quando a prioridade seria que todas fossem de primeira e ultra- positivas na educação do discente.
Quanto a ensino secundário, o resto está praticamente incluido no meu ideal de ensino, mas o que é grave é que nunca se vai cumprir. Dinamizar o desporto escolar ou instituir a rede via internet entre professores são miragens. Para isto acontecer é preciso investir. Alguém vê dinheiro a ser investido na educação?
Ensino superior: fala-se muito na internacionalização do ensino. Tem dois polos. O polo positivo, é que a interacção sempre, ou quase sempre, foi positiva e trouxe beneficios ás duas partes intervenientes. O polo negativo é a aproximação á globalização. Como forma de manifestação burguesa, é preciso ter cuidado. É aqui que tudo começa. O aluno de ensino superior é ensinado a lidar com a globalização quando deveria ser ensinado a lutar contra ela. Deveria ser ensinado sobre quais as suas caracteristicas, quais os seus efeitos e como é possível fazê-la desaparecer. O programa de governo, á boa maneira da direita, faz um ponte entre ensino e capitalismo.
Posto isto, o programa de governo pode ser consultado em www.publico.pt .
Uma coisa é certa: a direita está no poder. Como pilares da democracia, resta aos votantes lutar, como podem, pelos seus direitos. Votem quando forem chamados a votar, lutem quando forem chamados a lutar 

Sunday, July 25, 2004

Ano diferente, iguais tragédias

Até parece que foi ontem que 13 dos 18 distritos Portugueses estavam a arder. No passado verão, de má memória, era este o balanço que se fazia:Portugal estava a arder. Negligência, incompetência e tudo mais. Porém, nada justificava a perda de património natural a que se assistiu.
Hoje, ao chegar a casa, qual não é o meu espanto: "Serra da arrábida em chamas" e "Fogo que destroi casa em Monchique" são as noticias da noite. 
Quer isto dizer que se voltou ao mesmo. Do passado ano, até ao presente verão, nada se fez para prevenir estes incendios. Nem foram trazidos à justiça culpados, não houve resultado nas investigações, não se fizeram as devidas limpezas nas matas, não se investiu o suficiente em equipamento eficiente de combate a fogos. Ou seja, aos olhos de quem viu o que aconteceu o ano passado, o presente ano não apresenta mudanças.
Nem as mensagens do P.R, nem as de Marcelo Rebelo de Sousa, ou mesmo Silvia Alberto, serviram para despertar uma civilização que se encontra inconsciente, insconciente de uma vergonha nacional.
Saliento que quando se sabe, nos noticiários estrangeiros, que Portugal arde, qual braseiro, não se encontra um culpado, pelo contrário, culpados somos todos. O leitor, eu, todos. Nenhum de nós foi capaz de produzir um esforço de prevenção. Nenhum de nós fez nada para evitar. Quando se houve que "Portugal arde", arde um Portugal de Portugueses irresponsáveis.
Posto isto, gostava de estar esperançado, mas não. Temo bem que este cenário se repita durante os proximos verões. Pode ser, que por alguma acção superior, haja justiça e se condenem os incendiários, também eles são assassinos, também eles são violadores, também eles são criminosos! Pode ser, que por alguma acção superior, se perceba o prejuizo que se está a causar á raça humana com estes incêndios.Haja prevenção, equipamentos e bom-senso.
O verão ainda agora começou e as florestas nacionais já estão em sobresalto. O que é que se segue?

Saturday, July 24, 2004

Capitalismo vs Comunismo - Parte I

Passados alguns anos, (valentes anos) da revolução de Outubro, o mundo percebe a vitoria do capitalismo. Posso parecer ridículo, claro que a guerra fria acabou há alguns anos. O muro de Berlim caiu, assinaram-se diversos tratados organizaram-se várias cimeiras e pensa-se que a paz e a defesa dos interesses do comum cidadão estão salvaguardados. É mentira. Nada do que se fez foi útil ou humanitário.
Para começar, lançam-se autênticos ataques á mentes menos informadas. Os meios de comunicação, cada vez mais burgueses, persistem numa campanha de aniquilação de todo e qualquer valor de esquerda. Nem mesmo ao mais liberal dos partidos esquerdistas são perdoadas críticas. O jovem consumista, nos próprios jogos que joga no computador é ensinado a odiar a esquerda. Tome-se como exemplo a serie Comand & Conquer. No segundo jogo da serie, Red Alert, podemos optar por duas facções: a facção comunista, comandada por Estaline, cujo objectivo é conquistar toda a Europa e fazer valer uma dura ditadura, e a facção aliada, composta pelas forças Americanas, Francesas, entre outras. Porque têm os Russos de serem os maus da fita? Neste caso, o capitalismo sai vencedor duas vezes: o comunismo é um alvo a abater, logo é feita a apologia do capitalismo, e, por outro lado, o jovem para ouvir toda esta dissertação teve de comprar o jogo. Comprou, gastou, obrigado consumidor.
Obviamente que falar mal do comunismo é natural, eu falo mal do capitalismo. O mal não vem daqui. O mal vem das mentes pouco habituadas a pensar. Enquanto doutrina fácil, sem nada para entender, senão a lógica do lucro fácil, o capitalismo opõe-se ao comunismo. Embora aparentemente fácil, sendo esta uma doutrina que mostra "ás claras" uma defesa do homem enquanto ser-humano, e ele é o centro das atenções, as ramificações que daí derivam são ultra-complexas e só uma mente que reflicta sobre o que ouve, pensa e lê pode entender. O Homem, como tende a utilizar o caminho mais fácil, vai enveredar por uma via que só lhe traz prejuizo e o condena a um estado de servidão permanente.
Claro que falar de servidão é muito vago. Não querendo correr o risco de não me fazer entender, eu explico a servidão em que nos encontramos: Imagine-se um empregado de uma fabrica de uma qualquer empresa de desporto Americana. Como se , necessariamente, sabe, um operário não tem um grande ordenado, alias, os grandes empresarios procuram sempre paises de baixo nivel de vida para implantar as suas fábricas. Vamos estimar que este operário tem um salario bruto de 500 euros. Parece pouco? Não estou longe da verdade, mas continuando. Este operário chega ao princípio do mês, e paga, imediatamente, impostos. Entre descontos, irs e afins, o operário tem agora 300 Euros. Porém com familia, tem que alimentar os filhos e mulher, tem que pagar renda da casa e vestir a prole. Se consegue o leitor fazer boa vida com 300 euros e todas estas contas para pagar, envie uma carta ao ministério das finanças, publique a teoria, e acaba de resolver um problema de anos. Porém, se é como o resto da população, acabou de perceber que com 300 euros, para além de chegar ao fim do mês sem um unico tostão, vê que não comprou nenhum livro, nenhum dvd, não comprou nem um produto que produz na fábrica, de tão caro e aumentado que está no mercado, nem conseguiu simplesmente ir ao futebol, de que tanto gosta. Para além disto, os impostos que pagou servirão para amortizar uma qualquer dívida que o estado tem perante um país de grande desenvolvimento, e esse país, que usa a patria do operário para produzir, recebe o dinheiro do que produz, colhe o proveito dos juros que tem a haver de uma divida antiga, e assim, controla aquela nação. Dessa simples companhia, se algo não estiver do seu agrado, ele desmonta a fabrica e segue para outro sitio. Sendo assim, cria desemprego, o PIB desce, as familias não têm o que comer e o próprio país fica com a "corda na garganta", pois os trabalhadores não produzindo, não trabalhando, não pagam imposto, porque não têm dinheiro. Assim se cria miséria. Pensa o leitor que se trata de uma situação pontual. Antes fosse.
Claro. O visitante deste blog ficará nitidamente irritado, até pelo tamanho do texto, mas pense nisto: embora tenha um computador, porque tem que ter se quer ler estas linhas, se tem um emprego fixo e se até tem alguma qualidade de vida, pense também que o deve alguém. Claro que o sucesso próprio ajuda, mas não é tudo. Vejam-se algumas profissões: Professor. Se é professor deve-o aos alunos que tem. Parte desses alunos nascem de relações frutiferas, são o resultado de uma noite. Outra parte são seres educados por pais trabalhadores que não têm outro remédio senão deixar o filho á responsabilidade da escola. Aí entra o professor que o "guarda" educa e ensina. Se é ele que o faz, não são os país. Se não são os pais é porque o enorme horário de expedientenão o permite. Os pais têm que trabalhar se querem subsistir. Outra profissão: Vendedor. Aqui, a sua inteligência vale pouco, ou nada. Por melhores intenções que tenha, o seu objectivo é vender. Não lhe interessa o cliente, embora se mentalize do contrário. A venda e o lucro resultante é que interessam. Ora, a para vender é preciso haver alguém que compre, alguém que necessite do seu produto. Além disso, deve o dinheiro que ganha a uma doutrina económica que está instalada. Assim como citei duas profissões podia citar outras.
Encerro o meu primeiro comentário ao estado da luta de que fala o titulo. Está em vigor uma doutrina errada, já o comecei a provar.

Friday, July 23, 2004

De volta á carga

Acaba uma semana, a outra está já á porta. Não foi uma semana, particularmente, boa, mas escapou.
1º Facto: a mudança de localização dos ministérios. Boa decisão. Quebra um insolamento perigoso ao desenvolvimento. Com os ministérios espalhados, há pelo menos mais celeridade. Exemplo: Algarve, ministério do turismo. Indubitavelmente, o Algarve é a capital do turismo em Portugal. Com o ministerio lá quebram-se atrasos e burocracias.
2ºFacto:Dividas em Lisboa. É um péssimo indicador. Relembre-se o ex-edil da cidade:Pedro Santana Lopes. Prova-se que é mau gestor, irresponsável e perigoso, agora que tem na sua posse o dinheiro de toda uma nação.
3ºFacto:Até agora contam-se 3 candidatos, sendo que não sei se José Lamego avança, que são: João Soares, José Socrates e Manuel Alegre. Pessoalmente não me ligo a nenhum. Para mim, as três personalidades mostram o quão enfraquecido está o partido. João Soares perdeu Lisboa para Santana Lopes, Socrates tem uma inceneradora polémica. Manuel Alegre, para além da idade, não tem nada senão uma bela carreira literária. Não vejo espirito político em nenhum. Não considero nenhuma destas personalidades um candidato a primeiro-ministro.
4ºFacto: Os festivais de verão. Não é propriamente uma novidade desta semana, mas o blog não é assim tão idoso. Mais uma vez estão aí grandes nomes, grandes bandas.
5ºPonto:A morte de Carlos Paredes. Se, há dias, falava da falta de idolos capazes, perdeu-se mais um. Um talento impar, um homem sem igual
6ºPonto:O caso benfica no aeroporto. Desde futebolistas presos a malas revistadas, passou-se um episódio bizarro. As autoridades dizem que ajem desta forma se houver denuncia. Agora, a haver denuncia, foi uma simples brincadeira de adeptos doutra cor, ou passará por uma manobra de desestabilização?

Foi agitada, sim senhor. Mesmo em férias, há sempre novidades

Romance On-Line

É um facto que não regulo bem. É facto que sou diferente dos outros. Mas o mais engraçado realça-se num ponto especifico. Estou a falar da "moda" que são os namoros virtuais, que mais tarde se transformam em romances a serio, duráveis e estáveis.
Pois bem, comigo isso não se passa. Quando oiço alguém que seja, minimamente, sincero e diga o que se passa com ele, esse alguém, ou esses alguens (palavra estranha) dizem-me na hora: comigo resultou!
Eu tive duas experiências. Na primeira tudo parecia bem encaminhado. Nunca tinha visto a rapariga, encontro-me com ela num canal do irc, agora apagado do mapa, e a conversa é fluida como água do rio. Repetem-se as doses. Várias conversas vão surgindo: agradáveis e reciprocas, parece nascer uma amizade. O desfecho é a punch-line desta obra de stand-up: Certo dia combino ir ao cinema com uns amigos, practica habitual, e qual não é o meu espanto: a minha irmã conhece a rapariga! Mais engraçado,  a minha irmã também vai comigo ao cinema. Esperem: Pois é, ela está no cinema e a minha irmã vai apresentar-ma! Nem durou 30 segundos: Lev, esta é a fulana de tal, Fulana de tal, este é o lev. Depois disso, cada um para seu lado, nem nunca mais se conversou, passavamos os dois pela rua, nem olá e na net, acabou-se uma amizade que estava e crescendo.
Segundo caso. Já conhecia a rapariga. Talvez por falta de contacto no local de trabalho, que é a escola, aproximei-me dela na net, num canal de irc, agora também desactivado. A conversa é boa. Há inteligência e talento do outro lado da linha. Talvez quisesse mais que amizade. Certo é que quando nos vemos, não há dialogo entre nós.
Duas tentativas, dois fracassos.
Como não gosto de me expôr sem contra-partida, o meu caso serve de plataforma para um raciocinio simples: é a maquina impedidora de relações serias?
É que se com quem comunico torna-se dificil falar cara-a-cara, o contrário já não acontece. Com quem não falo na net são grandes amigos, ou amigas, e pode-se sempre contar com eles.
Aqui me demarco do resto da turba utilizadora de internet. Especialmente divorciados, dos 40 para a frente, dão grande uso ás salas de conversação. Até os meu contemporâneos. Para esses o irc é a melhor invenção a seguir ao telefone.
Não gosto de mostrar o que sinto, mas aqui qualquer coisa não bate bem. Ainda por cima, estou a construir uma amizade virtual, que ao vivo vale pouco, como comprovei.

Resumir-se-á o mundo a críticas?

Hoje escrevo mais cedo que o habitual. Não será habitual escrever sempre as estas horas, mas hoje, simplesmente, calhou.
Ontem, quando á procura de um programa que me agradasse, estableci-me na TVI, quando estava a ser exibido o "Cartaz das Artes". O nome não dá margem para não entender a indole do programa. Depois de serem citados um serie de livros, o apresentador passou ao teatro. Falou-se então da novíssima peça de Lá Feria, "Rainha da Sucata". Depois de dizer que o conteúdo da obra gira em torno da ascenção de um negociante de sucata que, depois de enriquecer, começa a involver-se no tráfico de armas, em perigosas ligações, manipula os meios de informação, enfim, toda uma panóplia de "feitos notáveis". Depois desta descrição, segue-se o comentário que me deixa pensativo: "Uma obra actual e que chega a tempo a Portugal".
Agora pergunto eu: Haverá nessa sociedade Portuguesa histórias de cariz semelhante?
Mais ainda. Foi também lançado "recentemente" o último livro de Saramago, o valoroso Nobel da literatura. De seu nome "Ensaio sobre a Cegueira", a obra presta-se a uma reflexão e a uma suposição deveras bizarras. É que em determinado dia as pessoas perdem um dos 5 sentidos: a visão. A partir daí toda uma metáfora liga uma situação inimaginável, impossível e incrível, á situação do país que temos hoje. Há inclusivamente uma gigantesca turba que, quando chega a hora da votação, vota em branco. Descrita pelo autor como uma obra polémica, actual e que dá que pensar, volto á carga: Há tanta necessidade de criticar assim o sistema político?
O que considero é muito simples: tanto um autor de nome, que é Saramago, como o famoso encenador, que é La Feria, estão apenas a tentar manipular e ter uma influência negativa na sociedade. A ideia de corrosão, de crítica e de guerilha são indicadores constantes nestas duas "personagens". Á miníma distracção, la temos La Feria na T.V a dizer que o governo não presta, não ajuda e não faz nada. Saramago por seu lado, mais contido, não despediçou o trunfo que é vender aquilo que todos compramos: Polémica. 
Da mesma maneira que citei estes dois exemplos, há por esse país fora muito crítico de "bancada", grande na crítica, pequeno na acção. Pergunto: Para além de grandiosos espectáculos, que fez La Feria para contrariar o flagelo de que ele fala? Não se refugie no facto de avançar para a idealização das peças sem um único apoio. Sem dúvida tem valor, mas não o torna numa voz dos injustiçados.
Da mesma maneira não quero dizer que não são necessárias vozes de protesto, obviamente são. O insatisfeito tem de ter voz, o carente tem de ter voz. Mas tem que ter uma voz que saiba o que diz e que saiba intervir quando é preciso. Mas usar uma história Americana  (em que nem os nomes se adaptaram) dos anos 50, não é de certeza uma maneira de expressar desagrado. É sim uma maneira burguesa de mostrar uma postura falsa e, por vezes, ridícula.
Quero agora mostrar o avesso da situação. Para que se saiba, morreu hoje Carlos Paredes, o mestre da guitarra Portuguesa. Eu, com os 18 anos que tenho, sei de toda uma geração que nunca conheceu a guitarra deste senhor. Homem de ideais, talento e força, morreu, quase sozinho, como um desconhecido entre os novos. Nunca foi preciso que escrevesse uma musica contra o sistema, para que se percebesse de que lado da barricada é que ele estava.
Por fim deixo o meu apelo: quem souber de alguma historia de um rico famoso, do qual se suspeite de ligações perigosas, por favor digam-me quem é. Pode ser que La Feria até soubesse o que dizia. 

Thursday, July 22, 2004

Agradecimentos

Para além da forma pessoal, que já fiz questão de utilizar, é altura de agradecer aos meus (poucos mas valiosos) leitores aqui, no blog. Sem vocês, esta especie de periódico ainda seria qualquer coisa de imberbe e pueril. Graças a vocês, já cá vem alguém e ate são comentados os posts.
Especiais agradecimentos a quem "publicitou" este blog no MSN, facto importantissimo para o seu crescimento.

 
A PALAVRA OBRIGADO NÃO CHEGA

Dedicado a Prole Estudantil

Amanhã vou cumprir, salvo alguma coisa que me possa acontecer, o último exame do 12º ano. A disciplina é a de Alemão e os meu votos vão ao encontro de um desejo recente: que o exame seja, realmente de nivel 3, e tenha vocabulário aceitável. Seja como for, boa sorte aos desafortunados que fizeram a 1ª fase e terão, assim como eu, de ir repetir a dose, de tão boa que estava.
Mas o titulo do post é o que trás aqui hoje. É que considero que se estão a perder os laços que ligam, de alguma forma, os estudantes. A nivel nacional o que vejo é uma luta acessa entre alunos, pessoas da mesma classe, por um lugar ao sol. Não é que não entenda isso, mas a questão é outra: é repugnante. Numa altura em que o acesso ao ensino superior é cada vez mais uma miragem, os alunos em vez de se unirem e lutarem contra factores como são os numerus clausus para medicina, ou então o encerramento de diversos cursos, não. O aluno de hoje quer apenas uma média alta e se possível, quer que o parceiro tenha uma média baixa. Inqualificável. De uma vez por todas: a falta de médicos, há falta de enfermeiros, falta de profissionais competentes. Ora, se há falta de tudo isto, porquê medias tão altas?
Esta luta tem consequencias funestas. A amizade passa a ser mais uma palavra, que facilmente se confude com subserviencia, sendo só usada na altura em que há dependencias face a outros colegas. A luta necessária para fazer abrir os olhos e consciencializar aqueles que não partilham de informação necessária passa a não existir, estando os olhos virados para uma outra luta, a do lugar na faculdade.
Portanto, é altura de pensar no futuro. Não só a nivel pessoal, mas também a nivel geral. O nosso bem pode ser o bem de outro alguém.

Tuesday, July 20, 2004

Bona Fortuna, Fratres!

Começaram as inscrições para o Ensino Superior. Ainda não chegou a minha vez de me candidatar, porém, quero deixar aqui, neste blog de grande expressão nacional, os meus sinceros desejos de boa sorte para todos os candidatos. É aqui que começa uma nova etapa da nossa (vossa) vida e convém que tudo corra pelo melhor.

 
BOA SORTE!

O que é o amor?

Caro leitor, o que é o amor? Quando escreve, ou pensa, na palavra, o que lhe vem á cabeça? A questão não seria, certamente, tão pertinente, se lhe perguntasse o que era para si o sexo. Á cabeça vir-lhe-iam imagens escaldantes, ou talvez não, de magistrais cenas sexuais. Mas com o amor é esquisito. É diferente. Retomo a pergunta: O que é que lhe vem á cabeça?
Como não está aqui para me dar uma resposta, eu vou arrepiando caminho. Quando penso em amor...não me vem nada á cabeça. Depois de me aperceber que me acontecia isto, resolvi reflectir um bocado.Foi o que fiz. Volto então á temática do sexo. É que quando se pensa em sexo, como algo que é feito a dois, pelo menos presumivelmente, o "imaginador" "vê-se" e "vê" mais alguém, a companheira, ou o companheiro, conforme. Quando se pensa em ensopado de borrego, o "imaginador" visualiza o ensopado. Quando se pensa em Madonna, ou nos vem á cabeça a cantora, ou uma das brilhantes pinturas de Rafael. Mas com o amor...Não se vê nada, ou pelo menos eu não vejo coisa alguma.
Passo então á responder á pergunta que está no titulo. O amor é, acima de tudo, um sentimento personalizado. Personalizado, na medida em que só nos é possivel ter uma noção de amor quando há alguém que reflicta em nós o ideal de sentimento.  Quer dizer, alguém que, segundo a nossa mente, seja indicado para ocupar o cargo de "companhia". Exemplo: vemos alguém na rua, e essa pessoa pode ser duas coisas: ou mais uma, ou alguém especial. Se for alguém especial, quando nos for dito o nome daquela pessoa, ou simplesmente nos lembramos dela, essa pessoa é o amor para nós. Simples. Agora, neste estado, a palavra amor está, automaticamente, ligada ao sujeito imaginado.
Por outro lado, a pessoa pode ser especial, mas num sentido diferente. O sentimento nutrido por uma mãe ou pela namorada, não são, de maneira nenhuma, iguais. Aqui há um bico d'obra. É a partir deste ponto que me esclareço quanto ao sentido de "amor". Concluí que se trata de uma confusão. Não se podem confundir sentimentos, já o dizem os amigos do outro lado do Atlântico, os Brasileiros. O que sentimos por uma mãe, e vice-versa, é um sentimeno superior ao de amor. Nesse sentimento inapelidável, há por cada uma das partes um entrega e tolerância significativa para com a outra. É demasiado forte. São laços inquebráveis, apenas um fenómeno como a morte pode desunir o que foi criado numa relação destas. Isto, porém, não se pode tratar por amor. Irritado, interroga-se o leitor: "Mas porquê?". Estamo-nos a esquecer de uma parte que está e estará permanentemente ligada ao ser humano: a parte animal. Pois é. No amor terá sempre de haver uma ligação muito mais básica que aquela que supra citei, na relação mãe/filho: a relação onde se saciam as necessidades libidinosas. Sexo é importantissimo, se não for o sexo, sejam, pelo menos, outras actividades de cariz sensual. Não estou a dizer que são repugnantes, antes pelo contrário, são de louvar, pois mostram o elo que temos com a natureza.
Em suma, amor, enquanto sentimento personalizado, necessitado de um objecto para ser reflectido.É básico, inerente ao ser-humano e é irreversível. É, porém, diferente de uma relação pais-filhos, onde não se impõe a relação "carnal". Apenas o espirito da união subsiste e chega para garantir a sua existencia durante vários anos.
Percebo agora porque é que não vejo niguém quando penso em amor. 

Sunday, July 18, 2004

O Porquê do Pessimismo

Como pensador e observador da sociedade onde vivemos e habitamos, não posso deixar de trazer à baila que há um sentimento que está a contagiar e a modificar habitos de vida de muita gente. Falo do espectro do péssimismo. Cada vez mais é frequente encontrar  alguém que defende a não-fé, a não-esperança, a não-coisa nenhuma. É irritante. Porquê? Ainda hoje, lia um blog que defendia que a vida era uma seca, algo sem sentido prático, desprezível, dispensável. Se não fossem graves estas palavras,até me ria. Mas porquê isto? Haverá, e eu ainda não sei, alguma caracteristica na psique portuguesa que conduza, inevitavelmente, ao pessimismo? Os anos até o parecem demonstrar: a nossa música é o fado, triste, os nossos idolos, ou morreram ou estão velhos (Amália,Eusébio,Ary Dos Santos, Camões). Feitas as contas, não há ninguém de relevo que faça subir a estima de toda uma geração. Vejam-se as "personalidades" do "hoje em dia": Lili Caneças, Cinha Jardim, Santana Lopes, Carlos Malato ou então Paulo Portas. Todos eles reunem uma caracteristica comum: merecem o meu desprezo. Mas analisemos cada "ser", um por um. Lili Caneças: Se a futilidade tivesse um nome, tava o baptismo feito. Se algum dia se descobre que nem o bafo que lhe sai da boca presta, Lili terá de se prestar a mais um plástica, desta vez para a remoção, ou então fusão do lábio superior com o inferior. Cinha Jardim, outra que tal. No fundo invejo esta "grande senhora". Com uns anos de prazer no leito, aplicou o golpe do bau com tal perfeição que devia ser escrito um livro explicando tintim por tintim. Santana Lopes, o ministro. Não digo primeiro, porque é o segundo. Merece algum respeito pelo cargo que ocupa, mas umademocracia não é uma monarquia. A culpa não é dele...Agora, Carlos Malato: Do rádio, para a t.v. Há erros imperdoáveis. Se a sua voz é elogiada pela "beleza" e suavidade com que é entoada, eu digo que ele devia estar calado. Cito agora este grande homem: "A história da igreja fascina-me". Deve ser a parte dos autos de fé e a queima de pessoas vivas para provar que não eram bruxas ou simplesmente porque a crença não andava por alí. Mas, por outro lado, se calhar a parte que o fascina é a das cruzadas, onde guerreiroseram enviados para implantar fé, desse lá por onde desse. Outra frase, agora no concurso que apresenta na tv, quando se perguntava quem tinha escrito o "Manifesto do Partido Comunista", sendo umas das alternativas Estaline: "Meu amigo se foi o Estaline...", seguindo-se uma cara de nojo e desprezo pelo simples enunciar do nome do antigo lider Socialista. Para que conste, Estaline conseguiu levar a miserável, até então, União Sovietica ao 3º posto das economias mundiais da época.Quer isto dizer que a Urss era 3ª maior economia mundial. Merece este feito, tamanha cara de nojo? Mas já sei a razão da expressão. A cara do apresentador mostrou pena relativamente aqueles que foram posto nos duros campos de trabalho na Sibéria. Pena relativemente aqueles que tiveram um castigo mais que justo por não se identificarem com um doutrina que é das mais evoluidas e se preocupa SÓ com a raça humana e sobre a qual assenta um objetivo: qualidade de vida para todos. Devia ser isso...Por fim Paulo Portas.Valerá a pena comentar?
Posto isto, já compreendo o sentimento pessimista das pessoas. Grandes Lideres estão mortos, grandes figuras também. Não há uma personalidade que sobressaia, que mostre algo,que inspire a turba. Os dias de hoje marcam-se pelo "usa e deita fora". Ainda hoje, num canal dedicado á vida passada no planeta, num programa de biografias, a pessoa de quem se falava mostrava ser de uma importancia extrema na vida de milhões de pessoas. Uma mulher responsável por um fim de uma guerra de anos na Guatemala, que foi premio nobel da paz. Agora, o busilis da questão é pertinente: se eu, que ainda vi parte do programa, não me lembro do nome de senhora, com certeza milhões de pessoas nunca terão ouvido falar dela. Só temos o que querem, só lemos o que querem, só sabemos o que querem. É demasiado triste. Ou seja, quando se nota a presença dessas personalidades de louvar, não as outras que citei, o humano encontra-se num sentido estável, tranquilo. Mas a carência dessas almas leva a um enterrar sistemático do ser-humano até chegar ao ponto daquilo que vi no blog de há bocado.
Era Fernando Pessoa que visionava o 5º império: "Falta cumprir-se Portugal", dizia ele. Se ele fosse vivo, dava um tiro na cabeça, pois a razão que ele tinha é suicida, é fatal, é real! Para além de uma selecção de futebol, o país só tem um grande défice, um playboy no governo, 500 mil desempregados e os irmãos catita. Eis a razão do pessimismo. Ergo conclusio patet.
 
 
Nota: Há erros grosseiros de ortografia, mas "dispo-me" de culpas. Quando estava escrever, cada vez que dava um erro e apagava, apagava-se também a letra seguinte da palavra. É complicado. Se houver alguma criança a ler o blog, digam-lhe que "o senhor escreve mal, não copies!" Se houver algum professor, as minhas desculpas. Se houver alguém a ler o blog...ALELUIA!!!!

Saturday, July 17, 2004

1º Grande Concurso Madrugadas

Pela segunda, ou terceira vez do presente dia, volto á carga, desta vez para lançar o primeiro concurso deste blog de poucos dias.
 
O que vos é pedido é que enviem para o meu mail as "melhores dicas para perder a vergonha e conquistar uma rapariga". Dificil não é? Precisamente por isso, esta é a minha forma de pedir ajuda...
Depois de enviarem as vossas dicas e sugestões para o meu e-mail, eu faço uma selecção das melhores, publíco no canal e mais tarde escolherei a melhor.
Os critérios e possibilidades de ganharem o que eu tenho para oferecer são muito exactos e pragmáticos: Quero respostas com originalidade,bem escritas e divertidas. Quem reunir, da melhor forma, estes 3 aspectos pode ter a certeza que ganhou.
Mas como em tudo na vida, há prazos. É favor enviar as "sugestões" ate ao dia 1 de Agosto. Dia 5 o vencedor terá o seu nome publicado no canal, juntamente com o seu texto.
O prémio é a pior parte da coisa...Ofereço ao vencedor, ou vencedora um CD de cariz duvidoso, relativamente á origem, de um artista que eu "represente". Não é brincadeira, é a serio.
Se o vencedor quiser, pago ainda um café...
 
Por favor participem, estou á espera. Embora o mais certo seja não haver uma unica mensagem no meu e-mail, ao menos tentei.  

A diferença entre PREcurso e "PÓScurso"

Nem sei se a palavra póscurso existirá. Caso este curioso vocábulo não esteja no dicionário, dou o meu humilde contributo para a multiplicação dos membros dessa familia que é a língua portuguesa.
 
Vamos ao que interessa: Quando, há horas atrás, falava com um amigo meu, ficaram patentes as marcas que o tempo (não) deixa nas pessoas. Pensa o leitor: "mais uma deste maluco", mas calma! Eu explico.
O assunto da nossa conversa era, para variar, o resultado dos exames. Repare-se na história do rapaz:Brilhante aluno desde sempre, sei-o porque foi meu colega desde o 5º ano, aluno aplicado, consciente, estudioso, inteligente e trabalhador. Objectivo de sempre: Ser Médico. Compreende-se que um aluno que reune todos este predicados tem todas as possibilidades de se tornar um grande profissional da area médica. De facto, os indicadores mostravam um aluno exemplar: á entrada do 10º ano, onde se inicia uma viagem que só tem fim 3 anos depois, os resultados foram optimos,falo de boas noitas, de uma optima média. 11º ano, cenário identico. Passado o 12º ano, a média é de 18,6.  Basta uma boa passagem pelos exames e exame de medicina "lá vou eu". Fosse assim tão fácil. O fracasso, assim como a mim, tocou-lhe a porta. Desceu para 17.4. Moral da historia: Para que serviram 3 anos de empenhamento? Para que fins-de-semana sacrificados em nome de um objectivo? Porque não sair com amigos e ficar a estudar?
Só quero recordar um ditado popular, ou melhor, um dito popular: Só se lembram de Sta.Bárbara quando faz trovões. Estudantes deste país, se há obstáculo que vos impede de ascenderem á plataforma do sucesso, esse obstaculo são os exames nacionais. Lutem contra eles, imponham-se. Um deslize nessa prova de nervos pode custar-vos um ano da vossa vida. Manifestem-se enquanto há tempo e enquanto podem, senão um dia estão a escrever um blog de cariz duvidoso, a apelar a uma utopia e a pensar o que será o almoço amanhã.
 

Serviço Público

Decidi facultar ás almas penadas, que são os leitores deste blog (não se zanguem estou apenas a ser irónico) a lista do próximo governo:
 




Lista completa do XVI Governo Constitucional
 
 
Primeiro-Ministro: Pedro Santana Lopes.
Ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho: Álvaro Barreto.
Ministro de Estado e da Defesa Nacional: Paulo Portas.
Ministro de Estado e da Presidência: Nuno Morais Sarmento.
Ministro das Finanças e da Administração Pública: António Bagão Félix.
Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas: Embaixador António Monteiro.
Ministro da Administração Interna: Daniel Sanches.
Ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional: José Luís Arnaut.
Ministro da Justiça: José de Aguiar Branco.
Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas: Carlos da Costa Neves.
Ministra da Educação: Maria do Carmo da Costa Seabra.
Ministra da Ciência e Ensino Superior: Maria da Graça da Silva Carvalho.
Ministro da Saúde: Luís Filipe Pereira.
Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança: Fernando Negrão.
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: António Mexia.
Ministro da Cultura: Maria João Bustorff Silva.
Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território: Luís Nobre Guedes.
Ministro do Turismo: Telmo Correia.
Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro: Henrique Chaves.
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Rui Gomes da Silva.Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Domingos Jerónimo.




Fonte: PUBLICO.PT

Posto isto, embora não sejam da minha "cor", desejo bom trabalho ao executivo. É obvio que não vão ter a vida fácilitada, ainda bem, mas ainda assim, trabalhem em prol dos que precisam.


Friday, July 16, 2004

Ministros e Ministérios

Ainda que seja a 4ª vez que eu escrevo num espaço de 24 horas, tenho que mostrar a minha posição sobre a incrível decisão que foi indigitar Luis Nobre Guedes para o cargo de Ministro do Ambiente.
É inadmissível. Para o estimado leitor deste blog de pouca tiragem, passo a explicar o porquê da minha indignação. Relembro desde já a que partido pertence Nobre Guedes: CDS/PP. Sabe o estimado leitor o que prevê o programa eleitoral do CDS/PP? Se sabe, compreende decerto a razão da minha posição. Porém, se ainda é daqueles, como eu era, há cerca de 4 horas, eu digo o que defende o programa político do CDS/PP: A extinção da Pasta do ambiente!!!
Agora pergunto eu: Colocariam o Lenine a dirigir um empresa privada de tecidos? Ou talvez nomeassem o sr.Abramovich para membro superior do Greenpeace...
Não tem sentido. A pasta do ambiente é cada vez mais importante, cada vez é mais "pesada". Indigitar alguém que é de um partido em que a disciplina e culto ao chefe são indispensáveis, é indigitar alguém que partilha da ideia que a pasta do ambiente merece aniquilação, logo, é mais que certo que o trabalho do proximo será, quase de certeza, tendencioso, incompetente e falível

Thursday, July 15, 2004

Warum Nicht?

Já que tou numa de poesia, porque não mais um para o ar?
 
Muda o ceu como muda a camisa
Azul e com borbotos,
Nela sossega um corpo cansado
Nela reside a plenitude humana.
 
Mas o ceu está esquisito...
Não há nuvens...
Só azul...
Tão calmo...
 
Que vida a nossa tão diferente deste ceu!
As nuvens presistem,
O azul, só mesmo o da camisa
Calma? Era bom...
 
Agora pergunto:Porque é tao necesária a calma?
É ela que nos move?
É ela que nos faz evoluir?
Era bom...
 
A chave é a tormenta sem bonança
Verdadeira essência de revolução.
Paz inimiga da evolução
Paz, a ti te declaro guerra
 
 

Ela

Foi cedo que mostraste as garras
Foi cedo que as usaste
Foi cedo que o percebi
Foi tarde que reflecti
 
Agora estou aqui
Tu continuas aí
Mantive-me pedra quando quiseste ser água
Quis rachar quando quiseste solidificar
 
O final, de surpreendente teve pouco
A paciência tem limites,sobretudo a tua
A mim resta-me esperar   
A ti basta-te estar
 
 

O Fim de uma etapa

Incluindo-me na faixa estundantil finalista do 12º ano, quero expressar o meu descontentamento em relação a um final de ano pouco reconfortante e recompensador de um esforço quase "herculeo":
 
1º ponto: Como estudante de historia que sou, é meu "dever" mostrar indignação com o bizarro epiósódio do exame de historia 2003/2004. Para os menos atentos, em certa pergunta de analise, era referido que o discurso a ser tomado em conta era proferido por Ramalho Eanes em vez do referido e citado Costa Gomes. Imperdoável. Pergunto agora: Que moral tem alguém que erra de forma tão grosseira como esta de corrigir exames?
 
2ºPonto: Não é de hoje, já se fazem exames há alguns anos, ainda assim, me manifesto. Reapare-se nos exames de Português A. Para mim é estranho condicionar o sucesso de um aluno a critérios hermeticos de correcção. Realce-se que o que "fugir"aos critérios combinados tem pouca, ou nenhuma, cotação. É triste. A lingua não é fechada, também não o são os objectos de analise.
 
3ºPonto: Repare-se no descalabro que foram os exames, de modo geral. De entre (muitos) factores que podem levar um aluno ao fracasso escolar, quero realçar um em particular:o aspecto do ranking nacional de escolas. Como? Simples: a partir do momento em que cada escola sobe, ou desce, conforme os resultados internos dos exames, não haverá muitas pessoas, profissionais da educação, a querem que a sua escola fique para trás. Está em jogo o seu prestigio, enquanto funcionário da escola, e o dos colegas. Que fazer então? Eliminar a concorrência através da cotação por baixo dos exames realizados noutras areas de ensino.
 
Certamente reparou que só me refiro á temática dos exames, mas o meu pensamento justifica esta dissertação: Porque razão é que uma simples prova de duas horas pode interferir tanto com o futuro de um estudante?  

Quando o dia acaba, chego eu

Está oficialmente criado o blog dos descontentes com o sistema. A todos os que acham que o mundo em que vivem fica aquém das expectativas, eu junto-me a essa turba e dou o meu contributo para o agitar de águas . Obviamente este meio não passa de um simples instrumento egocêntrico ampliador de uma falsa auto-confiança, mas ainda assim fica aqui a minha promessa de relatar e denunciar todos os funestos acontecimentos de um quotidiano pouco salutar. 

Gente sem Amor à Sanidade Mental